tag:blogger.com,1999:blog-38279684843905298262024-03-13T19:57:59.507+00:00O Tribunal do DragãoO Tribunal do Dragãohttp://www.blogger.com/profile/01936162976230308650noreply@blogger.comBlogger665125tag:blogger.com,1999:blog-3827968484390529826.post-14619106348315609472024-02-27T13:04:00.000+00:002024-02-27T13:04:21.933+00:00Verdade em nome próprio<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5ZTcj4mavLCJa1u3qjyyGkdaKbGjkf_1-G6ZpV5pvlSJfI1DMzJXBSHTs3XtxPr4zZH3EYYL6ctpDVsqKNWeu4vafB0_5BRO6orC1A5QVKVX8I5gE1miMO-2j-_sZWWxFn_a1UxOe55XRVzgvAZOH4axrJqc4R2SvSuBc5eSNyhgGKhocOGfypzAAMFCv/s780/a461310a1bf5e447164b8d2d2156697a.webp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="520" data-original-width="780" height="263" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5ZTcj4mavLCJa1u3qjyyGkdaKbGjkf_1-G6ZpV5pvlSJfI1DMzJXBSHTs3XtxPr4zZH3EYYL6ctpDVsqKNWeu4vafB0_5BRO6orC1A5QVKVX8I5gE1miMO-2j-_sZWWxFn_a1UxOe55XRVzgvAZOH4axrJqc4R2SvSuBc5eSNyhgGKhocOGfypzAAMFCv/w395-h263/a461310a1bf5e447164b8d2d2156697a.webp" width="395" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;">No futebol como na política, as campanhas de desinformação e mentira que
visam alterar sentidos de voto são um fenómeno habitual e cada vez mais
amplificado pelas redes sociais. A corrida à presidência do FC Porto
não é exceção. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div dir="auto" style="text-align: justify;">As caixas de
ressonância que tentam descredibilizar a importante e pertinente
candidatura de Villas-Boas têm feito uma grande aposta nesse sentido,
basicamente confiando em duas narrativas: é o "candidato da imprensa de
Lisboa" e "quer vender o clube aos árabes".</div><div dir="auto" style="text-align: justify;"><br /></div><div dir="auto" style="text-align: justify;">São
duas coisas tão fáceis de desmontar que custa a crer que alguém, de
facto, acredite nisto. Mas lá está: quem propaga estas mensagens também
não acredita nisto, porque sabe que é mentira; mas querem que acreditem,
na tentativa de inibir os sócios do FC Porto que torcem por uma mudança
a confiarem o seu voto a Villas-Boas. </div><div dir="auto" style="text-align: justify;"><br /></div><div dir="auto" style="text-align: justify;">Vamos
por partes. É ou não verdade que Pinto da Costa é atacado pela
"imprensa de Lisboa" há 40 anos? Pois claro. Porquê? Porque é o
presidente do FC Porto. Quem lhe suceder será o novo alvo. Só os
portistas querem um FC Porto ganhador. Não há nenhuma campanha pró-AVB nesses órgãos.
Há o que sempre houve: ataques ao FC Porto. E quem lá está, neste
momento, é Pinto da Costa. Villas-Boas será tanto ou mais atacado como
presidente como o foi como treinador. </div><div dir="auto" style="text-align: justify;"><br /></div><div dir="auto" style="text-align: justify;">Além
disso, nenhum jornal, nem nenhum comentador da CMTV não afeto ao FC Porto vai votar nas eleições. Só votam os sócios do FC
Porto (bom, assim o esperemos, visto que a Assembleia Geral também era suposto ser
apenas para sócios). A imprensa de Lisboa é, simplesmente, um <i>fait
diver</i>, porque não pode ter interferência direta nas urnas. Pode
alimentar conversas de café e entreter serões, mas o seu "papel" acaba
aí. </div><div dir="auto" style="text-align: justify;"><br /></div><div dir="auto" style="text-align: justify;">Outra bandeira de
contestação dos apoiantes de Pinto da Costa é que Villas-Boas "vai
vender o clube aos árabes". É algo desmentido desde a apresentação da
candidatura de AVB, mas alguns tentarão ir até aos confins do oceano
para que acreditem nisso.</div><div dir="auto" style="text-align: justify;"><br /></div><div dir="auto" style="text-align: justify;">"<i>Porque
não um o FC Porto como motor da defesa do associativismo que tanto nos
orgulha!? Porque não um FC Porto fundador da Associação Europeia de
Clubes de Associados, juntamente com Barcelona, Real Madrid ou Athletic
Bilbau</i>?", disse AVB, na apresentação do seu projeto. Associativismo: uma das bases da sua candidatura.</div><div dir="auto" style="text-align: justify;"><br /></div><div dir="auto" style="text-align: justify;">Mas
não chega, e o próprio Pinto da Costa insistiu nessa narrativa.
Villas-Boas, e bem, desarmou a estratégia da atual administração:
enquanto eles próprios venderam uma parte do FC Porto, através da criação de uma empresa para a exploração comercial do Estádio do Dragão, tentam distrair
os associados com a mentira de que Villas-Boas é que prepara a venda da
SAD. Não: a administração atual é que está a vender uma fatia do FC Porto para corrigir o aspeto da caótica gestão financeira da última década. Sim, o aspeto. </div><div dir="auto" style="text-align: justify;"><i><br /></i></div><div dir="auto" style="text-align: justify;"><i>"Há candidatos que
pensam que vou vender o FC Porto a árabes e príncipes. Era o que mais
faltava, não passa de uma rábula que alguns candidatos querem inventar.
Quem vende neste momento parte do coração do clube é a atual
administração do FC Porto. Não temos nenhuma intenção de vender o FC
Porto</i>", clarificou Villas-Boas, na visita à Casa de Ponte da Barca. </div><div dir="auto" style="text-align: justify;"><br /></div><div dir="auto" style="text-align: justify;">Desde
a primeira hora, AVB tem sido irrepreensível e claro na apresentação da
sua candidatura. Abriu a sede de campanha, recebeu centenas de sócios e
esteve disponível para questões como estas. A verdade está aos olhos e
ouvidos de todos. </div><div dir="auto" style="text-align: justify;"><br /></div><div dir="auto" style="text-align: justify;">Portistas:
informem-se e votem. Não com base em narrativas fictícias, mas como
base na verdade. E a verdade é como o FC Porto: só há uma, como só há um
Porto. </div><div dir="auto" style="text-align: justify;"><br /></div><div dir="auto" style="text-align: justify;">Para comentários diários, sigam <a href="http://x.com/TribunalDragao"><b>O Tribunal do Dragão no X</b></a>:</div><div dir="auto" style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRkBOZ57H3lEU9FJZ6oMKxP9t9jtv-2QFED6RKScf6M5JpRXDeFAW_2XeBArMzIqzeWocRICVmQiIfJ4vOE9Qjzi_4Sa4XmkJc4-7f34JstIEIs2GN2ACFCvvZnEsGmGs7eAshB9-xal7jOaTiVSVu5kjYrmAa9YKwN_7k4I_KsVeeI3LeyseRCFqd3XMW/s611/ScreenShot007.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="375" data-original-width="611" height="245" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRkBOZ57H3lEU9FJZ6oMKxP9t9jtv-2QFED6RKScf6M5JpRXDeFAW_2XeBArMzIqzeWocRICVmQiIfJ4vOE9Qjzi_4Sa4XmkJc4-7f34JstIEIs2GN2ACFCvvZnEsGmGs7eAshB9-xal7jOaTiVSVu5kjYrmAa9YKwN_7k4I_KsVeeI3LeyseRCFqd3XMW/w400-h245/ScreenShot007.jpg" width="400" /></a></div>Unknownnoreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3827968484390529826.post-79455152964986230252024-01-17T14:44:00.004+00:002024-01-17T14:56:24.582+00:00Jorge Costa, o Bicho e o Macaco<div class="aju"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLzM5kuO2buv6pu1Gh4jrKjgxm3twxCU8UA5zJEL1EDhQi25UP_masJJ9Z5x26jZ_2h5LdzCurK9ygFLY6QRYLUXxz45QKP4nSFggH6qt4uykaqHZh_G_t0Jp4uON7iMfM5yLhElu47PHtdK44c_lPEIHFN5vjP-DguSUYvHLCEEdFIvFITe7GUdpDtUJ-/s1852/ychox0ni3izq.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1234" data-original-width="1852" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLzM5kuO2buv6pu1Gh4jrKjgxm3twxCU8UA5zJEL1EDhQi25UP_masJJ9Z5x26jZ_2h5LdzCurK9ygFLY6QRYLUXxz45QKP4nSFggH6qt4uykaqHZh_G_t0Jp4uON7iMfM5yLhElu47PHtdK44c_lPEIHFN5vjP-DguSUYvHLCEEdFIvFITe7GUdpDtUJ-/w400-h266/ychox0ni3izq.jpg" width="400" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="aCi" style="text-align: justify;">Numa altura em que muito há para discutir sobre o FC Porto, não haverá melhor altura para recordar esta efeméride. Faz,
esta semana, 21 anos. No Restelo morava a <i>besta negra</i> do passado
recente do FC Porto. As equipas do tetra e do penta não lá tinham conseguido
marcar nem um golo, nem com Jardel, e ainda estava fresca na memória a derrota por
3x0 que, na altura, semeava dúvidas sobre a capacidade de José
Mourinho em treinar os dragões.</div></div><div><div class="ii gt" id=":o9" jslog="20277; u014N:xr6bB; 1:WyIjdGhyZWFkLWE6ci0zOTMzNzIwNjYxNzU0ODYzNjgiXQ..; 4:WyIjbXNnLWE6ci03NDYwNDAxNjI3MDQ4MDYxNDc5Il0."><div class="a3s aiL" id=":o8"><div dir="auto"><div dir="auto" style="text-align: justify;"><br /></div><div dir="auto" style="text-align: justify;">A época
2002/03 até corria de feição. O FC Porto tinha acabado de vencer em Alvalade na jornada anterior e já poucas dúvidas havia sobre a conquista do Campeonato. Mas o
Restelo reavivou os fantasmas. </div><div dir="auto" style="text-align: justify;"><br /></div><div dir="auto" style="text-align: justify;">Ao
intervalo, o FC Porto perdia por 1x0. Não que o Belenenses estivesse a
fazer um grande jogo (o golo nasce de um desentendimento entre Baía e
Pedro Emanuel), mas notava-se displicência e desinteresse na equipa
portista, que já tinha dado ares de facilitismo poucos dias antes, numa vitória tangencial sobre o Gil Vicente para a Taça de Portugal. </div><div dir="auto" style="text-align: justify;"><br /></div><div dir="auto" style="text-align: justify;">No Restelo, o árbitro apita
para o intervalo e, para ajudar à festa, os jogadores de FC Porto e
Belenenses "pegam-se" no caminho para os balneários, com o próprio
Mourinho a ter que ir separar os atletas. Furioso, o técnico
preparava-se para uma palestra que não seria prazerosa para os ouvidos.
<b><u>Aí emerge o capitão, Jorge Costa.</u></b></div><div dir="auto" style="text-align: justify;"><br /></div><div dir="auto" style="text-align: justify;">À entrada para o balneário, o Bicho colocou a mão no peito do treinador e pediu dois minutos a sós com os seus jogadores. José Mourinho não hesitou e deixou Jorge Costa fazer «o trabalho sujo».</div><div dir="auto" style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="337" src="https://www.youtube.com/embed/liP27dTLQV0" width="444" youtube-src-id="liP27dTLQV0"></iframe></div><div dir="auto" style="text-align: justify;"><br /></div><div dir="auto" style="text-align: justify;">Rezam as crónicas que, na sua curta <i>palestra</i>, Jorge Costa ameaçou terminar a sua carreira naquele dia. Não poupou ninguém: Deco, Derlei, Capucho, Postiga, todos foram chamados à razão pelo capitão do FC Porto. As palavras «vergonha» e «respeito» foram repetidas desafiando qualquer recorde de decibéis. O mais notável: ninguém contestou a palavra do capitão. Nem Mourinho, que lhe deu carta branca, nem os jogadores. Todos sabiam que havia razão em cada palavra de Jorge Costa, que não só conhecia o seu grupo como se metia na linha da frente por cada um daqueles jogadores.</div><div dir="auto" style="text-align: justify;"><br /></div><div dir="auto" style="text-align: justify;">O que aconteceu na segunda parte foi, simplesmente, a antecâmara do que o FC Porto viria a fazer mais tarde na receção à Lazio nas Antas. Foram 45 minutos absolutamente asfixiantes. O Belenenses não conseguia avançar 5 metros com bola sem que 2 ou 3 jogadores lhe caísse em cima. Ou batiam longo, ou perdiam a bola. O FC Porto venceu por 3x1 (Mourinho cometeu uma pequena gralha, ao referir-se ao resultado como sendo 3x2), poderia ter goleado, mas o que mais marcou o jogo foi quem assinou a reviravolta: Jorge Costa.</div><div dir="auto" style="text-align: justify;"><br /></div><div dir="auto" style="text-align: justify;">Sete minutos após o intervalo o FC Porto já vencia por 2x1, com <b><u>dois golos de Jorge Costa</u></b>. Já era um central com golo (de recordar que fez 6 golos em clássicos contra Benfica e Sporting, notável para um central), mas foi o primeiro e único bis da sua carreira: primeiro num golpe de cabeça, depois numa jogada em que recuperou a bola no meio-campo, galgou metros com ela e finalizou uma jogada de insistência. </div><div dir="auto" style="text-align: justify;"><br /></div><div dir="auto" style="text-align: justify;">Mas mais importante: Jorge Costa não cobrava aos seus jogadores mais do que a ele próprio, e materializava isso com dois golos. O capitão, com o raspanete que passou ao intervalo, não mandou os jogadores para o campo de batalha; mostrou-lhes o caminho, liderou-os nessa luta. Daí ao título, a Sevilha e à dobradinha foi um salto. </div><div dir="auto" style="text-align: justify;"><br /></div><div dir="auto" style="text-align: justify;">Jorge Costa não recebe lições de portismo de ninguém: Jorge Costa é portismo. Nos maus momentos, nos bons momentos, na glória, na derrota. Tocou no céu, levantando 3 troféus internacionais, depois de ele próprio ter ido ao extremo oposto com a triste história da braçadeira atirada ao chão. Pagou por isso, aprendeu com isso. </div><div dir="auto" style="text-align: justify;"><br /></div><div dir="auto" style="text-align: justify;">Quando Jorge Costa regressa do empréstimo ao Charlton, houve desde logo a incógnita sobre quem seria o capitão. José Mourinho, adepto do sistema de votação, aproveitou a primeira reunião entre jogadores no estágio de pré-época para convidá-los a escolher, sem surpresa, entre Vítor Baía e Jorge Costa. <b><u>Vítor Baía nem deixou a votação começar</u></b>: tomou a palavra e disse desde logo que, por ele, Jorge Costa era o capitão dentro de campo. Mais, era o seu capitão. Ninguém precisou de votar: Jorge Costa era o capitão, sempre apoiado por Vítor Baía, que basicamente dividia as responsabilidades com o camisola 2 fora de campo.</div><div dir="auto" style="text-align: justify;"><br /></div><div dir="auto" style="text-align: justify;">Quando Jorge Costa começou a usar a camisola 2, era a camisola do João Pinto. Quando o Bicho termina a carreira, já não era apenas a camisola do João Pinto. Era também a camisola do Jorge Costa. Jorge Costa honrava os pergaminhos de João Pinto, como este honrou aqueles que herdara de Virgílio. São jogadores à Porto. Bravura, honra, dedicação, inspiração - não precisam de estar inspirados, mas conseguem inspirar os colegas. Jogadores à Porto, capitães à Porto. </div><div dir="auto" style="text-align: justify;"><br /></div><div dir="auto" style="text-align: justify;">Jorge Costa nunca quis sair do FC Porto. Podia ter feito uma carreira à Fernando Couto, tanto que teve ofertas para sair - tanto para Itália como para o Barcelona -, mas não estava interessado. Saiu quando teve que sair, incompatibilizado com Octávio Machado pelo caso da braçadeira. Voltou quando o clube chamou por ele, numa altura em que podia ter ficado a fazer carreira em Inglaterra. Voltou para fazer história. </div><div dir="auto" style="text-align: justify;"><br /></div><div dir="auto" style="text-align: justify;">O Bicho deixou o FC Porto há 18 anos, na altura após cair no fundo da hierarquia das opções de Co Adriaanse para o centro da defesa. Mas os portistas não esquecem os seus. E prova disso foi o apoio que os Super Dragões deram ao capitão na hora da saída. «<b><u>Perdoa-lhes, capitão, eles não SADem o que fazem</u></b>.» Uma mensagem exibida numa altura em que havia muita crispação à volta do treinador do FC Porto, situação para a qual a rescisão de Jorge Costa não contribuiu.</div><div dir="auto" style="text-align: justify;"><br /></div><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxvzudGVTrdqyxo3HV50a-D4fFemWr2b4gLwTeuS-A3ZxbIHwJl_O3xbXgJueSLN6gob2A6ZhOoGMtVVhZ1wiGPQTx4ZdM82wY5_TZXjiYbD88cv8qZk9iAjvj43UakxDE-8AhtREWhFQz8gOa8UK9ry7eWXa6bma_4-tsLPTKwtBB-P1dF1KAYfCvuo0A/s890/ScreenShot002.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="189" data-original-width="890" height="136" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxvzudGVTrdqyxo3HV50a-D4fFemWr2b4gLwTeuS-A3ZxbIHwJl_O3xbXgJueSLN6gob2A6ZhOoGMtVVhZ1wiGPQTx4ZdM82wY5_TZXjiYbD88cv8qZk9iAjvj43UakxDE-8AhtREWhFQz8gOa8UK9ry7eWXa6bma_4-tsLPTKwtBB-P1dF1KAYfCvuo0A/w640-h136/ScreenShot002.jpg" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Jornal Público, 02/02/2006</td></tr></tbody></table><div style="text-align: justify;"><br /></div><div dir="auto" style="text-align: justify;">O respeito em relação ao ex-capitão do FC Porto era tão grande que ajudou a que o próprio Fernando Madureira não hesitasse em assumir que os Super Dragões deixariam de ser «o escudo da SAD». E que bom é ver o líder de uma claque defender assim o seu capitão. Até porque um capitão é sempre um capitão. </div><div dir="auto" style="text-align: justify;"><br /></div><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhjzA7MOkDEQ0CCZaR_eyIDpezkCZ8LWneuz6ssPxTX9cfsqNHmFzrrIN0CzJtRaKFr8wnHsb6EHRt8P3T2nr0yj8D1hHF2LOqpDurvePthMP_BaN0tiDG86HrETwOJJZ-b9eNqg6HicBQSCdmSZsei3NJ0WGEEdWKj-JmzXVbnpPmt6x7LvffBSPZUeTbh/s881/ScreenShot004.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="335" data-original-width="881" height="244" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhjzA7MOkDEQ0CCZaR_eyIDpezkCZ8LWneuz6ssPxTX9cfsqNHmFzrrIN0CzJtRaKFr8wnHsb6EHRt8P3T2nr0yj8D1hHF2LOqpDurvePthMP_BaN0tiDG86HrETwOJJZ-b9eNqg6HicBQSCdmSZsei3NJ0WGEEdWKj-JmzXVbnpPmt6x7LvffBSPZUeTbh/w640-h244/ScreenShot004.jpg" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Jornal Público, 02/02/2006</td></tr></tbody></table><div style="text-align: justify;"><br /></div><div dir="auto" style="text-align: justify;">Quando o assunto é mística, Jorge Costa tem lugar à mesa. Quando o assunto é vencer, Jorge Costa tem lugar à mesa. Quando o tema é FC Porto, Jorge Costa tem que ter lugar à mesa. Não sou eu quem o diz: é a história e os respetivos protagonistas do FC Porto. E com razão.</div></div></div></div></div>Unknownnoreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3827968484390529826.post-85358069617787406222024-01-03T14:56:00.001+00:002024-01-03T15:07:34.635+00:00Com bluff e sem bluff<div style="text-align: justify;">«<i>Esticamos a corda e poderia ter rompido. Isto foi um pouco um jogo de póquer do nosso presidente.</i>» Esta declaração de Fernando Gomes, na apresentação do Relatório e Contas 2022/23, viria a revelar-se particularmente curiosa um mês mais tarde. O responsável pelas finanças da SAD falava do negócio Otávio e citou aquilo que descreveu como uma grande jogada de póquer de Pinto da Costa: «<i>Este foi o risco que a administração, nomeadamente o presidente, correu. Foi o próprio presidente que disse: 'Nós não vamos vender o Otávio até 30 de junho, porque eles estão tão interessados no Otávio que virão buscá-lo mais tarde'</i>».</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimcTp2Q_IuEbVgK_vF5Ec3vEHTVOKoN8gTIOi22S0xEINuRAotrifR184lwNIGfO2pBd-tlWGC57hziaOqg1e9qY3ISqGKVMNaVLZEODxH0JPC2gTEvZHgK-j83jMnejhxFc2sggr4SZtm08GfTRDYww-Y_YVNCqnZ0dKyemBFyFn1lWoeBy2pxUb7vo7U/s2000/34521999.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1122" data-original-width="2000" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimcTp2Q_IuEbVgK_vF5Ec3vEHTVOKoN8gTIOi22S0xEINuRAotrifR184lwNIGfO2pBd-tlWGC57hziaOqg1e9qY3ISqGKVMNaVLZEODxH0JPC2gTEvZHgK-j83jMnejhxFc2sggr4SZtm08GfTRDYww-Y_YVNCqnZ0dKyemBFyFn1lWoeBy2pxUb7vo7U/w400-h225/34521999.jpg" width="400" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;">Portanto, avaliando as palavras de Fernando Gomes, que não teria interesse em atribuir falsas declarações ao seu/nosso presidente, o FC Porto assumiu que iria vender Otávio, mas só depois de 30 junho, para não só ganhar mais com a transferência como para integrar essa venda no R&C de 2023/24, mais vantajosa para o fair-play financeiro. Tudo ok. Uma direção capaz de se mexer no mercado e surpreender na procura do melhor negócio possível é o que tudo queremos. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Até que Pinto da Costa falou no Thinking Football Summit e explicou que rejeitou sempre as ofertas por Otávio. «<i>Não aceitei, depois, a oferta dos 60M, mas num dia em que o nosso treinador não estava, por estar a ser operado, o Otávio veio ter comigo a chorar, a dizer que eu não lhe podia prejudicar a vida.</i>» Portanto, segundo Fernando Gomes, a estratégia de Pinto da Costa era vender Otávio depois de 30 de junho; mas segundo Pinto da Costa, vender nunca foi opção e só aceitou a saída perante o pedido e as lágrimas do jogador.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Desengane-se quem pense que está aqui uma crítica. Pelo contrário, e basta voltar à primeira citação: estamos a falar de póquer. Bluff, estratégia, estar um passo à frente dos demais. Fernando Gomes deixou isso claro e, sendo ele o homem de confiança do presidente para as finanças da SAD há quase 10 anos, começamos finalmente a perceber melhor toda a estratégia do administrador. Lembrem-se: é póquer.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Quando Fernando Gomes assumiu a pasta das finanças, e não sendo justo avaliá-lo pelos resultados da época 2013/14 (substituiu Angelino Ferreira em fevereiro), ao fim de uma época o cenário era este: passivo de 276 milhões, ativo de 359 milhões e <b><u>capitais próprios bastante positivos: 83 milhões</u></b>. Tal se deveu à operação EuroAntas, que significou uma injeção de 110 milhões nos capitais próprios da SAD. «<i>Hoje temos uma empresa sólida que é respeitada nos mercados internacionais</i>», celebrou Fernando Gomes.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Pouco depois, <b><u>contrato com a Altice</u></b>. Entre os milhões que se perderam entre o pinhal e a árvore genealógica, foi um contrato que teve tudo para melhorar as finanças da SAD, com um bolo de 457 milhões que tinha tudo para aumentar a capacidade de investimento, reduzir a necessidade de vendas e reduzir a dependência de crédito. «<i>A partir de agora podemos vir a deixar de ter de tomar decisões sob pressão. Permite gerir o clube de outra forma, mais objetiva económica e financeiramente e sem estar tão dependente dos ganhos ocasionais em janeiro e no final da época</i>», dizia Fernando Gomes, numa entrevista publicada no DN no início de 2016. «<i>De resto, a ideia é que este dinheiro não vá para reforços, porque para isso o FC Porto gera recursos suficientes. Iremos baixar custos, pagar dívida e ter uma gestão mais sã</i>.» </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">As cartas na mesa e o par nas mãos (leia-se, EuroAntas + Altice) de Fernando Gomes e da SAD abriam excelentes perspetivas para o turn e para o river. Mas tudo veio rapidamente a revelar-se um flop. Ainda nem o ano tinha acabado e <a href="https://otribunaldodragao.blogspot.com/2019/10/relatorio-e-contas-2018-19-tres-anos.html"><b>veio daí o plano traçado por Fernando Gomes para apertar o cinto</b></a>. Três anos era o prazo. A SAD não só falhou em toda a linha como rapidamente voltou as capitais próprios negativos: 35 milhões em 2019. Ou seja, a metade do Estádio <i>sacrificada</i> não resolveu problema nenhum: apenas o adiou.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Volvidos mais 4 anos (com pandemia pelo meio, certo, e aperto pelas punições e restrições há muito anunciadas pelo incumprimento do fair-play financeiro), o cenário é aquele que já todos conhecem. Desde que Fernando Gomes foi escolhido para assumir o pelouro das finanças, <b><u>o passivo do FC Porto essencialmente duplicou: 532 milhões de euros</u></b>. O ativo mantém-se agora praticamente inalterado, com 357 milhões de euros. Já os capitais próprios são abismais, ultrapassando os 175 milhões de euros. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Só Pinto da Costa saberá como é possível manter um administrador com tão paupérrimo desempenho no cargo. Os números são claros. Imaginem que um treinador chega ao FC Porto, herda uma equipa campeã e passa ano após ano a ter os piores resultados desportivos da história do clube. Ora, é isso que tem sido feito no pelouro das finanças. Sendo que não é possível ignorar que tudo obedece, ou deve obedecer, a uma hierarquia. Fernando Gomes nunca teve ou terá a palavra na hora de vender ou comprar jogadores. Não pode, sozinho, fazer nada. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Um presidente só é tão bom quanto os nomes que o rodeiam; o mesmo será dizer, quanto os nomes que escolhe para que o rodeiem. Mas voltamos ao início: estamos a falar de um mestre do póquer. E é nesse sentido que nasceu máxima expetativa em perceber o negócio antecipado por Pinto da Costa na entrevista à SIC e sobre o qual Fernando Gomes concedeu até duas entrevistas. O negócio que vai limpar os 175 milhões de capitais próprios negativos do FC Porto. Não se sabia, ou não se poderia saber, muito do negócio em causa, pois há contratos de confidencialidade (?) a respeitar, mas tanto Pinto da Costa como Fernando Gomes deixaram o universo portista de água na boca.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Foram-se as 12 badaladas, as uvas passas e os adeptos do FC Porto ficaram como estavam antes: na expetativa. Nada foi comunicado. É um facto: o Relatório e Contas do primeiro semestre da SAD só é revelado no <b><u>final de fevereiro</u></b>. Só aí haverá a atualização do passivo, do ativo e, consequentemente, dos capitais próprios da SAD. Mas uma operação que visava, de forma histórica e surpreendente, limpar o maior buraco da história das Sociedades Anónimas Desportivas em Portugal é algo que se enquadra na definição pura de «informação relevante» para o mercado, logo que teria que ser comunicada. Tanto é que a CMVM pediu esclarecimentos e o FC Porto remeteu-os para o final de dezembro, da mesma forma que Fernando Gomes prometeu, em outubro, que os sócios seriam informados até ao final do ano da misteriosa e impactante operação de recuperação financeira. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Com 2024 em curso e sem mais detalhes sobre as cartas que Pinto da Costa terá na mão, resta esperar. Mas há uma certeza que pode tranquilizar os sócios: no final de fevereiro, faça chuva ou faça sol, o FC Porto terá que apresentar as contas do primeiro semestre. Com Otávio, com Champions, com Varela, com Iván Jaime, com tudo aquilo que fecha o último semestre e que foi prometido pela atual administração antes de se submeter a sufrágio. Podemos estar perante os maiores mestres do póquer, mas ninguém vai ter que ir às urnas enganado por um bluff, porque as cartas estarão na mesa. </div>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3827968484390529826.post-37117337646816152852023-12-20T16:21:00.006+00:002023-12-20T16:36:13.327+00:00Pepe, o capitão do FC Porto<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="text-align: justify;">«</span><i style="text-align: justify;">Enquanto fomos bons rapazes fomos sempre comidos.</i><span style="text-align: justify;">» A frase de José Maria Pedroto é intemporal, mas também pode ser adaptada a tempos mais contemporâneos: se formos anjinhos, podemos sempre ser comidos.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnQFKem8ZWKMGYJQfgHsfNo42GyOaH5gjT3WXmO5WURyH5A27Oh8ZRM0p9IKQNILiBQYRRv_xsKmWE5aKm6xNvmS_0mUzKAxwgz14_h-30M18C1WgY7JLCn6TufnpOMy6-N-z2M-OwnDBLPswy5of0CwpOsLSh-NVbxw7bpjSGenq5aXsoAI2ApHtIYhst/s1240/imgS620I564825T20231217214850.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="826" data-original-width="1240" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnQFKem8ZWKMGYJQfgHsfNo42GyOaH5gjT3WXmO5WURyH5A27Oh8ZRM0p9IKQNILiBQYRRv_xsKmWE5aKm6xNvmS_0mUzKAxwgz14_h-30M18C1WgY7JLCn6TufnpOMy6-N-z2M-OwnDBLPswy5of0CwpOsLSh-NVbxw7bpjSGenq5aXsoAI2ApHtIYhst/w400-h266/imgS620I564825T20231217214850.jpg" width="400" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Pepe, estandarte máximo da experiência no FC Porto, foi anjinho. Não é o primeiro capitão do FC Porto a ferver num clássico e a chegar à expulsão num momento de irreflexão, nem será o último; mas foi anjinho, deixou-se levar pela provação óbvia do adversário e fez o que não poderia fazer. Expulso, bem expulso, e a prejudicar o FC Porto numa altura em que ainda se tentava perceber se haveria capacidade para esboçar a reação à desvantagem em Alvalade.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">E agora? Que dizer de Pepe, capitão do FC Porto e braço direito de Sérgio Conceição em campo?</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Nada. Porque já não há nada mais a dizer sobre a carreira de Pepe no FC Porto e na nata do futebol mundial. Pepe é o melhor defesa da história da Federação Portuguesa de Futebol. Esteve nas 2 conquistas mais emblemáticas, foi o melhor jogador da seleção em 3 fases finais de Europeus, mais de 130 internacionalizações e ainda aponta ao Euro 2024; uma década de Real Madrid a esgrimir-se contra um Barça que reclamava o estatuto de melhor equipa da história do futebol, enquanto enriquecia um palmarés com três dezenas de troféus. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Pepe tem a carreira feita, mais do que feita. Vai ser sempre lembrado como o grande central que atravessou o Atlântico para fazer história no FC Porto, em Portugal e no Real Madrid. Não tem mais nada a provar, nada mais a fazer...</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">... e no entanto, o que continua a fazer Pepe? A lutar pelo FC Porto. Dia após dia, semana após semana, desafiando os limites cada vez mais reveladores da idade. Bate recordes de longevidade, brilha na Liga dos Campeões, e em vez que estar a gozar uma reforma dourada continua aqui, a lutar pelo FC Porto num dos momentos mais delicados da sua história, rodeado por alguns colegas de setor cujas limitações não deve ter encontrado muitas vezes ao longo da carreira. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Pepe não precisa do FC Porto; mas o FC Porto precisa, mais do que nunca, de Pepe. Estando bem, não há melhor. O problema é que o resultado de 23 anos de futebol profissional ao mais alto nível tornam a sua condição física numa incógnita semana após semana. Entre a lesão de Marcano e o desencanto com e de David Carmo, o FC Porto tem um problema enorme no eixo defensivo - e não só, visto que estamos perante um dos ataques menos produtivos da história do clube após 14 jornadas na I Liga.</div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;">É difícil depender tanto de um jogador nas condições de Pepe. Mas é incontornável: sem ele, o FC Porto está sempre mais perto do insucesso. Pepe não se esconde. Luta pelo clube, pelos colegas, pelo treinador. É, simplesmente, o exemplo daquele jogador que adoramos se for nosso e detestamos se for adversário. Não é preciso uma toupeira no balneário leonino para se perceber que os jogadores do Sporting foram instruídos para tal ao intervalo - provocar Pepe. Não foi um acaso que, num lance em que queria simplesmente recolocar a bola em jogo, Pepe viu logo Gyökeres bloquear a linha de passe e Matheus Reis literalmente empurrá-lo para semear a confusão. Foi uma armadilha na qual Pepe, que não era expulso em jogos de um Campeonato nacional há 12 anos (!!), caiu de forma tão surpreendente quanto evitável.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Mas ver um poço de experiência como Pepe cometer este erro é a prova viva para qualquer jogador de que, no futebol, nunca estamos em pleno controlo. Basta um deslize, uma desatenção, um espasmo para que o mais experiente dos jogadores pareça o mais infantil e inexperiente dos atletas. O que mostra que Pepe, como os demais, continua a ter um desafio: continuar a ser melhor, dia após dia. Saber que Pepe não é mais do que Zaidu, Zé Pedro, Diogo Costa ou Taremi: se está com o símbolo do FC Porto em campo, é um alvo a abater. E por ser melhor do que os demais, por carregar anos de conquistas e de provas de superação, torna-se ainda mais apetecível para os adversários. Quem detesta Pepe detesta o FC Porto; quem detesta o FC Porto detesta Pepe. Porquê? Porque ambos partilham a insaciável procura por mais, sempre mais; mais um jogo, mais uma vitória, mais um título. Não apaga nem justifica o erro, mas é por isso que Pepe vai dar a volta por cima. Porque Pepe não é um jogador à Porto. É um capitão à Porto. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Pepe não se esconde dessa luta e dessa responsabilidade. Deve desculpas aos colegas e aos adeptos, claro. O capitão do FC Porto tem que ser o primeiro no campo de batalha, mas deve ser o último a perder a cabeça em campo. E precisamos de Pepe.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A qualidade de jogo praticada pelo FC Porto desde a pré-época é, possivelmente, a pior da era Sérgio Conceição. Isso não impediu a equipa de desde logo garantir, uma vez mais, a qualificação para os 1/8 da Liga dos Campeões, além de continuar a depender de si própria na luta assumida pela dobradinha. Mas mesmo que o futebol de Benfica e Sporting não deslumbre, o FC Porto deve a si próprio mais. Muito mais. Ou elevamos o nível exibicional, ou na próxima época não haverá Champions para ninguém. Há lacunas no plantel, mas o FC Porto tem plantel para lutar pelos seus objetivos. E capitão também. </div>Unknownnoreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3827968484390529826.post-28338117508383485592023-12-01T20:41:00.006+00:002023-12-01T22:39:24.632+00:00(Nem) tudo é sobre Pinto da Costa vs. Villas-Boas<div style="text-align: justify;">Não há um elefante na sala. Há uma manada. Todos os caminhos vão agora dar a <b><u>Pinto da Costa vs. Villas-Boas</u></b>. Curioso quando nenhum dos dois é, à data, oficialmente candidato às eleições, embora ambos e respetivas «<i>tropas</i>» já se posicionem nesse sentido. E como os atos eleitorais do FC Porto não são mais do que uma mera formalidade há 40 anos, é algo novo na vida de muitos portistas e vai ser forçosamente o tema dominante nos próximos meses.</div><div style="text-align: justify;"><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi93DZjfYB2_aVzSyGRIJnuxRzMmCwCo-y79xNQaCYnfoIxLA0Zl3Dhf19U6p89Z_oUcQuF57e8-jdL3CzjCQISNLqM1cCZ4i3ItOWNbGLWDm3fMGxis75QUjZ3yYBvHQaQxcsQBswrQGodl5kTZ09ygQ3uglRpsMtmuXsFrd97aFf4X9IeaHodN1_zC-V5/s1500/pinto-da-costa-ag.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="841" data-original-width="1500" height="224" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi93DZjfYB2_aVzSyGRIJnuxRzMmCwCo-y79xNQaCYnfoIxLA0Zl3Dhf19U6p89Z_oUcQuF57e8-jdL3CzjCQISNLqM1cCZ4i3ItOWNbGLWDm3fMGxis75QUjZ3yYBvHQaQxcsQBswrQGodl5kTZ09ygQ3uglRpsMtmuXsFrd97aFf4X9IeaHodN1_zC-V5/w400-h224/pinto-da-costa-ag.jpg" width="400" /></a></div></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Ao contrário do que muitos possam advogar, não há «<i>altura certa</i>» para falar disto. O FC Porto, felizmente e por norma, está sempre a competir por algo até abril. Achar que há tertúlias que têm que ser limitadas ou quase tabu porque a equipa tem que estar «<i>concentrada e unida</i>» é insultar a capacidade de Sérgio Conceição e dos seus atletas em manterem o foco nos objetivos desportivos. Quanto a isso, podemos estar descansados. No balneário só há dragões, não há urnas nem candidatos. Nenhum futebolista fica acordado a ver a CMTV ou a fazer <i>scroll</i> nas redes sociais para perceber qual é a estratégia financeira da SAD e sobre em quem recai o sentido de voto.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">É a altura certa para falar disto porque é a altura em que emergem duas coisas que não se viam há 40 anos: a SAD com receio de um candidato e um candidato capaz de aglomerar a contestação crescente face ao desempenho da SAD. Prova disso é que uma simples Assembleia Geral para aprovação das contas 2022/2023, com objetivos e graus de complexidade bem diferentes da AG para alteração dos estatutos do clube, deu mais ares de um Pinto da Costa vs. Villas-Boas do que outra coisa qualquer.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">E a afluência é testemunha disso. Foi uma vitória de Pinto da Costa, porque as contas foram aprovadas. Mas foi também uma vitória de Villas-Boas, porque tomou a palavra e mostrou que a sua candidatura não vai recuar apesar das tentativas de intimidação e ataques de que tem sido alvo. Nada diz «<i>estamos em período eleitoral</i>» como ver dois candidatos terem vitórias na mesma noite. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">E sim, os portistas estão investidos neste tema. Basta ver os números ou ler as reações ao último texto d'O Tribunal do Dragão. Houve 819 sócios a votar numa noite de quarta-feira. 53% de aprovação, 187 votos contra e 198 abstenções. Embora as contas tenham sido aprovadas e que a SAD se tenha congratulado com isso, basta ver o passado recente para sentir a contestação crescente: na aprovação das contas de 2021/22, não houve um único voto contra e apenas 5 abstenções; já em 2020/21, houve apenas uma abstenção. Os resultados são diferentes, mas a equipa diretiva é a mesma. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Há hoje mais adeptos a contestar Pinto da Costa nos palcos de decisão; mas isso não significa que não haja mais gente também a apoiar Pinto da Costa. Até à data, nenhum apoiante de Pinto da Costa sentia que o seu cargo estivesse sob ameaça. Hoje isso é uma realidade. Daí que não haja dúvidas que Pinto da Costa terá, em 2024, muitos mais votos do que os que teve em 2020; se isso significa que terá maior percentagem de votos, só o tempo o dirá.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b><u>Os dois tomaram a palavra na AG</u></b>: AVB para criticar o desempenho da SAD, Pinto da Costa para criticar AVB. Entramos no campo da opinião, claro: Villas-Boas teve uma intervenção pertinente e objetiva. Falou de factos, de números. Não foi para lá falar de ninguém, mas sim das contas da SAD. Nada do que AVB disse é desmentível. Chegando ao final da sua intervenção, patinou: o desafio de AVB à SAD, ao dizer que só aprovaria as contas mediante a devolução dos prémios, soou prontamente a populismo. Villas-Boas tinha acabado de enumerar o descalabro financeiro da SAD e de revelar que chumbaria as contas como forma de protesto; dizer logo a seguir que afinal aprovaria as contas se a SAD renunciasse aos prémios que recebeu mostrou incoerência. As contas só eram passíveis de serem boas ou más mediante a remuneração variável de 1,6 milhões? Não. Eram más, ponto. E seriam más independentemente da SAD receber 10 cêntimos ou 10 milhões pelo seu desempenho. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Pinto da Costa, no discurso final, visou diretamente Villas-Boas com acusações graves e que implicam esclarecimento. Primeiro, criticou AVB porque «<i>veio para dizer mal</i>». Não, AVB não disse mal: AVB enumerou números e factos. E se isso é dizer mal, é porque as contas são más. Mas a declaração chave foi esta: «<i>Não venha ler papéis com números que lhe põem à frente</i>.» Será que Pinto da Costa pode elucidar o universo portista sobre quem pôs esses números à frente de Villas-Boas? Parece saber coisas que não sabemos, até porque AVB ainda não apresentou nenhuma lista. Mais: levar um papel com números se calhar revela preparação; passar uma entrevista de uma hora a dizer «não sei», «não me recordo» ou «prefiro não responder porque não tenho a certeza dos números» revela outra coisa.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">No dia seguinte, Pinto da Costa continuou e recordou as declarações de Villas-Boas, em que afirmava que não concorreria contra o presidente: «<i>Se calhar achou que eu ia morrer mais cedo, mas ainda vai ter de esperar para ir ao meu funeral</i>». Este sim, é o verdadeiro fait-diver. Porque os dois candidatos já disseram algo que agora têm que desmentir. Não vale a pena citar Pimenta Machado. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-bMksX5v7I2fYd_dIkTnesokB1h2RbqZfLQyxVeBL6mCg21X_NUjWC9wiYxOduAmzwDmXbMqRgGUbQoArk8YYiJEQiVvM4sEWf4cexv9VTNlNIZA_A_suUwAGw3TIw1pxZCj64y8NLooyKZIdwGEeMjnEhph6dEVtH2kKOb4R8PBXxBEmF6nXHhEsgbb-/s200/ScreenShot003.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="200" data-original-width="158" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-bMksX5v7I2fYd_dIkTnesokB1h2RbqZfLQyxVeBL6mCg21X_NUjWC9wiYxOduAmzwDmXbMqRgGUbQoArk8YYiJEQiVvM4sEWf4cexv9VTNlNIZA_A_suUwAGw3TIw1pxZCj64y8NLooyKZIdwGEeMjnEhph6dEVtH2kKOb4R8PBXxBEmF6nXHhEsgbb-/s1600/ScreenShot003.jpg" width="158" /></a></div>Após a saída de Villas-Boas do comando técnico do FC Porto, Pinto da Costa deu uma entrevista ao L'Équipe em que dizia que iria sair da presidência do clube num prazo de 5 anos. Já lá vão 12. Em 2016, conforme citado pelo JN, disse que só se candidatou porque não havia mais ninguém. Quatro anos depois, apareceram Nuno Lobo e José Fernando Rio. Pinto da Costa disse então que afinal só não avançaria se um destes quatro nomes se candidatasse: António Oliveira, Rui Moreira, Vítor Baía ou... Villas-Boas. Pinto da Costa diz que AVB estava talvez a contar com a sua morte, mas também já se percebeu que Pinto da Costa só dizia isso porque não contava que realmente alguém o enfrentasse. <br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Vale também sempre a pena recordar as palavras de Pinto da Costa no último dia em que foi às urnas, em 2020: «<i>(AVB) é um sócio com as quotas em dia, não teve de ir a correr pagar cinco anos de atraso como alguns, tem capacidade e se tiver esse desejo e essa motivação, tem todo o direito e seria uma boa opção</i>». Se é uma boa opção, tem que se tratado como tal; feliz do portista que tiver a possibilidade de escolher entre 2 boas opções nas próximas eleições.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Não haverá nada mais pertinente, por isso, do que ter um <b><u>debate entre Pinto da Costa e André Villas-Boas</u></b> antes das eleições em abril. Com ou sem papéis, frente a frente, olhos nos olhos um com o outro e sob o olhar dos portistas. De recordar que Pinto da Costa recusou, em 2020, entrar em debates com Lobo e Rio no Porto Canal. Aliás, disse que não recusou, simplesmente «não teve tempo», embora tenha dado 4 entrevistas antes do ato eleitoral - O Jogo, JN, ao Portal dos Dragões e... ao próprio Porto Canal. É por isso melhor começar a pensar em libertar já a agenda. Está só em causa o futuro do FC Porto. E para o FC Porto é sempre preciso tempo.</div>Unknownnoreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3827968484390529826.post-67902736287495906822023-11-22T06:04:00.003+00:002023-11-22T06:29:43.247+00:00Foram só 60 minutos<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgumNfP1RsfKv-xHMHX6V5z9hHBm6IyVzXd-uUQogZMc4VnBo5q9_MoP2zuRV85LmnQK10QvRYoY2P5BZipRp2ELtMDtGzczRhMUhETbeg0VFlnddLSMGHbbsAUcViEC1327kAyQlRsN4JP7ONZT9tQySN32BhzQqbat4crTO4HFmOrLHrIqJXtemkamE-c/s1200/noticia_00341449-580x464.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="676" data-original-width="1200" height="281" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgumNfP1RsfKv-xHMHX6V5z9hHBm6IyVzXd-uUQogZMc4VnBo5q9_MoP2zuRV85LmnQK10QvRYoY2P5BZipRp2ELtMDtGzczRhMUhETbeg0VFlnddLSMGHbbsAUcViEC1327kAyQlRsN4JP7ONZT9tQySN32BhzQqbat4crTO4HFmOrLHrIqJXtemkamE-c/w500-h281/noticia_00341449-580x464.jpeg" width="500" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;">Pinto da Costa quebrou um silêncio de <i>largos dias</i> e concedeu uma
entrevista à SIC. Foi, antes de mais, uma ótima entrevista do presidente
do FC Porto. Ótima porque ninguém se aleijou. Ninguém foi parar ao
hospital, ninguém morreu. Melhor só mesmo se não houvesse nenhuma câmara
a filmar. </div><div dir="auto" style="text-align: justify;"><br /></div><div dir="auto" style="text-align: justify;">A melhor das
notícias acaba por ser o notável avanço na construção da Academia do FC
Porto na Maia. É que com a quantidade de areia que Pinto da Costa
distribuiu e a forma como parecia estar a falar para uma plateia de
tijolos, só podemos concluir que já há material de sobra para iniciar a
construção da Academia a todo o vapor.</div><div dir="auto" style="text-align: justify;"><br /></div><div dir="auto" style="text-align: justify;">É
triste. Ídolo para uns, herói para outros, lenda para tantos. O Porto e
o Mundo aprenderam a admirar Pinto da Costa, dono de uma sagacidade,
eloquência e capacidade de mobilizar qualquer multidão ímpares no
universo futebolístico. Ver a forma desnorteada e incoerente com que
tentava responder a cada questão... Uma coisa é desafiar os limites óbvios da idade ao tentar falar durante uma hora, capacidade que PdC mantém de forma admirável, outra é tentar justificar a gestão de um grande clube, tarefa em que o presidente falhou em quase toda a linha.</div><div dir="auto" style="text-align: justify;"><br /></div><div dir="auto" style="text-align: justify;"><b><i>«Sócios contra sócios.»</i></b> Pinto da Costa desejou que não tivesse havido câmaras na Assembleia Geral, mas pior do que isso, age como se não tivesse mesmo havido. Dar a entender que o que despontou as agressões foi meramente a intervenção do adepto Henrique Ramos, quando nessa altura elementos que tardam em ser identificados já tinham varrido uma bancada com o recurso a ameaças e insultos, é próprio de quem está em contramão e julga não só que ninguém repara como ainda vão seguir-lhe o rasto.</div><div dir="auto" style="text-align: justify;"><br /></div><div dir="auto" style="text-align: justify;"><b><i>«Houve, através das redes sociais, incitamentos a que as pessoas viessem, filmassem tudo o que pudessem.»</i></b> Perdão? Para já, e honra seja feita a esta coerência, Pinto da Costa está-se completamente a borrifar para tudo o que envolve redes sociais. É um universo que não acompanha, e que ignora. Logo, para se sair com esta pérola, foi porque alguém lhe passou esta informação. Essa pessoa insulta não só a inteligência dos adeptos como não hesitou em fazer Pinto da Costa passar por figura de parvo, pois foi o próprio adepto e sócio Fernando Madureira, através das suas redes sociais, a prometer que os sócios dos Super Dragões iriam estar <b><i>«presentes em massa»</i></b>.</div><div dir="auto" style="text-align: justify;"><br /></div><div dir="auto" style="text-align: justify;">Pinto da Costa insistiu depois uma, duas, três vezes que iria votar contra três das <b>alterações nos estatutos</b>, alegando que estava portanto a apaziguar os ânimos. Desde logo, Pinto da Costa falou quando ainda centenas de sócios estavam às portas do pavilhão, algo por si só já de lamentar. Mas o mais incrível é confirmar que a direção convocou uma Assembleia Geral Extraordinária para levar a votação propostas com as quais o próprio presidente, segundo conta, estava contra. Sim, o Conselho Superior é o responsável pela elaboração da proposta de alterações dos estatutos, mas quem decidiu levá-los a sufrágio foi a direção liderada por Pinto da Costa. E a pertinência é tanta que Pinto da Costa não só estava contra como acabaram por cancelar a AG. Isto parece saído de um episódio do <i>Clube dos Campeões</i>, série da SIC do final dos anos 90.</div><div dir="auto" style="text-align: justify;"><br /></div><div dir="auto" style="text-align: justify;">Entre muitos momentos dignos de audição parlamentar - <i>«não sei», «não vi», «não tenho a certeza»</i> -, concluímos das palavras do presidente que o grande problema foi que havia câmaras a filmar. Portistas a serem insultados, agredidos e coagidos? Tudo bem, mas levem na boca como gente grande e deixem tudo em <i>família! </i>Compreende-se melhor agora a linha editorial do Porto Canal, que ignorou todo e qualquer acontecimento na noite de 13 de novembro. Não, presidente, o problema não eram os «inimigos» que iam assistir a tudo pela televisão, eram os inimigos que estavam lá dentro do pavilhão; inimigos da democracia e dos valores do FC Porto.</div><div dir="auto" style="text-align: justify;"><br /></div><div dir="auto" style="text-align: justify;">A preocupação para com os «inimigos» externos é tanta que Pinto da Costa consegue, na mesma intervenção, errar sobre as contas do Benfica para defender as do FC Porto (não, Gonçalo Ramos não entrou no exercício da época passada do rival), ironizar sobre os 0 pontos na Champions e logo a seguir dizer que se recusa a falar dos rivais. O percurso do FC Porto na Champions é meritório por si só, não precisa do contraste dos rivais; mas esses dois rivais estão, neste momento, à frente do FC Porto rumo a uma vaga na Champions em 2024/25, cujo impacto financeiro será quase 10 vezes maior do que uma ida aos oitavos daqui a um mês. </div><div dir="auto" style="text-align: justify;"><br /></div><div dir="auto" style="text-align: justify;">Houve, também, espaço para colocar Fernando Madureira num pedestal e elogiar os Super Dragões que, segundo Pinto da Costa, são os únicos a ir apoiar a equipa nos jogos fora. Não podendo nunca ignorar o facto de uma claque ser sempre mais vocal no apoio do que qualquer grupo de adeptos, é um desrespeito para com os milhares de adeptos que, desde o Minho ao Algarve, acompanham as deslocações do FC Porto sem pertencerem a uma claque. E atenção, que muitos destes adeptos possivelmente não ganham mais do que o que declaram, não têm cadernetas prediais variadas, Porsches na garagem ou ajudas de 6 dígitos para construírem casas. Entende-se que os Super Dragões são a grande força mobilizadora para a recandidatura de Pinto da Costa, mas num clube que se orgulha por um sócio valer um voto isto tem muito que se lhe diga.</div><div dir="auto" style="text-align: justify;"><br /></div><div dir="auto" style="text-align: justify;">Sobre a questão contratual de Sérgio Conceição, nada que não seja deixar treinador e jogadores fora de qualquer discussão eleitoral será inaceitável. Treinador e atletas carregam a mais difícil das missões nesta temporada - colocar o FC Porto na fase de grupos da Champions, caso contrário o presidente para a época 2024/25 começará logo aí com um buraco de quase 100 milhões de euros. Mas uma vez mais, a incoerência de Pinto da Costa: <i><b>«Acha que algum treinador de algum clube vai renovar o contrato sem saber com quem vai trabalhar?»</b> </i>Poderíamos recordar que Jesualdo renovou contrato entre períodos eleitorais distintos e que Lopetegui assinou um contrato superior ao mandato de Pinto da Costa. Mas basta recordar que em 2019 Sérgio Conceição comprometeu-se com o FC Porto até 2021 - pelo meio, Pinto da Costa venceu as eleições em 2020. Não deixam de ser sinais dos tempos - talvez hoje uma reeleição não seja um dado tão adquirido quanto em épocas anteriores.</div><div dir="auto" style="text-align: justify;"><br /></div><div dir="auto" style="text-align: justify;">Ainda assim, há um detalhe que merece máximo destaque nesta entrevista: a garantia de Pinto da Costa de que o <b><u>FC Porto vai apresentar capitais próprios positivos no final do primeiro semestre</u></b>. Em apenas 5 anos, a SAD cavou um buraco de mais de 110 milhões nos capitais próprios (os rivais, perdão, os inimigos deram lucro no mesmo período) e ultrapassou os 175 milhões, os piores valores da história das SAD em Portugal. Mas Pinto da Costa garantiu que o FC Porto vai conseguir o milagre de recuperar praticamente 200 milhões de euros no espaço de 6 meses. Esta vai valer a pena esperar para ver. Só há 3 cenários possíveis: a venda de parte da SAD (que PdC desmentiu), a venda do Estádio (de recordar a operação EuroAntas em 2014/15) ou, simplesmente, o maior milagre financeiro da história da gestão desportiva em Portugal. Sim, não vamos admitir que o presidente do FC Porto estaria a confundir saldo contabilístico com capitais próprios.</div><div dir="auto" style="text-align: justify;"><br /></div><div dir="auto" style="text-align: justify;">O processo do naming do Estádio é uma luta que anda a ser travada pelos «três grandes» há vários anos, e os valores de 5 a 6 milhões por ano vão encontro de uma expetativa bem otimista. Escusado será dizer que a estratégia não passa por contar com esta pequena receita em forma de Loum/Manafá/Depoitre numa verba anual, mas sim antecipar o bolo através de um contrato de factoring para ter maior margem para o curto prazo. Face à forma evasiva mas insistente com que Pinto da Costa tocou no tema, esperam-se novidades para este dossiê no próximo mês.</div><div dir="auto" style="text-align: justify;"><br /></div><div dir="auto" style="text-align: justify;">Destaque ainda para, uma vez mais, o desnorte de uma direção que não fala a uma só voz. Disse que Taremi não saiu para o Milan porque as propostas eram «ridículas» e «nem dava para conversar». Esqueceu-se portanto das declarações de Vítor Baía, que disse a 31 de agosto que já havia acordo entre Milan e FC Porto e que tudo dependia do jogador. Em que ficamos? </div><div dir="auto" style="text-align: justify;"><br /></div><div dir="auto" style="text-align: justify;">De argolada em argolada, Pinto da Costa errou em quase todos os alvos e deixou a promessa de uma recuperação financeira histórica e em tempo recorde. Não só foi uma fraca entrevista como foi, possivelmente, a sua pior entrevista em 4 décadas de FC Porto, revelando um presidente perdido no espaço e no tempo. Foram só 60 minutos. E o que são 60 minutos ao pé de mais 4 anos?</div>Unknownnoreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3827968484390529826.post-24950753689388630592023-11-20T01:52:00.008+00:002023-11-20T02:27:28.863+00:00Quando um portista aparece<div style="text-align: justify;"><i>«Bola no Porto... Passe mortal... Marco Ferreira aparece! Douglas falha! Ninguém para empurrar! Vamos Derlei! Bate! Bate! Bate!...»</i></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O resto é história. Uma história que todos os portistas sabem de cor e que abriu um dos mais belos capítulos de um livro de honra de vitórias sem igual. Sevilha, Gelsenkirchen, Yokohama. O bis na raça de Derlei, a classe de Deco, o olhar de Pedro Emanuel... Mas há um detalhe que antecedeu tudo isto, imortalizado no relato acima citado.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnIIBhoOKp7T5CbjO7nKb2DyuhWtl0O88U-Yvz807v16L7sS5tLt6Tfa0fY3oDi7u6u-PCmwl8onAG8t-CgtyrlwqKsz7iStD1k8hni3u5ZqRQNVshXa4-1KH3V-itCE8IQ15emvb4iT2evv4L5fudWutM_Mh2YorGS9iDYwRDrP3k5jIG9Mfx_mUVDOUy/s600/golo.webp" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="384" data-original-width="600" height="341" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnIIBhoOKp7T5CbjO7nKb2DyuhWtl0O88U-Yvz807v16L7sS5tLt6Tfa0fY3oDi7u6u-PCmwl8onAG8t-CgtyrlwqKsz7iStD1k8hni3u5ZqRQNVshXa4-1KH3V-itCE8IQ15emvb4iT2evv4L5fudWutM_Mh2YorGS9iDYwRDrP3k5jIG9Mfx_mUVDOUy/w531-h341/golo.webp" width="531" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>Marco Ferreira «apareceu».</b> Não rematou, não passou, não driblou; não recuperou a bola, não ganhou um ressalto, não se sabe muito bem se chega a tocar nela ou o que fez no lance. Mas o detalhe é este: apareceu. Marco Ferreira apareceu e este lance mudou a história do FC Porto. Bastou aparecer. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Segunda-feira, 13 de novembro de 2023, os portistas apareceram. Contra muitas expetativas, desejos e planos, apareceram. A ordem de trabalhos visava a aprovação dos novos Estatutos do Clube e a tradicional "meia hora" para discutir assuntos de interesse. Mas cedo se percebeu que as motivações para tal afluência ultrapassavam o desejo de participar num simples sufrágio. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A cronologia dos eventos já é por demais conhecida entre adeptos, associados e imprensa - os únicos que ainda não a conhecem aparentam ser os próprios responsáveis do FC Porto, que perante os registos das câmaras, os testemunhos de presentes e, pasme-se, os seus próprios olhos continuam sem conseguir identificar responsáveis com vista à abertura de processos disciplinares. Tudo redonda no mesmo: silêncio, indiferença, cobardia, medo.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Medo de quê? Medo de uma derrota anunciada que um grupo de «<i>gratos</i>» fez questão de se esforçar por tentar acelerar. Um atropelo aos mais básicos princípios da democracia e aos direitos e deveres de qualquer sócio do FC Porto. Sim, do FC Porto. O que une, ou deveria unir, todos os associados presentes é o amor ao FC Porto. Ao clube, não a um homem, seja ele qual for. E sobretudo não a um homem que, perante o poder de parar as tristes cenas que despontavam nas bancadas do Dragão Arena, respondeu com desdém e indiferença. Os seus adeptos atacados na sua casa: silêncio de Pinto da Costa e da sua cúpula administrativa.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Foi esta a grande derrota da noite. <b>Pinto da Costa</b>, para muitos, já não é um presidente à altura do FC Porto, mas poucos imaginariam que não seria um presidente à altura dos portistas. Por muito que os adeptos se possam dividir face ao seu futuro no clube, todos concordariam que quando Pinto da Costa pede a palavra, o portista deve o respeito de ouvir. Continua a ser o presidente democraticamente eleito e a figura máxima da história do clube; e o que fez com este estatuto e reconhecimento enquanto portistas eram ameaçados, intimidados e coagidos? Nada. Fechados na mesma redoma com que gerem o dia a dia do clube. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Tudo isto, e não enganemos ninguém, por causa de um nome: <b>André Villas-Boas</b>. O futuro e único candidato à presidência do FC Porto que realmente inspira receio aos que se querem agarrar ao poder (ou, no caso dos que gritavam «<i>Ingratos!</i>», agarrados aos frutos do poder). Com o devido respeito por Nuno Lobo e José Fernando Rio, não eram nomes temidos por ninguém no FC Porto, mas ainda assim «<i>tiraram</i>» quase um terço dos votos a Pinto da Costa no último ato eleitoral. Se dois nomes pouco cativantes e mediáticos conseguiram isto, o nome Villas-Boas fez soar o alerta no Dragão.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Da candidatura de Villas-Boas nada se sabe publicamente. Nada. Nem quem o acompanha, qual o projeto, nada. Poderíamos dizer o mesmo sobre Pinto da Costa, que é eleito não pelo que faz hoje nem pelo que fará amanhã, mas pelo currículo de décadas passadas. Mas no FC Porto sabe-se (teme-se) o essencial: que Villas-Boas pode efetivamente fazer estragos contra Pinto da Costa.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Uma heresia, dizem aqueles determinados a manter Pinto da Costa na presidência do FC Porto nem que cheguem a uma sequela de Weekend at Bernie's. <i>«Pinto da Costa tem que ser o presidente até ao último dia da sua vida, a não ser que queira sair antes!»</i> Pois. A questão é que Pinto da Costa não quererá sair. Primeiro, porque ama o FC Porto e dedicou a sua vida a esse cargo. Segundo, porque vive fechado numa redoma que o venera e bajula a cada piscar de olhos. Não conhece contestação, discórdia ou insatisfação no seu dia a dia; continua a ser «o melhor presidente do Mundo». Mas não, a presidência de Pinto da Costa não pode ser um desejo do próprio, nem de uma dúzia seletiva, mas sim de uma maioria de portistas.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Pinto da Costa foi uma grande ameaça ao benfiquismo e ao centralismo; agora querem fazer dele uma ameaça ao portismo? <i>Ai, a gratidão!</i> Não, para ser eleito presidente do FC Porto não é preciso um exercício de gratidão. Quem o diz é o próprio Pinto da Costa, que sempre defendeu que a sua liderança assenta em quatro pilares: <b><u>«Rigor, competência, ambição e paixão»</u></b>. Estes quatro parâmetros estão a ser cumpridos sob a sua presidência? Cada portista terá a sua opinião e cada sócio o seu voto; desde que o possam exercer livremente. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Mas voltamos ao ponto de partida. A coação, a ameaça e a intimidação estão literalmente instaladas nas bancadas do Dragão. Terá a AG sido uma vez sem exemplo? Não se o FC Porto e os seus dirigentes não agirem em conformidade. Mas para quem tem esperança que tal aconteça, é aconselhável que adotem a mesma postura da administração da SAD enquanto portistas eram agredidos e arrastados para fora do pavilhão: de cadeirinha, para não se cansarem.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">«<i>Mas não têm os portistas o direito a continuarem a apoiar Pinto da Costa se quiserem?</i>» Claro que sim. Mas então esforcem-se um pouco por defenderem o vosso candidato preferido. Porque aquilo que os já declarados anti-AVB estão a fazer é a passar um gritante atestado de incompetência a Pinto da Costa. Então querem que Pinto da Costa seja presidente do maior clube português se não é sequer capaz de derrotar um (ex-?)treinador sem experiência no dirigismo? Não confiam na eloquência e no dom da palavra de Pinto da Costa para esgrimir argumentos com AVB num eventual debate? Não tem Pinto da Costa mais dias de FC Porto do que Villas-Boas de vida? Então, qual é o receio da candidatura de AVB? Sinceramente, Pinto da Costa, por tudo o que já fez, merecia mais respeito e consideração por parte dos seus fiéis escudeiros. O presidente do FC Porto tem que ser a pessoa mais poderosa do clube, não alguém que querem esconder de qualquer batalha. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">«<i>O problema são as pessoas que estão por trás da candidatura de AVB!</i>» Pois. Disso, publicamente, ainda nada se sabe, ou se algo há para se saber. Mas uma coisa é certa: não se sabe quem está por trás da candidatura de AVB, mas sabe-se que quem está à frente da SAD deixa muito a desejar. E neste caso nem se fala da performance desportiva ou da saúde financeira (perdão, doença, porque de saúde há pouco), mas sim das mais básicas funções para qualquer presidente eleito democraticamente: assegurar que a mesma democracia que o elegeu não é beliscada sob a vigência. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A Pinto da Costa e a Villas-Boas, fica o desafio: puxem o melhor Marco Ferreira que há em cada um de vós. Um se quer manter o lugar, outro se quer avançar. Apareçam. Que Villas-Boas apareça, como promete que o vai fazer; e que Pinto da Costa apareça, mesmo que os seus apoiantes não queiram que precise de o fazer. E se antes de Abril pudermos ter um debate televisivo no Porto Canal, perfeito. É que o material de filmagem e edição que foi poupado na última segunda-feira poderia assim finalmente ter uso. </div>Unknownnoreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3827968484390529826.post-66588167580401046592023-11-15T16:06:00.002+00:002023-11-15T16:06:24.791+00:00Largos dias também chegam ao fim...<p>... para que novos dias possam nascer. </p><p><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8I0jywPRgSJAQcuURyuk0hauli9nytRFU43KEeovOXuNr3lV8ECpo0bl5VmmItTCEHVUis3wzTa4mZZEuiz5BzQQbOAghtVLN-z9SH20y2OySQRwT3y3EesWuH-FXexZ3STSFAnB4XcFvXPQ5pPPln76nlpuHMTD9iYMD3JiMLqg9hGpZcU0fxFDSrWoq/s1080/Screenshot_20231115_170028_Facebook.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="701" data-original-width="1080" height="416" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8I0jywPRgSJAQcuURyuk0hauli9nytRFU43KEeovOXuNr3lV8ECpo0bl5VmmItTCEHVUis3wzTa4mZZEuiz5BzQQbOAghtVLN-z9SH20y2OySQRwT3y3EesWuH-FXexZ3STSFAnB4XcFvXPQ5pPPln76nlpuHMTD9iYMD3JiMLqg9hGpZcU0fxFDSrWoq/w640-h416/Screenshot_20231115_170028_Facebook.jpg" width="640" /></a></p><br /><p></p>O Tribunal do Dragãohttp://www.blogger.com/profile/01936162976230308650noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-3827968484390529826.post-16308935760418646492019-10-11T17:50:00.000+01:002019-10-11T17:50:16.949+01:00Relatório e Contas 2018-19 (três anos depois...)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Faz amanhã, 12 de outubro, três anos. Fernando Gomes, responsável financeiro da SAD do FC Porto, assumiu, mediante a apresentação de custos com pessoal de 75,8 milhões de euros, que era altura de «<i>conter e tomar um novo rumo</i>». A folha salarial atingiu custos incomportáveis para qualquer clube português e, sobretudo, para um clube que viria a ser visado pelo incumprimento do fair-play financeiro da UEFA. Por isso, foi altura de traçar um plano:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjuD5oTHTrWDP-PKinasyPnYws0ZZ_nKHlpwPh7AjVajt3Tby3v6Tdn9KwjuKOvMSLU-H3XI_y5yXNSPIzTFjFX754HqEe-uSS2r6tym0ZrmYtFD1V5-VtSIGerdVq-Tjj2FM4FA4t6skoK/s1600/ScreenShot019.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="233" data-original-width="915" height="142" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjuD5oTHTrWDP-PKinasyPnYws0ZZ_nKHlpwPh7AjVajt3Tby3v6Tdn9KwjuKOvMSLU-H3XI_y5yXNSPIzTFjFX754HqEe-uSS2r6tym0ZrmYtFD1V5-VtSIGerdVq-Tjj2FM4FA4t6skoK/s640/ScreenShot019.jpg" width="540" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b>Jornal O Jogo, 12-10-2016</b></td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Fernando Gomes traçou e assumiu o plano e os objetivos. A folha salarial do FC Porto tinha ultrapassado os 75 milhões de euros. Era, por isso, intenção da SAD fazer com que ela fosse reduzida em 20 milhões de euros, passando o FC Porto a ter assim custos com pessoal na ordem dos 55 milhões de euros. «Três anos», foi o prazo traçado por Fernando Gomes e pela SAD. Cumpridos esses três anos, eis os resultados.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsGRY15NJlpCK9zLo5Nwei-IVQb2gxEIfZ7hEJNg29moUSLAdwAFnCVkKaKJJeUYij1mHkgMP4LX6x24dXOyTrE4t1ZD7vMdOR15xG33fgZ7gTaHpNgaWKl4xI3UriFOVxdZmPsN1C6oik/s1600/ScreenShot020.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="421" data-original-width="1081" height="218" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsGRY15NJlpCK9zLo5Nwei-IVQb2gxEIfZ7hEJNg29moUSLAdwAFnCVkKaKJJeUYij1mHkgMP4LX6x24dXOyTrE4t1ZD7vMdOR15xG33fgZ7gTaHpNgaWKl4xI3UriFOVxdZmPsN1C6oik/s640/ScreenShot020.jpg" width="540" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b>Relatório e Contas da FC Porto, SAD, 2018-19</b></td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
A conclusão é óbvia. Não só a SAD não conseguiu reduzir a folha salarial em 20 milhões de euros como quase a conseguia aumentar nesse valor. Ao invés dos estimados 55 milhões de euros, o FC Porto fechou a época 2018-19 com custos com pessoal de 91,64 milhões de euros, os mais altos da história da SAD.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Fernando Gomes, aqui citado pelo JN, tem uma justificação: «<i>Deveu-se, sobretudo, a três situações. As rescisões de contrato com os
jogadores Bueno e o Bazoer, ao ajustamento dos contratos pela conquista
do campeonato da época passada e os prémios extraordinários face à
passagem da fase de grupos da Liga dos Campeões».</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><br /></i></div>
<div style="text-align: justify;">
Portanto, rescindir o contrato de dois jogadores, um deles que até estava apenas emprestado, passar a fase de grupos da Liga dos Campeões (e a chegada aos quartos-de-final, certamente também considerada) e a revisão dos contratos pela conquista do Campeonato justificam este abismal aumento? Nada que surpreenda, tenho em conta que já tinha sido esta a linha de orientação de Fernando Gomes na apresentação das contas da época passada: ««<i>Tínhamos previsto reduzir os Custos com Pessoal e eles subiram por
uma questão muito simples: como fomos campeões nacionais, tivemos de
pagar prémios ao plantel e à equipa técnica. Isso representou um encargo
adicional de 6 milhões de euros, mas ainda bem que o tivemos</i>». </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Apresentar as contas da SAD portista aparenta ser uma das tarefas mais fáceis no universo financeiro. Não se cumprem metas ou objetivos? Ou se culpa o insucesso desportivo (a não-qualificação para a Champions terá o devido impacto na apresentação do orçamento 2019-20), ou culpa-se o sucesso desportivo («pagámos mais do que o previsto porque tivemos que pagar prémios»). Não esquecer que o FC Porto, à partida, prepara cada época a pensar em ser campeão nacional e em passar a fase de grupos da Liga dos Campeões. Chegar ao final da temporada e alegar a surpresa de ter que ter pago prémios por rendimento desportivo, quando este já estaria orçamentado, é um tanto ambíguo. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqkkavL4dIr-ZeJ9N8XVP9VFuwheH1jCrLtNyJrHZ-vLJdzTbQxD4FCnb9wTG8d6I2D5pubnrTN3yTDitSTKYAPuM2VQCCvqsw42GAd2gHW1unuL23f9-_7Jow-VWuT3xoN99sW9uG9XMa/s1600/ScreenShot022.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="383" data-original-width="690" height="221" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqkkavL4dIr-ZeJ9N8XVP9VFuwheH1jCrLtNyJrHZ-vLJdzTbQxD4FCnb9wTG8d6I2D5pubnrTN3yTDitSTKYAPuM2VQCCvqsw42GAd2gHW1unuL23f9-_7Jow-VWuT3xoN99sW9uG9XMa/s400/ScreenShot022.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
Aguardamos a publicação do Relatório e Contas completo da época 2018-19 para a devida e mais profunda análise. Ficam, para já, os principais tópicos dos <b><u>Proveitos e Despesas Operacionais</u></b>.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
No <a href="http://otribunaldodragao.blogspot.com/2018/10/o-orcamento-do-fc-porto-para-2018-19.html"><b><span style="color: orange;">orçamento de 2018-19</span></b></a>, a SAD estimava custos de 135 milhões de euros (sem incluir despesas com transações de passes). Os custos atingiram os 150 milhões de euros, essencialmente pelo aumento nas despesas com pessoal e por mais uma subida nos FSE. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Em relação aos Proveitos Operacionais, estamos perante os maiores da história da SAD, muito graças ao rendimento de Sérgio Conceição e dos jogadores na Liga dos Campeões 2018-19. O FC Porto estimava proveitos de 156 milhões de euros, mas os resultados atingiram os 176 milhões. Só as receitas na UEFA significaram um encaixe de 80 milhões de euros, mas o R&C apresenta uma alínea que não estava prevista no Orçamento: «Outras Prestações de Serviços», que acrescentaram 8,5 milhões de euros às contas. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Conforme esperado depois da boa campanha da Champions e das excelentes vendas de Felipe e Éder Militão, o FC Porto terminou a época financeira 2018-19 com lucro, que ascendeu a 9,47 milhões de euros (há um ano, a SAD estimava 1,5 milhões de lucro).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O passivo e o ativo sofreram ambos reduções. O ativo total líquido caiu em 52,75 milhões de euros, um pouco menos do que o passivo (-56 milhões), «que se situa agora nos 408,1 milhões, essencialmente devido à diminuição do valor global dos empréstimos», especifica a SAD. Este saldo significa capitais próprios negativos de 34,8 milhões de euros, o que mantém a SAD numa situação de falência técnica. A análise ao R&C será aprofundada quando o resultado completo for disponibilizado na CMVM.</div>
O Tribunal do Dragãohttp://www.blogger.com/profile/01936162976230308650noreply@blogger.com31tag:blogger.com,1999:blog-3827968484390529826.post-30339203411906907122019-08-26T00:15:00.000+01:002019-08-26T00:23:59.157+01:00Ode triunfal<div style="text-align: justify;">
Do inferno ao céu. Onze dias separam a derrota frente ao Krasnodar e o consequente afastamento da Liga dos Campeões da vitória do FC Porto, por 2x0, em pleno Estádio da Luz. Meia dúzia de sessões de treino. O mesmo plantel, o mesmo treinador, apenas um pouco mais de tempo de preparação. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O mesmo grupo que ficou negativamente marcado na história do FC Porto por ter «<i>quebrado</i>» o recorde de presenças na fase de grupos da Liga dos Campeões presenteou os adeptos com aquela que foi, provavelmente, <b><u>a mais brilhante vitória da história dos dragões no Estádio da Luz em jogos do Campeonato</u></b>. Um sinal de que treinador e jogadores sentiram a responsabilidade, sentiram a necessidade de resposta, sentiram o peso do clube. Nada do que aconteceu na Luz vai mudar o que aconteceu frente ao Krasnodar, mas abre perspetivas renovadas para uma época na qual há quatro títulos para atacar.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKt-5oO-Sirb73oZshDLuzH143InhpMdAOhpPf0-Qq9SFwrPIbaLZXIABtliPImQhvQpf9tbUGZ8BgXGhemqQx-1u92hf2tmtBJWpdQceQBsjBWGjsa1Dr6LauJeumJOf4xtnzjfP1t5dx/s1600/5d6186760cf2373ef566c5bb.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="768" data-original-width="1280" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKt-5oO-Sirb73oZshDLuzH143InhpMdAOhpPf0-Qq9SFwrPIbaLZXIABtliPImQhvQpf9tbUGZ8BgXGhemqQx-1u92hf2tmtBJWpdQceQBsjBWGjsa1Dr6LauJeumJOf4xtnzjfP1t5dx/s400/5d6186760cf2373ef566c5bb.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Sim, esta foi muito provavelmente a melhor exibição da história do FC Porto numa visita ao Benfica em jogos da Liga. O resultado, por si só, já o defende: apenas por uma vez o FC Porto tinha conseguido, em jogos do Campeonato, ganhar por mais de um golo na Luz - na longínqua temporada de 1950/51. Mas como todos sabemos, os resultados não descrevem tudo. No caso do FC Porto, foram dois golos, mas podiam ter sido mais. No caso do Benfica, sim, o resultado foi demonstrativo: zero.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Foi isso que o Benfica foi durante 90 minutos frente ao FC Porto: <b><u>zero</u></b>. Porque a forma como Sérgio Conceição preparou o jogo e a execução tática dos jogadores em campo não permitiram mais do que isso. O FC Porto foi constantemente superior ao longo de 90 minutos. O Benfica, uma equipa de <i>golo fácil</i> no contexto de Campeonato português, muito forte nas diagonais, nos corredores e na profundidade foi reduzida a zero ocasiões de golo na partida. Marchesín só teve que esboçar uma defesa. Pizzi não teve para onde passar, Rafa não teve por onde correr, os corredores do Benfica foram barrados e a dupla de avançados foi reduzida a um papel fantasmagórico nas proximidades da grande área.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A estratégia de <b><u>Sérgio Conceição</u></b> foi perfeita. Taticamente, foi provavelmente o melhor jogo da sua carreira de treinador. Secou por completo o adversário enquanto preparou o FC Porto para ter as suas oportunidades - os momentos de procura de profundidade não existiram como modelo de «construção» da equipa, mas sim como arma de ataque ao último terço quando o espaço se abriu. O FC Porto teve um sentido posicional perfeito, roubou as linhas de passe e o espaço interior ao Benfica e teve uma pressão perfeita sobre o portador da bola. O Benfica não sabia o que fazer, não teve resposta e o FC Porto dominou por completo. Nunca é de mais recordar que o Benfica mantém uma grande base de jogadores da última época, enquanto o FC Porto apresentou-se na Luz com mais de meia equipa nova. No entanto, entendimento e sintonia só mesmo do lado azul e branco. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><u>Marchesín</u></b> pouco teve para fazer, jogou mais com os pés do que com as mãos, mas transmitiu sempre serenidade à defesa e ganha cada vez mais peso como voz de comando. <b><u>Corona</u></b>, face a uma concorrência que inclui o inapto Saravia, o insuficiente Manafá e o inexperiente Tomás Esteves, provavelmente fixou-se como primeira, segunda e terceira opção para lateral-direito, no teste mais difícil que poderia ter na I Liga. <b><u>Pepe e Marcano</u></b> meteram Seferovic e De Tomás no bolso e formaram uma muralha à frente de Marchesín. <b><u>Telles</u></b>, pelo equilíbrio tático da equipa, teve liberdade para atacar, desequilibrou e cumpriu.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><u>Danilo Pereira e Uribe</u></b> foram uma das chaves da vitória e mostram ser insubstituíveis na equipa. O colombiano quase dispensou o período de adaptação e encaixou na perfeição no 11, com um papel de equilíbrio fundamental pela meia direita. Recupera, preenche, distribui. Já o capitão de equipa voltou ao seu nível e teve um sentido posicional perfeito no miolo, mas nunca se inibindo de dar amplitude ao jogo da equipa.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><u>Romário Baró</u></b> tem sido uma das apostas surpresa de Conceição e, se na Rússia pareceu «perdido» vários momentos na equipa, na Luz foi importante para o equilíbrio da equipa na direita e surgiu bem mais maduro em campo. Meia dúzia de treinos depois, mostrou um crescimento que talvez só se alcançaria com meses de trabalho. Não estamos a falar de um jovem talento que aparece com <i>liberdade </i>num clássico, mas sim num miúdo que carregava uma importante missão tática e que a conseguiu cumprir. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><u>Luis Diaz</u></b>, por sua vez, está a revelar-se uma surpresa. Não por não trazer potencial da Colômbia, mas pela prontidão e rapidez com que está a ganhar espaço na equipa. É muito raro um jogador sair diretamente da Liga colombiana para um grande clube europeu (por norma dão primeiro o salto para México ou Argentina), mas Diaz está a ter um impacto tão precoce quanto brutal. Ganha metros com bola, é rápido e incisivo no 1x1 e sabe escolher que terrenos pisar. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><u>Zé Luís</u></b>, o terceiro jogador a fazer 5 golos nos primeiros 5 jogos pelo FC Porto nos últimos 40 anos, já conquistou os adeptos. A qualidade e as caraterísticas do jogador faziam todo o sentido num clube como o FC Porto. Possante, capacidade técnica, jogo aéreo, capacidade de finalização e de trabalho de costas para a baliza, ataque à profundidade ou no espaço curto... O cabo-verdiano tinha, tem, tudo. No contexto e companhia certas é jogador de 30 golos por época. Não esquecer que era um jogador muito bem referenciado pelo departamento de scouting do FC Porto quando ainda estava no Gil Vicente. Esteve, como disse Conceição, a «<i>marinar</i>» na Rússia, mas no FC Porto encontra finalmente o espaço certo para revelar toda a sua qualidade. Não vai marcar em todos os jogos, mas com ele em campo o FC Porto estará sempre mais perto do golo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><u>Marega</u></b> foi... Marega. Capaz de nos levar ao desespero com mais um falhanço em clássicos e, minutos depois, matar o jogo. Lutou e correu a toda a largura do campo, criou duas ocasiões de golo e entendeu o seu papel na reta final da partida: era o momento de ataque à profundidade, de cair nas costas da defesa do Benfica, e aí destaca-se a leitura perfeita de <b><u>Otávio</u></b> e a arrancada para o 2x0. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Foram 90 minutos em que a equipa superou qualquer momento menos bom das individualidades. O discurso de Zé Luís no final da partida disse tudo sobre o entrosamento e a união que os jogadores levaram para este jogo. Cada jogador entendeu o colega e correu por ele. Sérgio Conceição aprendeu com os erros do último clássico e não teve medo de ser ambicioso. Não teve medo de ser melhor e de querer mais do que o Benfica. Vitória em toda a linha.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Entre todos os elogios a 90 minutos que merecem cada um deles, sobra isto: foram apenas 3 pontos. <b><u>Ontem não estava tudo perdido e hoje não está nada ganho</u></b>. O FC Porto continua fora do primeiro lugar e, ao mínimo deslize, pode passar novamente para trás do Benfica. O próximo adversário é um exemplo perfeito de que não podemos relaxar, nem com uma vantagem de 2x0 no Dragão. Equipa e adeptos recuperaram a confiança, mas como sabemos, esta tem sempre um prazo de validade que se esgota ou renova jogo após jogo. O Campeonato vai ser longo, mas do Estádio da Luz trazemos algo que bem nos pode acompanhar toda a época: quando o FC Porto eleva os seus níveis de competência ao limite, não há Benfica que consiga competir com isso.</div>
O Tribunal do Dragãohttp://www.blogger.com/profile/01936162976230308650noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-3827968484390529826.post-57708655191436155102019-08-16T05:59:00.000+01:002019-08-16T15:24:52.350+01:00Carta aberta a Sérgio Conceição<div style="text-align: justify;">
Caro Sérgio,</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Permite-me que recue até junho de 2017, quando te dei as boas vindas ao FC Porto e te desejei a melhor sorte como treinador principal. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
«<i>Nenhum adepto sabe ainda se Sérgio Conceição vai jogar em 4x4x2 ou 4x2x3x1. Se vai jogar em posse, em transição rápida, se vai ser híbrido. <b><u>Não é, até à data, um treinador que tenha diferenciado os clubes por onde passou com um estilo de jogo particularmente brilhante ou positivo</u></b>. O Paços de Paulo Fonseca jogou melhor futebol que o Braga ou o Guimarães (apenas 8 vitórias em 2015-16) de Conceição, por exemplo. O que não é garantia de nada, mas que sugere uma coisa: o FC Porto não está, com Sérgio Conceição, a contratar um modelo ou uma ideia de jogo. </i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><br /></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Está, isso sim, a contratar sede de vencer e um homem que vai ao encontro das dificuldades, trocando o conforto pelo risco. Sérgio Conceição não é, provavelmente, a melhor escolha para treinador. Mas como homem, já começou a vencer pelo FC Porto: <b><u>está disposto a queimar-se a ele próprio para ajudar a tentar a reerguer o clube</u></b> que aprendeu a respeitar e a amar.</i>»</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Adivinha o que aconteceu, Sérgio. O esperado. Enquanto ganhamos, somos brilhantes, e ai de quem questione a exibição e todos os aspetos técnico-táticos quando o resultado é favorável. Agora, quando perdemos, tudo se resume ao treinador. Injusto, claro, mas já mais do que habitual.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
És o 14.º treinador do FC Porto (contando com interinos e a passagem fugaz de Delneri) do pós-Gelsenkirchen. Sabes o que todos eles, exceto André Villas-Boas (que tão rápido teve enorme sucesso como saiu), tiveram em comum? Os adeptos, na sua aparente maioria, torceram a determinada altura pela saída do treinador. Ninguém escapou. Nem Co Adriaanse, nem Jesualdo, nem Vítor Pereira, que mais tarde se sagraram campeões. No FC Porto, qualquer treinador está a três ou quatro maus resultados de, para a generalidade, não servir e tomar mil uma opções que ninguém consegue compreender. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Serão estas críticas justas, Sérgio? Vamos por partes.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><u>Época 2017-18</u></b>. O que fizeste? Adaptaste-te ao que tinhas. Sem reforços, mas como o tempo o revelou, esta temporada de contenção viria a revelar-se a mais cara da história da SAD. O futebol nem sempre foi o mais virtuoso, mas chegou para cumprir e superar as expetativas, consagradas com o título de campeão nacional e com a «nega» do penta ao Benfica. Tudo isto aliado a uma sempre importante qualificação para os oitavos-de-final da Champions. Título + passagem aos 1/8 da Champions? Perfeito, mesmo nunca gostando da <i>Maregodependência</i> e reconhecendo que bastava Herrera não ter rematado aos 89 minutos na Luz para mudar a forma como a massa olhava para a época.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><u>Chega 2018-19</u></b> e, uma vez mais, levas o FC Porto a todas as decisões. É algo que só pode ser valorizado: com Sérgio Conceição, o FC Porto luta (quase) sempre, até ao fim, por todas as competições. A campanha na Champions teve resultados brilhantes, até cair nos quartos-de-final perante um Liverpool de calibre de campeão europeu. Nas Taças, tal como nas meias-finais de há um ano, a cruel ineficácia nas grandes penalidades, pela qual nunca um treinador pode ser sumariamente responsabilizado. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E no Campeonato? Podias, devias, ser neste momento o <b><u>treinador bicampeão nacional</u></b>. É de uma insuficiência e injustiça tremenda lembrar esta época como sendo aquela em que o FC Porto desperdiçou uma vantagem de 7 pontos. É evidente que os pontos deixados no Minho e em Vila do Conde, já para não falar na receção ao Benfica, coincidiram com muita incompetência do FC Porto dentro de campo. Mas nem tudo se pode resumir a isso. Não podemos nunca ignorar que, da mesma forma que o FC Porto perdeu pontos quando não foi suficientemente bom, o Benfica também deveria tê-los perdido. O que aconteceu na Feira, em Braga ou em Vila do Conde manchou a história e a justiça do desfecho do Campeonato. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
85 pontos e 74 golos na I Liga 2018-19. Como mero termo de comparação, embora cada época tenha a sua história, o FC Porto campeão europeu de Mourinho fez 82 pontos e 63 golos. E aqui não há Decos ou Derleis. Para a história fica que perdemos. Mas não nos podemos esquecer de como a história foi sendo escrita. Sobretudo nós, as vítimas do som do apito, da doutrina divina e do som do Enter ao enviar e-mails. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas de uma coisa não duvides, Sérgio. Poderias, neste momento, ser o treinador bicampeão nacional e eu dir-te-ia a mesma coisa: <b><u>o teu modelo de jogo está completamente esgotado</u></b>. O futebol como o imaginas, neste momento, tornou-se um modelo previsível, inconsequente e facilmente anulável por qualquer treinador do nosso Campeonato. Reafirmo-o, com sinceridade e preocupação.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Na primeira época, tivemos que te dar o mérito. Encontraste uma fórmula que funcionou. Longe dos tempos de um 4x3x3 com extremos virtuosos, um goleador no eixo, um meio-campo que combinava combatividade com classe. Mudaste tudo, apostaste numa dimensão mais física, pegaste na lista de dispensas e transformaste o FC Porto. Nesse momento, tiveste todo o mérito do Mundo, pois moldaste o FC Porto à tua imagem perante as circunstâncias.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas os tempos passaram e a ideia que foi ficando foi outra. Se calhar, esse não apenas o modelo que achavas que melhor servia o FC Porto naquela altura. Esse é o único modelo que concebes para o FC Porto. E, neste caso, não poderemos nunca estar de acordo, Sérgio.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Reforço o mérito que tiveste no teu trabalho nas duas primeiras épocas. Valorizarei um treinador que vai sempre às decisões e que luta sempre por títulos. Os adeptos mais exigentes dirão «<i>não, no FC Porto só valorizamos quem ganha, não é quem vai às finais para perder!</i>» E isso é ignorar as difíceis circunstâncias que encontraste no FC Porto desde a primeira hora. Poderíamos, neste momento, ter um Benfica hexa em Portugal. Não o temos pelo teu trabalho, Sérgio, pela forma como reinventaste a equipa. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Defendi, por isso, que <b><u>2019-20 tinha que ser a tua época</u></b>. Era a época em que finalmente irias construir o plantel, ter mais palavra na escolha de jogadores e de reforços, poderias trabalhar outra ideia de jogo. Mas não é isso que vemos. E é isso que temos que mudar.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><u>Chega de tocar o bombo, Sérgio</u></b>. O FC Porto, neste momento, resume-se a isto: eterna procura pela profundidade e jogo direto; bola que vai do defesa às costas dos laterais adversários; extrema dependência das bolas paradas; resistência a circular a bola, procurar espaço entre-linhas, tabelar em zonas interiores. A transição defesa-ataque é uma pobreza neste FC Porto. Digo-te agora, que és o treinador que caiu com o FC Porto para a Liga Europa, e dir-te-ia na época passada se fosses, como merecerias, o treinador bicampeão que esteve nos 8 melhores da Champions. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZs5QnBmHo2qXRcaiVfSLxtMWm4PPnCcUBXFFfjFuFemrun4fKItGWD1LTGKO_nV23MzCSMpxkYUkjSN99UOrDXRqN_IDsitBxmgDURuhsbRDhH2y7mK3KuHbJmM8TLgAOAZWadxz7zeVr/s1600/SC3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="558" data-original-width="837" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZs5QnBmHo2qXRcaiVfSLxtMWm4PPnCcUBXFFfjFuFemrun4fKItGWD1LTGKO_nV23MzCSMpxkYUkjSN99UOrDXRqN_IDsitBxmgDURuhsbRDhH2y7mK3KuHbJmM8TLgAOAZWadxz7zeVr/s400/SC3.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Qualquer equipa adversária percebe que se fechar os corredores e não deixar que os avançados caiam nas suas costas anula o FC Porto. Prova disso é que um Gil Vicente que há uns meses estava no Campeonato de Portugal e que tem um camião de jogadores novos, cuja grande maioria nunca tinha jogado a este nível, conseguiu fazê-lo. Poderia ter sido diferente se tivéssemos aproveitado as oportunidades quando estava 0x0. Mas a crítica continuaria a ser a mesma: <b><u>este FC Porto, com esta identidade e estilo de jogo, é curto. É previsível. É insuficiente. É, lamento, uma miséria a jogar à bola.</u></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Fala-se demasiado em trabalho. Chega. Temos que falar em qualidade. Uma equipa dominadora, capaz nos quatro momentos do jogo. Organizada, equilibrada, com boa ligação entre os setores, onde um jogador saiba o que o colega vai fazer e como se deve posicionar. Saber que só podemos marcar se tivermos a bola e, se a tivermos, não vamos sofrer. Perceber que o espaço nas costas da defesa deve ser explorado perante a circunstância e oportunidade do jogo e não como jogada-padrão. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E depois de tudo isto, reconheço. Será que tu próprio tiveste tempo para trabalhar novas ideias? Ou será que, perante as circunstâncias, tentaste trazer a base do ano passado para tentar ganhar no curto prazo?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Vejamos. <b><u>O FC Porto perde 5 titulares no verão.</u></b> Casillas, Felipe, Militão, Herrera e Brahimi. Perde a experiência de Maxi Pereira, e perde o 12º jogador mais utilizado e aquele que, insisto, foi o único nos 2 primeiros anos que manifestamente aproveitaste mal, Óliver. O teu melhor FC Porto teria que ter sempre Óliver no 11. O melhor futebol foi sempre aquele que teve Óliver em campo. Nunca compreenderei a forma como este jogador foi desaproveitado por ti. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Adiante, há algo a ter em conta. A situação de Casillas foi um infortúnio, mas desde o ano passado que a SAD sabia que Herrera e Brahimi iam sair, Militão foi confirmado no Real em março e Felipe no Atlético em maio. As vendas que o FC Porto necessitava de fazer já tinham sido feitas em maio. Não temos aqui a desculpa da demora na chegada de reforços pela necessidade de antes sair alguém. Não, porque já tinham saído. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nenhum treinador tem o plantel composto no arranque da pré-época, mas a importância e a urgência da pré-eliminatória da Champions obrigava a SAD a uma rapidez que não pudemos testemunhar no mercado. Chegaram 7 caras novas, jogadores caríssimos e estamos perante o maior investimento da história do FC Porto no mercado de verão. São mais de 60 milhões de euros. E já vimos que os dedos estão apontados a ti. «Escolhemos o plantel dentro daquilo que ele queria», diz o presidente.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mangala? Bruma? Pedro? Roger Guedes? Pavon? Rongier? Reine-Adélaide? Tudo nomes que fizeram correr tinta antes da chegada do arranque da pré-época. Temos que compreender que nenhum clube contrata todos os jogadores que quer. É normal passar do plano A para o plano B. Mas não podemos resumir a aposta no mercado a preferências de Sérgio Conceição. <b><u>Não, se é o treinador da estrutura, a estrutura tem que partilhar responsabilidades com o treinador.</u></b> Este não pode ser o plantel «dentro daquilo que ele queria». Tem que ser o plantel que o FC Porto quer. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Uma equipa que perde tantos titulares e vai buscar jogadores a outro continente necessita de tempo. Tempo esse que, infelizmente, o FC Porto não teve e que custou caro. A derrota contra o Krasnodar mancha a época e uma era - o FC Porto deixa de ser recordista de presenças na fase de grupos. Mas a má preparação não esteve apenas na equipa. Héctor Herrera é um dos 10 jogadores com mais jogos da história do FC Porto na Champions. Goste-se ou não, a experiência na Champions tem um peso enorme. Onde estava o seu substituto na preparação para esta eliminatória? Amadorismo puro na gestão desde caso. Pinto da Costa admitiu a impossibilidade de renovar com Herrera em outubro. O seu substituto, Uribe, já depois de falhadas outras alternativas, não chega a tempo de estar devidamente pronto para a Champions. O próprio Marchesín mal tem tempo de conhecer os nomes dos companheiros antes de ser lançado <i>às feras</i>. Inqualificável.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><u>E agora, Sérgio?</u></b> A Champions já se foi e começamos o Campeonato a olhar para cima, já sob um clima de contestação e dúvida fortes. Qualquer treinador precisa de tempo para remodelar a equipa. Jamais a responsabilidade poderá ser resumida ao treinador. Mas tu próprio também terás que mudar, Sérgio.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Peço-te que faças o que fizeste na primeira época cá: adapta-te. Neste caso, é necessária uma mudança clara no futebol da equipa. Essa mesma mudança já deveria ter sido trabalhada desde o início de julho, mas não aparenta ser o caso. Ainda vamos a tempo. Estamos em agosto. Não há épocas ganhas nem perdidas em agosto. Mas o FC Porto, que à data de hoje tem uma equipa menos forte do que a da época passada, tem que evoluir. Só pode evoluir. Vamos defrontar um Benfica forte e dominante, dentro e, sobretudo, fora dos relvados. E não vai ser a tocar bombo que iremos longe. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGzOdtOLK5JGC0_ChbzL3KqJbNoc8U8C6vPnEnMZMAEkzl44_A6d6rH29ZQmck8pV2p5BTQl1u_k02aF_8_vvymzJqtLA3D9CecYX-6VvJ0dfkBXW7SZKMi1E_OtQULtDbSvJ-Y7XzTwvi/s1600/img_920x519%25242019_08_13_22_35_31_1588329.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="517" data-original-width="920" height="223" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGzOdtOLK5JGC0_ChbzL3KqJbNoc8U8C6vPnEnMZMAEkzl44_A6d6rH29ZQmck8pV2p5BTQl1u_k02aF_8_vvymzJqtLA3D9CecYX-6VvJ0dfkBXW7SZKMi1E_OtQULtDbSvJ-Y7XzTwvi/s400/img_920x519%25242019_08_13_22_35_31_1588329.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Tens que reconquistar o grupo e os adeptos. Os próprios jogadores «cansam-se» da insistência nos mesmos métodos. Tem que haver novos desafios, novos estímulos. Os jogadores têm que sentir que, treinando contigo, vão evoluir enquanto futebolistas, e não apenas serem formatados para este tipo de jogo. Têm que sentir que vão conquistar coisas. Têm que sentir que são temidos pelos adversários quando entram em campo. Têm que saber o que vão fazer. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Sérgio, neste momento, tens no Olival o grupo responsável por ter «destruído» o recorde de presenças do FC Porto na fase de grupos da Champions. Pensem em todos os treinadores, jogadores e equipas que representaram o FC Porto desde a criação da Liga dos Campeões. Fizeram deste clube recordista e um nome ao qual todos se habituaram a ver na Champions. Em meros e míseros 35 minutos contra o Krasnodar, uma equipa que nunca sequer meteu os pés na Champions, destruíram tudo isso. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Tens que dar a resposta. Tens que mudar a equipa, o estilo de jogo, tens que cativar os jogadores. Já frente ao Vitória de Setúbal, tem que haver uma resposta clara e contundente. É difícil, como sabias que era desde o primeiro dia. E esta época não será mais fácil do que as anteriores. Mas pegaste no FC Porto num dos momentos mais delicados da sua história, quebraste a hegemonia do Benfica e mantiveste o clube na disputa de todas as competições. Mas é tempo de mudar. Disseste que vinhas para ensinar, não para aprender. Mas tu próprio tens que aprender para evoluir. É impossível não teres aprendido alguma coisa nos últimos dois anos e, sobretudo, nos últimos dois jogos. É impossível não veres que a mudança é imperativa.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><u>É verdade, nós não vemos os treinos. Mas aquilo que temos visto nos jogos também não pode ser o que tu vês nos treinos, pois é manifestamente fraco.</u></b> O que se testemunhou em Barcelos e na Champions não pode ser o resultado de nenhum plano ou de trabalho, tamanho que é o caos e a desorganização.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Erros todos cometem. E todos têm redenção, exceto um: continuar a insistir no mesmo erro, à espera de resultados diferentes. Muda a equipa. Ouve os jogadores. Aceita a crítica. Podes cair enquanto treinador do FC Porto com as ideias de sempre ou reerguer novamente o clube aceitando a necessidade de mudar. Ninguém pode duvidar ou pôr em causa a tua dedicação e vontade de vencer no FC Porto. Arriscaste muito para teres sucesso aqui. Para ajudares o FC Porto a ter sucesso. E por ter noção do quão te dedicaste a esta causa é que não desisto de ti.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Reúne as tropas e prepara-te, pois há muito a ganhar esta época. Vocês são, à data de hoje, o grupo que tirou o FC Porto da lista de recordistas da Champions. Isso já não vão mudar. Mas podem mudar a forma como olharão para vocês em maio. Campeonato, Taça de Portugal, Taça da Liga e Liga Europa. Não vamos ganhar sempre, mas temos que lutar e jogar sempre para ganhar. </div>
O Tribunal do Dragãohttp://www.blogger.com/profile/01936162976230308650noreply@blogger.com29tag:blogger.com,1999:blog-3827968484390529826.post-12136003177351364962018-11-08T07:55:00.001+00:002018-11-08T08:01:42.385+00:00Porto de Champions<div style="text-align: justify;">
Sexta vitória consecutiva, terceira na Champions e um ponto a separar o FC Porto do objetivo. Ganhar os dois jogos, com sete golos marcados, à equipa do Pote 1 do grupo não só é inédito como significa um passo de gigante para os dragões na competição, com a capacidade de saber encontrar a eficácia nos momentos-chave mesmo entre períodos em que a qualidade não se consegue revelar tanto quanto gostaríamos - ou não estivéssemos nós a falar da Liga dos Campeões.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Certo é que os últimos jogos revelaram um salto qualitativo na equipa, que encontrou novas soluções para chegar ao golo nos palcos europeus e já não depende tanto das bolas paradas para fazer a sua escalada na Champions. Como Sérgio Conceição relembrou (e bem), o FC Porto perdeu Aboubakar, que na época passada fez cinco golos na Champions. O próprio Brahimi, porventura o mais virtuoso jogador do plantel para as noites europeias, resume até à data a sua participação na Champions a uma <i>modesta</i> assistência. Mas tal não impede o FC Porto de ter tantos golos marcados como Lokomotiv, Schalke e Galatasaray até ao momento. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEieTrNPThbwTvaJE4lREb808u7YWnD3_S1WHZ4DEZ0hFtW8Rdf77SNRV3g4NOIicSuBcXF1ja1nBTWjAIyP6ABwElNFVvaZpUXG7dBPbFDYYQpjGynzwA7hkqIgeBltXIYkl99dXNYeNoH_/s1600/664096.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="490" data-original-width="760" height="257" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEieTrNPThbwTvaJE4lREb808u7YWnD3_S1WHZ4DEZ0hFtW8Rdf77SNRV3g4NOIicSuBcXF1ja1nBTWjAIyP6ABwElNFVvaZpUXG7dBPbFDYYQpjGynzwA7hkqIgeBltXIYkl99dXNYeNoH_/s400/664096.png" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Num grupo que se podia revelar muito perigoso e traiçoeiro, o FC Porto tem-se distinguido com todo o mérito e está muito perto de atingir todas as metas desportivas e financeiras nesta competição. Mérito total para Sérgio Conceição e o seu grupo de trabalho, naquela que tem sido uma ótima Champions: pontuar fora de casa, ganhar em casa, marcar em todos os jogos. Melhor e mais não se pode pedir. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEio23pdOe3ctmI8ga3kM7MZj6guS37S0S6-WZmZKx32Qax_MNyGFh8ghqxMEccN4H1jxbdVfKl6sdLRaBQD3rkPWQZ-vR8BPIO3PjZ6ERFvS-mDdE1jPoipcuaaY9lGhvbOk8aHWiezO-jH/s1600/TdD2015_blog_bones.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="64" data-original-width="404" height="100" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEio23pdOe3ctmI8ga3kM7MZj6guS37S0S6-WZmZKx32Qax_MNyGFh8ghqxMEccN4H1jxbdVfKl6sdLRaBQD3rkPWQZ-vR8BPIO3PjZ6ERFvS-mDdE1jPoipcuaaY9lGhvbOk8aHWiezO-jH/s640/TdD2015_blog_bones.jpg" width="640" /></a><b><u></u></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<b><u><b><u><br /></u></b></u></b></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<b><u><b><u><br /></u></b></u></b></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<b><u><b><u><br /></u></b></u></b></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<b><u>Héctor Herrera (+)</u></b> - Voltou à titularidade, marcou e deu a marcar e já é o 4º médio com mais golos na história do FC Porto na Champions (só atrás de uns tais de Deco, Lucho e Zahovic). O FC Porto evoluiu imenso na sua capacidade de ter bola na Champions, mas o perfil box-to-box de Herrera continua a ser importantíssimo nos grandes jogos, quer na recuperação e pressão sobre os adversários, quer na ocupação de espaços.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><u>Marega (+)</u></b> - Um momento importantíssimo para o maliano, que se estreou a marcar em jogos <i>grandes</i> à margem de bolas paradas. Não que marcar de grande penalidade (sobretudo tendo em conta o historial recente do FC Porto na marca dos 11 metros) ou na sequência de um canto seja menos importante, mas era uma barreira que separava Marega da eficiência nos grandes jogos. Ainda assim, o melhor momento de Marega na partida nasceu logo ao minuto 2, com uma leitura perfeita na jogada do 1x0 (bem também Maxi), ao criar o espaço entre 3 jogadores do Lokomotiv antes de servir de Herrera. É também um lance que marca o distanciamento do papel dominante de Marega na época passada: desta vez é o maliano a trabalhar para a equipa, em vez de ser a equipa a despejar bolas no avançado. Evolução, de parte a parte.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><u>Fortes nas alturas (+)</u></b> - Pode parecer um destaque atípico tendo em conta a forma como o Lokomotiv fez o seu golo (já lá vamos), mas Felipe, Militão, Danilo e companhia já merecem este destaque: o FC Porto é a equipa da Champions que mais duelos aéreos vence por jogo, com uma média de 21 por partida, tantos quanto a Roma. Tendo em conta que clubes como o Man. United, o Real Madrid, o PSG ou o Barcelona não chegam aos 13 duelos ganhos por jogo (o que pode não deixar de indiciar mais bolinha pelo chão e menos pelo ar...), é bom ver o FC Porto impor-se nas alturas e ganhar mais bolas do que qualquer adversário.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><u>Soluções (+)</u></b> - Tanto Corona como Otávio são aquele tipo de jogadores que sabemos que têm muito talento, que podem resolver um jogo numa jogada, mas que também muitas vezes adormecem e alheiam-se do jogo e do seu melhor potencial. Mas o mexicano e o brasileiro voltaram a ter interferência direta no marcador e cada um já teve intervenção direta em sete golos esta época. Mesmo que o melhor 11 não contemple, para já, nenhum deles, ter <i>armas</i> prontas a entrar na equipa que têm golo é algo que faltava na época passada e que não foi adicionado ao plantel numa ida ao mercado. A única esperança era, por isso, que Corona e Otávio <i>acordassem</i>, e os sinais têm sido finalmente animadores.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLUI-NIyuviOMA-dddheDbIZ46rLXy3NnxaLOFr7jtE4HuuaCm7wQ95kKZTExEyINijlxigcCxzjooEzmtCpdk9Yan_RfNGe8SqLgIP-YbltMylbg9Msy6bZPZU0WO8Y3NRIVvcTN8sGWs/s1600/TdD2015_blog_machados.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="64" data-original-width="404" height="100" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLUI-NIyuviOMA-dddheDbIZ46rLXy3NnxaLOFr7jtE4HuuaCm7wQ95kKZTExEyINijlxigcCxzjooEzmtCpdk9Yan_RfNGe8SqLgIP-YbltMylbg9Msy6bZPZU0WO8Y3NRIVvcTN8sGWs/s640/TdD2015_blog_machados.jpg" width="640" /></a><b><u><i></i></u></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><u><i><b><u><i><br /></i></u></b></i></u></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><u><i><b><u><i><br /></i></u></b></i></u></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><u><i><b><u><i><br /></i></u></b></i></u></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><u><i>Modernices</i> (-)</u></b> - É uma crítica antiga neste espaço, que transcende o FC Porto ou Sérgio Conceição. No futebol <i>moderno</i>, os treinadores desistiram de colocar jogadores a cobrir os postes nos pontapés de canto, em detrimento de poderem povoar mais a grande área, dividindo-se entre marcação à zona e marcação homem a homem. Mas neste caso, o povoamento da grande área não impediu um jogador de 1,78m de cabecear sem grande oposição para o golo. Nem ninguém para evitar o cabeceamento, nem ninguém a cobrir o poste. Para refletir.</div>
O Tribunal do Dragãohttp://www.blogger.com/profile/01936162976230308650noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-3827968484390529826.post-29723811141317889902018-11-05T03:11:00.001+00:002018-11-05T03:19:24.233+00:00No momento certo<div style="text-align: justify;">
Ganhar 6 pontos em 2 jornadas ao rival direto, logo após uma derrota na Luz, é tão raro quanto satisfatório. Somar 5 vitórias consecutivas, algo que o FC Porto ainda não tinha conseguido em 2018, é igualmente motivador. Mas não é motivo para farfalhar, pois as duas últimas jornadas da Liga se calhar dizem mais sobre a competitividade do Campeonato que temos pela frente do que de eventuais facilidades na luta pelo título. Belenenses e Moreirense tiraram pontos ao Benfica como o fizeram ao FC Porto na época passada, e testemunham o exemplo de um Campeonato em que basta um ou dois jogos para mudar as disposições e motivações dos candidatos ao título, os perfis de favoritismo e a maneira como se olha para a abundância ou falta de soluções no plantel. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVT77qEqYUV-fULNLDyvm_bI7_3GeTJrUMpnVh-h-Nn3N85t__3Pt69rEaYDWQy53eIU8T2mSgZvuGn4TaqtpGVpJLeGvzlPvbrRFq6S7rKzHPMr71fB1RHlSK_hCLOAk709-ET0nmx4wF/s1600/23.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="433" data-original-width="770" height="223" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVT77qEqYUV-fULNLDyvm_bI7_3GeTJrUMpnVh-h-Nn3N85t__3Pt69rEaYDWQy53eIU8T2mSgZvuGn4TaqtpGVpJLeGvzlPvbrRFq6S7rKzHPMr71fB1RHlSK_hCLOAk709-ET0nmx4wF/s400/23.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Na Madeira, ao longo de 70 minutos, o FC Porto dividiu-se num misto de paciência e de falta de ideias até desfazer o 0x0. Mas não foi apenas esperar: foi procurar a oportunidade. Foi mexer na equipa com sinais claros de que não era jogo para se empatar, foi ser eficaz nos momentos em que pôde matar o Marítimo, foi saber trancar o jogo e não mais perder o controlo perante uma vantagem de 2x0.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTwkwCo86MAiIAzJIxjcRlK1P05U74ydRZNjsXE7_wcoC_8UihnTL79-GlKiBdhRTomac6DBqZhibeirrOMy1xrthSQTK1npwfRfZ01NpO8hb6Eho3ur7xsD-5ZTXEcpyeYt6QyCVgcPHH/s1600/TdD2015_blog_bones.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="64" data-original-width="404" height="99" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTwkwCo86MAiIAzJIxjcRlK1P05U74ydRZNjsXE7_wcoC_8UihnTL79-GlKiBdhRTomac6DBqZhibeirrOMy1xrthSQTK1npwfRfZ01NpO8hb6Eho3ur7xsD-5ZTXEcpyeYt6QyCVgcPHH/s640/TdD2015_blog_bones.jpg" width="640" /></a><b><u></u></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<b><u><b><u><br /></u></b></u></b></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<b><u><b><u><br /></u></b></u></b></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<b><u><b><u><br /></u></b></u></b></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<b><u>Óliver Torres (+)</u></b> - Esteve na génese dos dois golos do FC Porto: primeiro, é ele quem senta Bebeto e se liberta da pressão de 3 jogadores do Marítimo antes de lançar Brahimi no corredor; depois, intercetou a bola e lançou a corrida de 50 metros até à conclusão do 2x0. Tudo isto numa exibição em que foi o jogador com mais ações com bola (85), completou 91% dos passes, acertou 11 das 14 bolas longas que tentou e ainda recuperou 14 vezes a posse de bola. Foi a primeira vez que jogou duas jornadas completas consecutivas com Sérgio Conceição e só há motivos para continuar.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><u>Otávio (+)</u></b> - Entrou, marcou e deu a marcar, tudo isto num espaço de cinco minutos e num jogo no qual o FC Porto não estava a criar ocasiões de golo - e a situação poderia agravar-se pela sempre negativa carga psicológica de desperdiçar uma grande penalidade. Mesmo sem ser sempre regular e consistente, e muitas vezes desligando-se da partida e da equipa, Otávio já leva 6 participações em golos na Liga - o dobro das que conseguiu em toda a época passada. E fica também a nota por a sua entrada para o lugar de Maxi Pereira ter sido uma ordem para puxar a equipa para a frente e para a vitória. Empatar na Madeira numa jornada em que o Benfica perde em casa não seria desdenhado por muitos treinadores, mas Conceição teve ambição e com ela a recompensa mais desejada. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><u>Trancar o jogo (+)</u></b> - Tendo em conta que já vimos o FC Porto desperdiçar uma vantagem de 2x0 esta época, foi revigorante ver a equipa gerir e controlar com total tranquilidade o resultado logo após o segundo golo. Calma, circulação no meio-campo adversário e muita segurança na posse - em todo o jogo, só por uma vez o Marítimo conseguiu desarmar um jogador do FC Porto no meio-campo defensivo. É certo que a equipa madeirense tem-se revelado muito pobre em termos ofensivos (tem o pior ataque da Liga), mas controlo foi a palavra dominante na equipa.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbbSR1uBhZqiqnG5VCiaQ3lQl1mKSpr8HjmJ6CMSrLuRIJZ3YtqZB_61YxlANzG7eAKuQtdxEdP-oG_x7EfWRd34UdPyoSMR0mg0cnZeHDZETQez1XZD5LVR9iCKjGj0aM37PEfZf68hPk/s1600/TdD2015_blog_machados.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="64" data-original-width="404" height="99" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbbSR1uBhZqiqnG5VCiaQ3lQl1mKSpr8HjmJ6CMSrLuRIJZ3YtqZB_61YxlANzG7eAKuQtdxEdP-oG_x7EfWRd34UdPyoSMR0mg0cnZeHDZETQez1XZD5LVR9iCKjGj0aM37PEfZf68hPk/s640/TdD2015_blog_machados.jpg" width="640" /></a><b><u></u></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><u><b><u><br /></u></b></u></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><u><b><u><br /></u></b></u></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><u><b><u><br /></u></b></u></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><u>Com vista a Braga (-)</u></b> - Noite quase para esquecer para Soares. Arrancou uma falta para grande penalidade e teve um toque precioso na jogada do 2x0 (bem também Marega no lance), mas ao longo dos 74 minutos em que esteve em campo poucas vezes conseguiu entrar no jogo. Falhou 5 dos apenas 9 passes que tentou, perdeu 8 dos 10 duelos que disputou e teve uma única tentativa de remate, à figura. Não estará com a equipa na receção ao Lokomotiv, mas é essencial que Soares esteja ao melhor nível na receção ao SC Braga, equipa que ainda não sabe o que é perder esta época.</div>
O Tribunal do Dragãohttp://www.blogger.com/profile/01936162976230308650noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-3827968484390529826.post-77181725385988900852018-10-30T17:46:00.002+00:002018-11-04T01:14:19.286+00:00Óliver: era isto que faltava?<div style="text-align: justify;">
A exibição - melhor, os números da exibição - de Óliver frente ao Feirense tem feito correr muita tinta. E bem, essencialmente pelo desempenho a nível defensivo. O que levanta a questão: é isto que separava o médio espanhol de um papel mais regular nas escolhas de Sérgio Conceição?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Os 11 desarmes de Óliver frente ao Feirense são números que surpreendem, sobretudo quando temos em conta que nenhum outro jogador portista conseguiu mais de dois. Mas não basta olhar para a soma: é preciso ter em conta as zonas em que Óliver interveio. E esse aspecto é ainda mais relevante:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjebkCqXNxL18APWlXQgqHkDr0UpU_U1pqGBysrD-TmYIg3Nhcx7x5nhBlieghOMrj8KEmR0233flrenrB5iq4F7HGqo1ng8t7wI58gcTqy47gZCvDFCNPoEETv8RrWxX0m3RvtYNE46EE9/s1600/ScreenShot015.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="473" data-original-width="844" height="223" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjebkCqXNxL18APWlXQgqHkDr0UpU_U1pqGBysrD-TmYIg3Nhcx7x5nhBlieghOMrj8KEmR0233flrenrB5iq4F7HGqo1ng8t7wI58gcTqy47gZCvDFCNPoEETv8RrWxX0m3RvtYNE46EE9/s400/ScreenShot015.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Dos 11 desarmes de Óliver, nove foram conseguidos no meio-campo do FC Porto. Ou seja, não é como se isto fosse resultado de uma linha de pressão muito alta e de erros forçados sobre a saída de bola do Feirense (equipa que ainda vai tirar pontos aos<i> grandes</i> esta época): foi o médio em momentos de recuperação, a ter que recuar, a ter que ir atrás da redondinha. Passou por uma missão sempre idealizada para os médios do FC Porto: fazerem o maior trabalho possível para dispensarem os centrais da missão defensiva.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E repare-se que, em apenas 90 minutos, Óliver fez mais desarmes (11) do que aqueles que Felipe leva em oito jornadas completas (10), quase tantos como Alex Telles (12) e tantos, por exemplo, como Militão e Danilo juntos até ao momento. Foi um jogo atípico, Óliver não vai fazer 11 desarmes todos os jogos (Ricardo e Sérgio Oliveira foram os melhores da época passada, com 3,9 desarmes/90 minutos), mas foi também um ótimo indicador sobre quiçá a única coisa que poderia faltar aos olhos de Sérgio Conceição: mais agressividade, mais trabalho de recuperação, mais jogo sem bola. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O raio de ação de Óliver também foi particularmente amplo, tendo vencido 17 dos 21 duelos que disputou (momentos de desarme, de drible, de disputa de bola), completado 83% dos passes que tentou e acertado 4 de 6 passes longos. E ainda se enquadrou duas vezes para o remate à entrada da grande área, numa exibição completa.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1YfELxUscKyW1GJKyVDnl0T8Kn82UqETEd8SbFjAQuZ7vhB5gv_zv8JQTBluQy-Ky0u_8nVnS8MpbSahc1ci6RuZpjqBXfW8PB9ycl2EGOsNkVM8EnxxazD15Fl6KuD4IIR4OEFhsKaZp/s1600/ScreenShot014.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="470" data-original-width="850" height="220" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1YfELxUscKyW1GJKyVDnl0T8Kn82UqETEd8SbFjAQuZ7vhB5gv_zv8JQTBluQy-Ky0u_8nVnS8MpbSahc1ci6RuZpjqBXfW8PB9ycl2EGOsNkVM8EnxxazD15Fl6KuD4IIR4OEFhsKaZp/s400/ScreenShot014.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas agora vem uma <i>dor de cabeça</i>. Sérgio Conceição dificilmente prescindirá de manter dois avançados na frente. A ausência de um verdadeiro homem-golo no plantel, um ponta-de-lança capaz de jogar sozinho e ser simultâneamente apoio e referência no ataque, contribuindo para todos os momentos no jogo, faz com que não abdique de manter dois homens na frente. E é também interessante observar todas as zonas de intervenção de Soares e Marega (ver gráfico abaixo), de grande amplitude em todo o meio-campo adversário. Ora, com um único avançado, não há hipótese de preencher todo este espaço.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbjQZtLIiNPLBZ5WNQKMw3uE1vRMLsWy2b70IfKEL9qDKlS5cU5YwzWIT0hzcbVEkAPewTYaSqGP7vZq62CIcwbqeBWXbHxGc0bfx-DJyw49nVURptnXK6btlGUrCcwaS3oUr8v4jEEJ8X/s1600/ScreenShot016.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="468" data-original-width="844" height="221" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbjQZtLIiNPLBZ5WNQKMw3uE1vRMLsWy2b70IfKEL9qDKlS5cU5YwzWIT0hzcbVEkAPewTYaSqGP7vZq62CIcwbqeBWXbHxGc0bfx-DJyw49nVURptnXK6btlGUrCcwaS3oUr8v4jEEJ8X/s400/ScreenShot016.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b>Zonas de intervenção e de remate de Marega e Soares</b></td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Portanto, a permanência de Óliver Torres no 11 titular poderia ter que significar a manutenção de Herrera no banco de suplentes, algo que dificilmente acontecerá, sobretudo nos jogos de maior exigência. A metamorfose para o 4x3x3 com Marega a jogar pela direita será sempre uma opção a ter em conta (quiçá já para o curto prazo), mas doravante desfaz-se, pelo menos, um mito: que ninguém volte a justificar a ausência de Óliver no 11 por falta de agressividade. </div>
O Tribunal do Dragãohttp://www.blogger.com/profile/01936162976230308650noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-3827968484390529826.post-42776288579345439342018-10-21T21:56:00.000+01:002018-10-21T22:06:12.849+01:00O orçamento do FC Porto para 2018-19<div style="text-align: justify;">
Começamos por uma curta viagem ao passado. Na apresentação das contas de 2015-16, Fernando Gomes, responsável financeiro da SAD, afirmou: «<b><i><u>Os custos têm subido de forma abrupta. A SAD quer conter e tomar um novo rumo</u></i></b>».</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Um novo rumo, dizia Fernando Gomes, que definiu os seus objetivos: «<i>Inflacionámos os salários para além do razoável. Em 2013/14 os salários do plantel eram de cerca de 40 milhões de euros e hoje são de 75. Entendemos que devemos conter e reduzir</i>».</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O administrador da SAD definiu, por isso, um plano: <b><u>no espaço de 3 anos, a folha salarial do FC Porto iria baixar para 55 milhões de euros</u></b>. Foi isto que Fernando Gomes traçou como objetivo, realçando que, numa primeira fase, o plano passava por «<b><i>reduzir 20 milhões em salários nos próximos dois anos</i></b>».<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSItcG6Flt5HoT_guPYn9ICpDkKh3yiJVqgZmilM5_KxuOljIo9pSOJjUJuKK0X5JxR8FvZDKlkpNi-EDfCC406bsFwwbA_Q7TDRLLE0NIb9WpXBH_89UN1icHSSGKxwzUSryvWv33Lki4/s1600/ScreenShot010.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="195" data-original-width="922" height="161" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSItcG6Flt5HoT_guPYn9ICpDkKh3yiJVqgZmilM5_KxuOljIo9pSOJjUJuKK0X5JxR8FvZDKlkpNi-EDfCC406bsFwwbA_Q7TDRLLE0NIb9WpXBH_89UN1icHSSGKxwzUSryvWv33Lki4/s640/ScreenShot010.jpg" width="540" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b>Os objetivos de Fernando Gomes (jornal O Jogo, 12-10-2016)</b></td></tr>
</tbody></table>
<br />
Cumpridas as épocas de 2016-17 e 2017-18, é tempo de observar o orçamento da SAD para a época 2018-19. O tal em que Fernando Gomes apontava para uma grande redução salarial e que baixaria os custos com o plantel para os 55 milhões de euros. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
O FC Porto terá, nesta época, <b><u>a folha salarial mais alta da sua história, ultrapassando pela primeira vez os 80 milhões de euros</u></b>. Depois da <a href="http://otribunaldodragao.blogspot.com/2018/10/a-epoca-de-contencao-que-foi-mais-cara.html"><b><span style="color: orange;">época de contenção que foi a mais cara</span></b></a> da história do FC Porto, a folha salarial é elevada para os valores mais altos de sempre.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0WxcZkSbeweAaSw-MBufLzh72Dxu6L63OzXyw6-P3ryGxiV4UKhGrMTGOpYzSRJ7zVmsz2Hlr9_3IhhN-pGwaOGOU3bzK7AeRhrENcMYqEpB-37Ovsy40Yc2Ap0-Gcw1Y9nF5pCxLTpvl/s1600/ScreenShot006.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="303" data-original-width="1063" height="156" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0WxcZkSbeweAaSw-MBufLzh72Dxu6L63OzXyw6-P3ryGxiV4UKhGrMTGOpYzSRJ7zVmsz2Hlr9_3IhhN-pGwaOGOU3bzK7AeRhrENcMYqEpB-37Ovsy40Yc2Ap0-Gcw1Y9nF5pCxLTpvl/s640/ScreenShot006.jpg" width="540" /></a></div>
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Os custos operacionais do FC Porto ascenderão, assim, aos 135,5 milhões de euros, cerca de dois milhões acima dos resultados de 2017-18. A folha salarial do plantel chega aos 81,7 milhões de euros quando, segundo as expetativas de Fernando Gomes, deveria nesta altura estar a caminho dos 55 milhões de euros - a não ser que esteja a contar com uma<i> debandada</i> em junho para baixar a folha salarial abruptamente. E continuamos sem descobrir onde é que está a poupança de 20,8 milhões de euros que o administrador diz ter sido feita com a «limpeza» do plantel da época passada. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Os Fornecimentos e Serviços Externos, por sua vez, continuam na casa dos 43 milhões de euros, mantendo esta rubrica praticamente inalterada e sem perspetivas de descida. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Em relação aos <b><u>Proveitos Operacionais, a SAD estima os mais altos de sempre: 156,7 milhões de euros</u></b>, essencialmente graças ao enorme aumento dos prémios da UEFA, com receitas de 67,15 milhões de euros (está novamente previsto o apuramento para os oitavos-de-final da Champions), e ao novo contrato de direitos televisivos - é a primeira vez em que entra oficialmente no exercício o contrato com a Altice, por isso as receitas televisivas rompem a barreira dos 40 milhões.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjuqRrWy6ARJOtZrnBtYOPIVXny__VnszBVx3tdYAJyXCOl3hIbXBM5x2hvWP3pd0ophXi2ylcix3ZT0cBRtcFHNCow6JW-NlLdBWPUS6sBrbAkgyc34FeKijaQ5oeifaGgf3PYSuFwdOt7/s1600/ScreenShot008.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="335" data-original-width="1060" height="171" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjuqRrWy6ARJOtZrnBtYOPIVXny__VnszBVx3tdYAJyXCOl3hIbXBM5x2hvWP3pd0ophXi2ylcix3ZT0cBRtcFHNCow6JW-NlLdBWPUS6sBrbAkgyc34FeKijaQ5oeifaGgf3PYSuFwdOt7/s640/ScreenShot008.jpg" width="540" /></a></div>
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
É de recordar que o contrato com a Altice ascende a 457,5 milhões de euros, por um período de 10 anos, e tecnicamente entrava em vigor apenas a 1 de julho. Mas a SAD já antecipou - e muito - dezenas de milhões de receitas deste acordo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Há um ano, a SAD já tinha antecipado mais de 90 milhões de euros, através de vários contratos de factoring com empresas de crédito estrangeiras. No entanto, o R&C da época 2017-18 revelou que, em abril/maio, a SAD antecipou uma enorme fatia dessas receitas com mais dois contratos de factoring: nada mais, nada menos do que 111 milhões de euros - 11 milhões com a Star Fund e 100 milhões de euros com a Sagasta. Esta operação, de resto, é a principal responsável por o <b><u>passivo</u></b> da SAD ter disparado para os valores mais altos de sempre: 464 milhões de euros. Quando estes contratos de factoring terminarem (o acordo com a Sagasta termina em 2023), os valores envolvidos serão eliminados do passivo.<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfY9Ic59VJw1FUq_0FsrkVeDNUHmS2oxbTYCAe9E7bE_EoqyUFM_uqPXER0VOR2pZ4QSp9Y63hDpko-fxj-PyM_j7bnX7-QkWAynHvk4tPG5y1j7RqNZDKQnys1w5iPqmEI_mbuQtIEY-3/s1600/ScreenShot007.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="156" data-original-width="790" height="148" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfY9Ic59VJw1FUq_0FsrkVeDNUHmS2oxbTYCAe9E7bE_EoqyUFM_uqPXER0VOR2pZ4QSp9Y63hDpko-fxj-PyM_j7bnX7-QkWAynHvk4tPG5y1j7RqNZDKQnys1w5iPqmEI_mbuQtIEY-3/s640/ScreenShot007.jpg" width="540" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b>O Tribunal do Dragão, na análise do <a href="http://otribunaldodragao.blogspot.com/2017/10/primeiras-impressoes-do-relatorio-e.html"><span style="color: orange;">R&C de 2016-17</span></a></b></td></tr>
</tbody></table>
<br />
Importa reconhecer que antecipar receitas é uma prática corrente e natural em clubes de futebol, em que há despesas contínuas e mensais mas as receitas não são geradas da mesma forma. Mas coloquem simplesmente isto em perspetiva: o FC Porto já «antecipou» mais de <b><u>200 milhões de euros</u></b> de um contrato de direitos televisivos que, tecnicamente, teve o seu início oficial apenas em julho.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Um contrato de 457,5 milhões de euros, a 10 anos, que oficialmente entrou em vigor há menos de 4 meses e do qual a SAD já «<i>puxou</i>» cerca de 200 milhões de euros. Há momentos em que nem vale a pena acrescentar mais nada e basta espelhar apenas os números, que falam por si. Mas em 2016 Fernando Gomes explicara para onde seria canalizada a receita dos direitos televisivos: «<i>De resto, a ideia é que este dinheiro não vá para reforços, porque para
isso o FC Porto gera recursos suficientes. Iremos baixar custos, pagar
dívida e ter uma gestão mais sã</i>». Confere?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ainda nas Receitas, a SAD confirma que as receitas de gestão e exploração do Corporate Hospitality passam a ser consideradas na Publicidade e Sponsorização, mantendo-se assim na casa dos 22-23 milhões de euros, à imagem das duas últimas épocas. De realçar ainda que a SAD aponta para as maiores receitas de bilheteira no Dragão, com uma verba estimada em 9,3 milhões de euros. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O grande crescimento dos Proveitos Operacionais permite que após várias épocas de enormes <i>buracos</i>, a SAD estime finalmente resultados positivos sem custos com passes. Nas últimas quatro épocas, por exemplo, a SAD orçamentou sempre prejuízos operacionais, que foram dos 18 aos 25 milhões de euros. Mas desta vez, pelo grande crescimento nas receitas, a expetativa é de um <b><u>resultado favorável de 21 milhões de euros</u></b>. É certo que a qualificação para a Liga dos Campeões é o que pode ditar a diferença entre um lucro de 20 milhões ou um prejuízo do mesmo valor, e não nos podemos esquecer que há 3 equipas a jogarem declaradamente para um lugar, mas enfim vemos perspetivas de bons resultados operacionais.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas chega? Não, não para 2018-19. Pois apesar de ter proveitos operacionais superiores a 150 milhões de euros, a SAD necessita de fazer <b><u>34,6 milhões de euros em proveitos com transferências</u></b>. De recordar que o R&C de 2017-18 não incluía, ainda, as compras de Mbemba e Militão, e que as vendas do FC Porto no exercício de 2018-19 praticamente resumem-se, para já, a Layún, Gonçalo Paciência e João Carlos Teixeira. Portanto, estamos a falar na necessidade de, entre receitas operacionais e resultados com transações de jogadores, «fazer» mais de 185 milhões de euros para<i> pagar</i> a época 2018-19.<br />
<br />
Tudo isto para, em junho, terminar a época 2018-19 com um <b><u>lucro de 1,575 milhões de euros</u></b>. É esta a proposta da SAD que vai a Assembleia Geral a 8 de novembro.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjW5Q0xu3Qm6lMUNiRhTvltE6wa036kMQKrC7nXC0tpz0XbKVELSYpl_USLPaMnFFCXDhwp8cynLAf-riwzF9pb8k9wowiyYz71KdC6t6dGbAr86VZP1QbvNREwUQChmqLP7u9YPRy429Qz/s1600/ScreenShot009.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="430" data-original-width="1062" height="217" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjW5Q0xu3Qm6lMUNiRhTvltE6wa036kMQKrC7nXC0tpz0XbKVELSYpl_USLPaMnFFCXDhwp8cynLAf-riwzF9pb8k9wowiyYz71KdC6t6dGbAr86VZP1QbvNREwUQChmqLP7u9YPRy429Qz/s640/ScreenShot009.jpg" width="540" /></a></div>
</div>
O Tribunal do Dragãohttp://www.blogger.com/profile/01936162976230308650noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-3827968484390529826.post-50851770264781713722018-10-19T17:45:00.003+01:002018-10-19T18:14:13.769+01:00Pinto da Costa, Herrera e os seis milhões<div style="text-align: justify;">
Saidy Janko é uma daquelas contratações que nos levam a questionar onde estava exatamente o interesse desportivo da SAD no momento do negócio. Foi comprado sem interesse do treinador, sem persetivas de ser solução de equipa A e não tardou em receber guia de marcha.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
No momento em que assinou pelo FC Porto, Janko publicou no Instagram uma mensagem em que agradecia à Key Sports Management por terem ajudado a concretizar a transferência. Certo é que no Relatório e Contas da SAD não há qualquer menção de um serviço de intermediação por parte desta entidade. A imprensa desportiva, nomeadamente o jornal Record, chegou a noticiar a intervenção de Paulo Rodrigues e Alexandre Pinto da Costa no negócio, mas o R&C da SAD não esclarece qual foi ao certo o empresário/empresa a lucrar com a transferência de Janko para o FC Porto.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A SAD comprou 80% do seu passe ao Saint-Étienne por <b><u>2,25 milhões de euros</u></b>. E o negócio deve ter sido tão bom para o clube francês que eles nem se terão importado de não terem recebido um cêntimo no momento da concretização do negócio - Janko foi apresentado a 27 de junho mas, segundo a rúbrica de Fornecedores, no final do mês a SAD ainda devia a totalidade da transferência ao Saint-Étienne. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Certo é que, apesar de Janko não ter ficado no plantel, arrisca-se a ser um jogador que o FC Porto nunca quererá vender. Isto com base na surreal afirmação de Pinto da Costa na apresentação do R&C.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
No momento em que Fernando Gomes respondia a perguntas, Pinto da Costa decidiu intervir, em defesa do seu administrador da SAD: «<i>Se o tivéssemos vendido não recebíamos tudo, porque só temos parte do passe [de Herrera]</i>». É a primeira vez que isto aparenta ser um problema. O FC Porto sempre vendeu jogadores sem ter a totalidade do passe nas suas mãos. São já quase duas décadas em que o FC Porto praticava e defendia a política da repartição de passes e da envolvência de investidores/fundos/empresários/terceiros nos negócios.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Agora, subitamente, a venda de Herrera seria um problema, porque o FC Porto não receberia tudo. Ajudem, por favor: <b><u>digam em que negócio é que o FC Porto alguma vez recebeu «tudo»</u></b>. De A de Alexandre a Z de Zahavi, não há grande negócio feito pelo FC Porto em que não surgisse uma terceira parte a lucrar. E agora, havia problema? Mas porquê? Por serem só 80%? Ou porque os 20% iriam para o Pachuca e não para um empresário parceiro?<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgZkz55zb4eoqvTj6COvWhdZrHVULnfUYLk05w5MjB1lAS6ONltur1Tlpvn1m2MoRSgTipMQUq0m5DSilXH5LLK8Eo4bcnCV-eL0cb-bO4-_Ek9SBXpmjhzKIXEfOt-Oo4l5Bf4eV-f8ud/s1600/123.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="448" data-original-width="797" height="223" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgZkz55zb4eoqvTj6COvWhdZrHVULnfUYLk05w5MjB1lAS6ONltur1Tlpvn1m2MoRSgTipMQUq0m5DSilXH5LLK8Eo4bcnCV-eL0cb-bO4-_Ek9SBXpmjhzKIXEfOt-Oo4l5Bf4eV-f8ud/s400/123.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Pinto da Costa é capaz de comover uma sala inteira com um discurso e uma eloquência incomuns para alguém com 80 anos, cativando e inspirando uma plateia inteira de portistas em noite de gala, e logo a seguir cometer argoladas destas que não têm o menor tipo de sentido ou coerência. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Continuando, citando palavra a palavra o presidente do FC Porto: «<i>No caso do Herrera, se tivéssemos vendido ou vendêssemos, só temos parte do passe. Portanto, não era tudo... Se pagássemos o que ele queria para a renovação, que eram 6 milhões de euros, éramos nós que pagávamos tudo, mas se vendêssemos tínhamos que distribuir...</i>»</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
É uma novidade, e salutar: pela primeira vez, aparenta haver preocupação por ter que «distribuir» o dinheiro da venda de jogadores. Já era hora. Repare-se que, neste mesmo Relatório e Contas, o FC Porto fartou-se de distribuir na <b><u>venda de Ricardo Pereira ao Leicester</u></b>: a sua venda foi intermediada pela PP Sports. Quem? Nada mais, nada menos que a empresa que sucedeu à <b><u>Energy Soccer</u></b> (mudou de nome em 2017, mas manteve a morada e o mesmo escritório), que ficou celebrizada pela participação de Alexandre Pinto da Costa na empresa e que aparecia frequentemente a intermediar negócios de jogadores que não representava no FC Porto. Além destes serviços de intermediação, o FC Porto pagou uma percentagem ao Vitória de Guimarães e outra à bem conhecida Pacheco & Teixeira. Descontando tudo, o FC Porto recebe de Ricardo Pereira bem menos do que os 80% que receberia de Herrera. Mas aqui não aparentou ter havido problema.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrTzyxMwY6_OsonSu15kB3ZOojOgqcs9De2GPqQ7pfCV9E1lmSvZaxuzjC7TtReIO5Z52harROLUFIFK-H8Vp8WmzWGK4LWzeCmbLTYtUV1baa3wtDfqnAiGSMQVhY3ab83QqRVFBN2W00/s1600/ScreenShot005.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="306" data-original-width="756" height="299" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrTzyxMwY6_OsonSu15kB3ZOojOgqcs9De2GPqQ7pfCV9E1lmSvZaxuzjC7TtReIO5Z52harROLUFIFK-H8Vp8WmzWGK4LWzeCmbLTYtUV1baa3wtDfqnAiGSMQVhY3ab83QqRVFBN2W00/s640/ScreenShot005.jpg" width="540" /></a></div>
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Depois, o valor. Seis milhões de euros. Mas o que é que significa, afinal, pedir seis milhões de euros?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
1. Herrera queria 6 milhões de euros de prémio de assinatura?</div>
<div style="text-align: justify;">
2. Herrera quer passar a ganhar 6 milhões de euros por ano?</div>
<div style="text-align: justify;">
3. A extensão de mais 2 ou 3 anos de contrato custariam mais 6 milhões de euros?</div>
<div style="text-align: justify;">
4. Os seis milhões pressupõe prémio de assinatura + aumento salarial?</div>
<div style="text-align: justify;">
5. Os seis milhões constituem o prémio de assinatura mais a comissão para os seus representantes?</div>
<div style="text-align: justify;">
6. Os seis milhões implicam um novo acordo por direitos de imagem?</div>
<div style="text-align: justify;">
7. Há um contrato por objetivos que obriga o FC Porto vender Herrera ou a rever o salário mediante a recusa de X propostas?</div>
<div style="text-align: justify;">
8. Este mesmo relatório e contas mostra que a operação de renovação de contrato de Aboubakar custou 5,1 milhões de euros. Não se sentirão outros jogadores no plantel no mesmo direito de ter as mesmas (ou melhores) condições e, até neste caso, entre eles Herrera?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não sabemos. Pinto da Costa lançou a bomba ao ar e deixou que o tema se dividisse entre adeptos e imprensa, entre discórdia e especulação. O máximo que Pinto da Costa consegue com esta afirmação é colar uma imagem de ingratidão a Herrera e de exigências incomportáveis do ponto de vista salarial. Estamos a falar do capitão do FC Porto, que está na mesma situação que Marcano ou Maxi na época passada, mas Pinto da Costa decidiu que era boa ideia meter isto cá para fora.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Se se cruzarem com qualquer jogador do FC Porto da década de 90, eles dirão isto: «<i>Para Pinto da Costa, o balneário é um templo, é sagrado</i>». O presidente blindava o balneário como poucos, protegia os jogadores, afastava as polémicas. Neste caso, é o próprio presidente quem decide atirar a bomba e deixar que os efeitos se alastrem. O que ganhou com isto? Está à espera que no final da época se culpe Herrera, o <i>pesetero</i>, em vez da administração que se gabou de rejeitar 30 milhões de euros pelo mexicano e que deixou o ativo chegar ao final de contrato? Cada adepto que tire as suas conclusões, mas quem fica a arder são os cofres da SAD.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Já agora. Por que é que só houve aquele desabafo sobre Herrera? Então e sobre Brahimi, nem uma palavrinha? Que tal esclarecer os portistas sobre a <i>lose-lose situation</i> em que o argelino, saia ou renove, implicará um pagamento de <b><u>6,5 milhões de euros à Doyen</u></b>? Só Herrera é que interessa?<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirILXJeKM-XdbwKacJm_o2dcbes6WnjtGo4KmybNVXKjAAGMlKlu6krfKvrXajfub__n_OjPerAbG4q1CXrTn8Q8t5_ydrrb87dJV2gcaZYV1vlTfbLJoe3In3miDQJIrHRJI3ZrySXb80/s1600/ScreenShot004.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="445" data-original-width="1166" height="281" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirILXJeKM-XdbwKacJm_o2dcbes6WnjtGo4KmybNVXKjAAGMlKlu6krfKvrXajfub__n_OjPerAbG4q1CXrTn8Q8t5_ydrrb87dJV2gcaZYV1vlTfbLJoe3In3miDQJIrHRJI3ZrySXb80/s640/ScreenShot004.jpg" width="540" /></a></div>
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ou então bastava não ignorar que o Relatório e Contas estava literalmente ali ao lado e que é fácil tirar conclusões sobre o porquê da ausência de renovações de contrato. O orgulho de Fernando Gomes em afirmar que a SAD cumpriu as metas da UEFA era tanto que isto quase escapava: a SAD não tinha praticamente margem para renovar contratos na época passada, uma vez que estava no limite da margem autorizada pela UEFA.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O FC Porto não poderia apresentar mais de 20 milhões de euros de prejuízo nos parâmetros definidos pela UEFA. Ficou-se pelos 17,2 milhões. Ou seja, <b><u>«sobraram» 2,8 milhões de euros</u></b>. As renovações com Herrera e Brahimi dificilmente ficariam, cada uma, por menos desse preço, pois estamos a falar de jogadores de 28 anos que, após várias épocas em Portugal, pensam naturalmente em contratos mais vantajosos e na possibilidade, talvez única, de jogarem em ligas mais apelativas. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas atenção. Não havia dinheiro para isto, mas houve dinheiro para, em junho, comprar Janko por 2,25 milhões de euros (por 80% do passe) e metade do passe de Rafa, ao Portimonense, por 1,5 milhões de euros - e note-se que Rafa havia sido cedido ao Portimonense em janeiro. Um negócio quase tão maravilhoso como a compra de Ewerton - dispensam Rafa em janeiro para recomprá-lo em junho, mesmo sem que houvesse intenção de Sérgio Conceição em reservar um lugar para ele no plantel (nem integrou o arranque dos trabalhos de pré-época). Só aqui são quase quatro milhões de euros que não serviram o propósito de reforçar o plantel e que, numa época sem grande margem para investimentos, poderiam ter sido muito mais bem usados. Os jogadores e os seus representantes não vivem na ignorância: eles conhecem estes casos e as contas do clube. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Repare-se que a administração poderia ter aproveitado a oportunidade de realçar a importância que teriam para Sérgio Conceição e para o ataque ao bicampeonato. «<i>Meus senhores, são jogadores importantes para o treinador, para o ataque ao bicampeonato e para as nossas ambições europeias»</i>. Mas não. O problema é que a SAD não tem o passe todo de Herrera e que ele pediu seis milhões para renovar - seja lá o que isso signifique.</div>
O Tribunal do Dragãohttp://www.blogger.com/profile/01936162976230308650noreply@blogger.com13tag:blogger.com,1999:blog-3827968484390529826.post-79337352259801800732018-10-15T16:33:00.000+01:002018-10-16T06:11:33.580+01:00A época de contenção que foi a mais cara de sempre<div style="text-align: justify;">
Diretos à aguardada análise do Relatório e Contas da SAD do FC Porto relativo à época 2017-18. O FC Porto cumpriu o acordo com a UEFA relativo ao fair-play financeiro? Sim. O FC Porto cumpriu o orçamento relativo à época 2017-18? Não. Porque uma coisa não significa a outra e passamos, por isso, à análise das principais alíneas relativas à época financeira 2017-18.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A SAD apresentou um orçamento que previa um prejuízo de 17,277 milhões de euros. A época 2017-18 acabou com um <b><u>resultado negativo de 28,444 milhões</u></b> de euros. Então, como se explica esta diferença de mais de 11 milhões de euros nos resultados da época e, simultaneamente, o cumprimento do fair-play financeiro?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Conforme O Tribunal do Dragão explicou em 2014, num <a href="http://otribunaldodragao.blogspot.com/2014/07/o-fc-porto-esta-cumprir-o-fair-play.html"><b><span style="color: orange;">post</span></b></a> que já alertava para esta realidade iminente na SAD, a UEFA tem em consideração custos justificados com investimentos em futebol juvenil, infraestruturas e amortizações. Isso ditou que, para efeitos do fair-play financeiro, o FC Porto justifica essa diferença de 11 milhões com despesas autorizadas pela UEFA e, assim, não ultrapassa os 20 milhões de euros de prejuízo.<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhzH92F2prdTIaOAaIYYYRWHTP1ix-VWYFiFK7WtIudYBqlQ0BQ1thn3RKlwPEAzRBnSTR9U8nM3ZIpHcIsqjadd4FIscT2nsQQz81Fryj8K2IAUKVMPKvdm5Q5Ggyy39pkrUu02V6rQnrE/s1600/Orcamento.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="640" data-original-width="567" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhzH92F2prdTIaOAaIYYYRWHTP1ix-VWYFiFK7WtIudYBqlQ0BQ1thn3RKlwPEAzRBnSTR9U8nM3ZIpHcIsqjadd4FIscT2nsQQz81Fryj8K2IAUKVMPKvdm5Q5Ggyy39pkrUu02V6rQnrE/s1600/Orcamento.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b>O orçamento da SAD para a época 2017-18, <a href="http://otribunaldodragao.blogspot.com/2017/11/o-orcamento-da-epoca-2017-18.html"><span style="color: orange;">apresentado em novembro</span></a></b></td></tr>
</tbody></table>
A forma como Fernando Gomes apresentou estes dados faz esta tarefa parecer algo quase hercúleo, e não uma consequência de ser o responsável financeiro da única SAD/clube a ter sido punido pelo incumprimento do fair-play financeiro em toda a Europa em 2016-17, mas há que esclarecer o que foi ou não cumprido. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E com isto vamos a um dado que pode parecer atípico, mas que é comprovado pelos números finais: <b><u>a época 2017-18 foi a mais dispendiosa da história da SAD</u></b> nos custos operacionais. Sim, numa época de assumida (?) contenção financeira, sem reforços para Sérgio Conceição, com um plantel de <i>remendos</i>, os custos operacionais atingiram o recorde de 133,71 milhões de euros, sensivelmente mais 15 milhões de euros do que o que estava orçamentado. A SAD ultrapassou os custos em 5 das 6 alíneas da rúbrica, com destaque para os fornecimentos e serviços externos e os custos com pessoal.<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjK64bFwgfsTL4S1pp2a99MHkwnuCNsb_ZR15CxOdvkp8IA_e7YOioyFAjNySYaKqQgifaEae0ONsfCA6s5Or_GuPSRTLM9jLvKmhTd7crAjfcx1dqOOxQfLfdrzhsQaWccKZkwXjigx5dO/s1600/ScreenShot002.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="444" data-original-width="1156" height="218" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjK64bFwgfsTL4S1pp2a99MHkwnuCNsb_ZR15CxOdvkp8IA_e7YOioyFAjNySYaKqQgifaEae0ONsfCA6s5Or_GuPSRTLM9jLvKmhTd7crAjfcx1dqOOxQfLfdrzhsQaWccKZkwXjigx5dO/s640/ScreenShot002.jpg" width="540" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b>Custos operacionais foram os mais altos da história da SAD</b></td></tr>
</tbody></table>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
Os FSE ficaram à beira dos 44 milhões de euros e os <b><u>custos com pessoal atingiram os 78,8 milhões</u></b> de euros, tornando esta folha salarial a mais cara da história do clube. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Fernando Gomes começou por explicar esta parte com esta interessantíssima declaração: «<i>Tínhamos previsto reduzir os Custos com Pessoal e eles subiram por uma questão muito simples: como fomos campeões nacionais, tivemos de pagar prémios ao plantel e à equipa técnica. Isso representou um encargo adicional de 6 milhões de euros, mas ainda bem que o tivemos</i>». Ok, não há adepto que se oponha a pagar por ganhar. Mau é pagar e não se ganhar. Mas vamos por partes.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
«<i>Tínhamos previsto reduzidos os custos com pessoal</i>». É verdade, tinham. Face ao orçamento da época passada, a SAD previa uma redução que não chegava aos 100 mil euros. E face aos resultados de 2016-17, a proposta de orçamento apontava para uma redução de perto de quatro milhões de euros. No entanto, Fernando Gomes diz que isto <i>derrapou</i> devido aos 6 milhões de euros que tiveram que ser pagos ao plantel em prémios pela conquista de título (uma prática habitual em todos os clubes, diga-se).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas... o orçamento apontava para custos salariais de 69,44 milhões de euros. Mesmo com seis milhões de euros de prémios, não chegam aos 78,8 milhões que aparecem nos resultados finais. E ainda que a diferença possa não parecer a mais significativa, resumir tudo isto ao pagamento dos prémios pela conquista do campeonato parece um tanto superficial. Afinal, na época 2016-17 a SAD previa custos de 69,5 milhões e gastou 73,2. Foi por causa dos prémios de campeão? Em 2015-16, a SAD previa custos de 68,8 milhões e gastou 75,79 milhões. Foi por causa dos prémios de campeão? Isto para dizer que o FC Porto vem de épocas consecutivas em que a folha salarial é maior do que o previsto, mesmo sem ter pago prémios pela conquista do Campeonato durante quatro temporadas seguidas.<br />
<br />
E para que não restem dúvidas: <b><u>mesmo que o FC Porto não tivesse pago prémios pela conquista do título, esta seria a época mais cara da história da SAD</u></b>, pois os custos operacionais, mesmo sem os 6 milhões de euros de prémios referidos por Fernando Gomes, seriam superiores aos 124 milhões de 2015-16. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas há mais. Recapitulando, a SAD propôs uma redução de 74 mil euros em salários face ao orçamento de 2016-17, de 3,822 milhões face aos resultados do ano passado e acabou com um <b><u>aumento de 9,35 milhões de euros nos custos com pessoal</u></b>. Falta portanto perceber em que universo se enquadrou esta previsão feita por Fernando Gomes há um ano:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhruo4Gzcc4Y4NrNuB2q8k41P9ij6oSy8hvniM4YP0oSaWEy2_tQpP1gtZ_DW8isR8XtAkqIYUPt6Sz_2F_OQ4X9JCZ4LyE4QjwQkF9_Gde4CP4oWPmeWRllbMCW2lVXlHPrZO9hsgxHPvY/s1600/Gomes.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="241" data-original-width="400" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhruo4Gzcc4Y4NrNuB2q8k41P9ij6oSy8hvniM4YP0oSaWEy2_tQpP1gtZ_DW8isR8XtAkqIYUPt6Sz_2F_OQ4X9JCZ4LyE4QjwQkF9_Gde4CP4oWPmeWRllbMCW2lVXlHPrZO9hsgxHPvY/s400/Gomes.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Voltando a citar o site oficial do FC Porto, Fernando Gomes afirmara: «<i>Libertámos 26 jogadores que tinham contrato, o que nos permite já em 2017/18 uma diminuição dos custos com o plantel de 20,8 milhões de euros</i>». Onde é que está a diminuição de 20,8 milhões se a folha salarial atingiu os valores mais altos da história do clube e ficou 9,35 milhões de euros acima do previsto? Foi tudo devido aos 6 milhões de euros que tiveram de pagar em prémios no plantel?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Os <b><u>Proveitos Operacionais</u></b>, por sua vez, ficaram acima das expetativas: a SAD previa 98,8 milhões de euros mas atingiu os 105,7 milhões. Quase todas as alíneas tiveram desempenhos positivos, mas a principal diferença vai para a «Publicidade», numa diferenciação que tem marcado os Relatório e Contas das últimas épocas. Acontece que no orçamento o FC Porto apresenta apenas nos proveitos «Publicidade», mas no Relatório e Contas final acrescenta <b>«Sponsorização»</b>. Pode parecer idêntico, mas não é. Tanto que o FC Porto tinha apontado para 14,3 milhões e apresentou agora 23,6 milhões. O mesmo exercício da época passada, quando expectava 16,1 milhões e atingiu depois os 22,3 milhões. O porquê exato desta diferenciação é algo que ainda carece de uma explicação mais elaborada do que aquela que um blogue possa apresentar.<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgq_9SdKj2jJqbzgywbgaAKnDWmDYy-jdjJ7PuP5OTDqYpOQD7jmm4blzMuRxRQpGS6AUUqxpxIJNaEIwOHQ9lXqO0JlUQPAQ-DEjqdiiBvAwlmijECE41RzMzfgJSaOlw0bvXnyhbTjJdo/s1600/ScreenShot001.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="539" data-original-width="1159" height="259" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgq_9SdKj2jJqbzgywbgaAKnDWmDYy-jdjJ7PuP5OTDqYpOQD7jmm4blzMuRxRQpGS6AUUqxpxIJNaEIwOHQ9lXqO0JlUQPAQ-DEjqdiiBvAwlmijECE41RzMzfgJSaOlw0bvXnyhbTjJdo/s640/ScreenShot001.jpg" width="540" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b>Proveitos operacionais tiveram uma evolução positiva e ficaram dentro do orçamentado</b></td></tr>
</tbody></table>
</div>
<div style="text-align: justify;">
Naquele que é sempre o ponto mais delicado da época financeira, a SAD apresentou <b><u>resultados com transações de passes</u></b> de 50 milhões de euros, cerca de 5 milhões aquém do que estava previsto. O Tribunal do Dragão publicará posteriormente uma análise mais detalhada sobre os negócios do defeso - coisas <i>curiosas</i> como o porquê de que o FC Porto ter que pagar comissões à Gestifute pela transferência de Boly se o Wolves accionou uma suposta cláusula de compra, ou o porquê de o FC Porto ter comprado (e transferido logo depois) Rafa ao Portimonense por 1,5 milhões de euros depois de o ter cedido em janeiro -, numa altura em que tem sido muito difícil assegurar uma publicação mais regular de conteúdos no blogue, daí o atraso nesta análise e a ausência de algumas crónicas de jogo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas há que destacar esta afirmação de Fernando Gomes face às situações contratuais de Brahimi e Herrera, que se aproximam de uma saída a custo zero (que, no caso de Brahimi, só se for uma sequência de <i>zeros</i> à direita) no final da época. «<i><b><u>Para efeitos contabilísticos, é rigorosamente indiferente</u></b></i>». Por mais surreal que possa parecer, Fernando Gomes não está a mentir: para efeitos contabilísticos não tem impacto, pois o FC Porto já amortizou as compras dos dois jogadores.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas... «<i>Em termos financeiros pode não ser [indiferente], mas isso é outra história</i>». Nesta lógica da batata de Fernando Gomes, todos os jogadores da formação podem sair a custo zero sem problema, pois não há amortização do passe dos jogadores. Em 2019, Danilo Pereira, por exemplo, também poderia sair a custo zero, pois o passe já terá sido amortizado. No ano seguinte Corona já pode sair, e atrás dele podem seguir-se Felipe e Alex Telles, pois o passe já terá sido todo amortizado. É surreal, aliás, um administrador da SAD ignorar que, se não há amortizações de passes, então as mais-valias com vendas de jogadores são maiores!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Tudo o que seja jogadores da formação, contratados a «<i>custo zero</i>» e jogadores com duração contratual já superior àquela prevista no primeiro contrato que assinaram pelo FC Porto podem ir à vida deles, pois em efeitos contabilísticos não faz diferença nenhuma. Agora falta saber como é que o responsável financeiro de uma SAD que depende da concretização de mais-valias para subsistir consegue afirmar isto com cara séria.</div>
O Tribunal do Dragãohttp://www.blogger.com/profile/01936162976230308650noreply@blogger.com37tag:blogger.com,1999:blog-3827968484390529826.post-17319003637426062952018-10-09T16:26:00.003+01:002018-10-09T16:26:58.382+01:00Militão, indeed<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjw7dWw2ugKiaHFfoVgwK7DvvKqIJKDxbvE1t0Y8PwTKGx4xh5K76sOqmJw8jM4vhemCe_TRbXaCORb4AchvHO9MTf2zDjA48NE6XjmnCurblkK_Tqi32S-DVd-OXo4LU-neoBHk1zdhTlN/s1600/ScreenShot020.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="647" data-original-width="681" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjw7dWw2ugKiaHFfoVgwK7DvvKqIJKDxbvE1t0Y8PwTKGx4xh5K76sOqmJw8jM4vhemCe_TRbXaCORb4AchvHO9MTf2zDjA48NE6XjmnCurblkK_Tqi32S-DVd-OXo4LU-neoBHk1zdhTlN/s1600/ScreenShot020.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinTkLCfbUT1E5C_xLvM8dugB3lPp3gIQnRSd6iNfyWSXbbVSzMKahmkP3rMIQzyqtFza6r6o2Wz8btw9xRg_52JU6mgcwUlqw3KQz35XH4pdnVPVQpSSEhRtPoJLF021ptMdu4o4X4XNiK/s1600/ScreenShot019.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="467" data-original-width="841" height="355" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinTkLCfbUT1E5C_xLvM8dugB3lPp3gIQnRSd6iNfyWSXbbVSzMKahmkP3rMIQzyqtFza6r6o2Wz8btw9xRg_52JU6mgcwUlqw3KQz35XH4pdnVPVQpSSEhRtPoJLF021ptMdu4o4X4XNiK/s640/ScreenShot019.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b>Todas as zonas de intervenção na derrota frente ao Benfica, na Luz</b></td></tr>
</tbody></table>
O Tribunal do Dragãohttp://www.blogger.com/profile/01936162976230308650noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-3827968484390529826.post-58932742387001382332018-10-08T00:57:00.001+01:002018-10-08T01:09:42.425+01:00Faltou um remate, e tanto mais<div style="text-align: justify;">
Falemos do Benfica-FC Porto. O nervosismo e a ansiedade a sobreporem-se à necessidade de uma ideia de jogo mais clarividente e dominadora. Pouquíssimas chegadas à grande área adversária. O mais próximo de uma ocasião de golo que se viu em toda a segunda parte foi um remate em arco de Brahimi, a passar perto do poste. Um Benfica que pouco incomodou Casillas, mas que também pouco se deve ter sentido incomodado. A última substituição a limitar-se a uma troca de pontas-de-lança. Apenas uma defesa por parte do guarda-redes do Benfica em 90 minutos. Mas, para grande alegria dos adeptos do FC Porto, apareceu o golo de Héctor Herrera, ao cair do pano, a mudar a história do jogo e do Campeonato.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Confusos? É simples: este primeiro parágrafo é uma descrição do <b><u>Benfica-FC Porto da época passada</u></b>. Um jogo exatamente (bom, quase) igual ao que testemunhámos nesta tarde de domingo na Luz. A diferença? Desta vez não caiu <i>aquela</i> bola nos pés de Herrera. Desta vez foi o Benfica, numa única ocasião, a conseguir resolver o clássico e a levar para casa os três pontos. Mas o filme do jogo, esse, foi praticamente o mesmo. O que sentimos agora é o mesmo que teríamos sentido se o golo de Herrera não tivesse aparecido em abril - com a pequena diferença de que estar a dois pontos do primeiro lugar à 7ª ou à 30ª jornadas é bem diferente. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnxYNXORQJoihZGkaKWP4bipd9M3rZeMfO0vF7RjUGpBnl1NsKvywuGHEoOwcix0RHL9I4XAnS4Ks4fGoJdods7bDsigQmzAFPQBXCr2dirLXL83l1hl3dbp1zH7nUdcJT0vtyZwn-TSPS/s1600/ScreenShot017.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="514" data-original-width="805" height="255" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnxYNXORQJoihZGkaKWP4bipd9M3rZeMfO0vF7RjUGpBnl1NsKvywuGHEoOwcix0RHL9I4XAnS4Ks4fGoJdods7bDsigQmzAFPQBXCr2dirLXL83l1hl3dbp1zH7nUdcJT0vtyZwn-TSPS/s400/ScreenShot017.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não são paninhos quentes, nem desculpas, nem conformismo. É a verdade. Este FC Porto não se distingue por ser o mais elegante ou clarividente nos jogos grandes. Isso mesmo ficou patente no seu percurso na Champions na época passada, em que cumpre os seus objetivos muito graças a lances de bola parada - e, pasmem-se, de onde nasceram os 4 pontos já somados na Champions esta época? De um penálti e de um canto. <b><u>Não é coincidência: é identidade</u></b>.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nos clássicos, o FC Porto de Sérgio Conceição foi também isto. Uma equipa que consegue limitar os adversários a pouquíssimas ocasiões de golo. Em 3 clássicos contra o Benfica, foi a primeira vez em que sofreu um golo. E contra o Sporting, em cinco jogos, sofreu apenas dois. O problema é que <b><u>este FC Porto é tão eficaz a limitar os adversários como a limitar-se a si próprio</u></b>.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não há evolução na ideia de jogo do FC Porto. E não houve investimento para isso. Neste momento, a única alternativa que o plantel oferece e que pode garantir melhorias imediatas na equipa é a presença de Óliver Torres, que ainda não foi ao 11 esta época e que deve ser o pior jogador do mundo nos treinos, tamanha a resistência de Sérgio Conceição em enquadrá-lo na equipa. Óliver tem ideias de circulação, de controlo, de variação de flancos, de progressão em posse. Não é só «<i>passar para trás e para o lado</i>».</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E isso nem precisa de ser tão necessariamente mau. Olhamos agora sim para o desempenho do FC Porto na Luz, para constatar que a equipa teve uma mísera eficácia de 38% em bolas jogadas para a frente. Quer isto dizer que, nesta média, a cada 100 tentativas do FC Porto em fazer um passe para a frente, entrega a bola ao adversário em 62 ocasiões. Perante esta amostra, será assim tão benéfico limitar o FC Porto a bicadas para a frente? Não é melhor esperar, circular, criar espaço e então sim atacar, em vez de procurar sempre atalhos que não existem?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A verdade é que <b><u>é este o modelo de Sérgio Conceição</u></b>. O modelo que funcionou em grande parte da época passada. Mas não foi este modelo que trouxe bons jogos na Champions e nos clássicos. Aí, à margem daquilo que eram e são as bolas paradas, as ideias ofensivas do FC Porto são francamente escassas. Mas lá está: uma bolinha na gaveta no minuto 90 consegue mudar a história de muita coisa.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqXkpwMM4fvzbCQACHNx6snQpJGPvh2e5Ds1vGUjDS_txAKGta8sYZCchBFBojd8JJqtl2C1t8Lsi-q7zWBuFvfpcWl3e4VaVQ52WV7hBGgSUWXYeqr_wPNgLqVcIsZvM3rhrkx7TK6FhU/s1600/img_920x519%25242018_10_07_20_06_19_1457532.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="517" data-original-width="920" height="223" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqXkpwMM4fvzbCQACHNx6snQpJGPvh2e5Ds1vGUjDS_txAKGta8sYZCchBFBojd8JJqtl2C1t8Lsi-q7zWBuFvfpcWl3e4VaVQ52WV7hBGgSUWXYeqr_wPNgLqVcIsZvM3rhrkx7TK6FhU/s400/img_920x519%25242018_10_07_20_06_19_1457532.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Sérgio Conceição precisa de ideias novas para a equipa. Não vamos ser campeões a limitarmo-nos a bicadas para a frente, à espera que o Marega atropele 3 defesas de cada vez. Sim, cá vai: «<i>Na época passada também disseram que não éramos campeões com este plantel! O plantel é quase o mesmo!</i>»</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não é. Saiu Ricardo Pereira e a lateral-direita ficou entregue a um lateral que no final de maio estava dispensado. Saiu o melhor central do FC Porto, Marcano, e Felipe voltou à forma horrenda da primeira metade da época passada. Danilo Pereira recupera de lesão, Soares salta de uma para outra, Aboubakar já de rastos também ficou fora de combate. Herrera e Brahimi estão muito longe do nível da época passada e esperemos bem que ninguém tenha o descaramento de os acusarem de traição ou algo do género se saírem a custo zero no verão - a SAD é que permitiu a chegada a esta situação. Alex Telles também uns furos abaixo, Corona a caminho de mais uma época de «<i>para o ano é que é</i>» e Hernâni no plantel. Quando o jogador que mais tem alimentado o ataque do FC Porto se chama Otávio, desculpem, mas algo de errado se passa. <b><u>Quando saímos de um jogo arbitrado por Fábio Veríssimo no Estádio da Luz e só nos podemos culpar a nós próprios, algo de muito errado se passa</u></b>. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não passem a Sérgio Conceição faturas que não lhe dizem respeito. Ele deixou claro na pré-época: era preciso subir o nível do plantel. Temos a entrada de Éder Militão, que está a ter impacto imediato, mas de resto não entrou ninguém no 11 do FC Porto. A equipa inicial não foi reforçada. Pelo contrário, foi enfraquecida! Não há jogada individual do Brahimi, o que limita a equipa a pouco mais do que bolas paradas e despejadas no Marega. Foi assim na época passada. Está a ser assim esta época, também com uma diferença notória: Aboubakar teve uma grande série goleadora até dezembro; esta época, não só não <i>engatou</i> como se lesionou gravemente. Falta pensador de jogo, falta desequilibrador, falta homem-golo. Por outras palavras, temos um bólide sem volante, pedais e motor. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O que pode Sérgio Conceição mudar? Sem dúvida que a entrada de Óliver Torres no 11 é a cartada que ninguém, ou quase ninguém, percebe como permanece no baralho. Óliver não é um Deco nem um Lucho, mas é o único jogador neste plantel que tem ideias diferentes para a equipa. O único que não obriga a equipa a ter alergia à posse de bola, que tem que transformar cada momento de construção numa bicada para Marega. Já o vimos e repito: o melhor futebol do FC Porto de Sérgio Conceição foi o praticado no arranque da época passada, com Óliver no 11.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiw5ewJ9F6GBrwx446vZkH1AE0QnzyySRsu4DpweD6THaEOYY1D9dwhpl7aUKgVOtpx2XiOHvp9idAvVf3kbhWXgwY3Y8XDlmzDwDJU76t0J0tSoq3Y8fDraDm8GGRGV1r2ziUsGfWCuGoy/s1600/ScreenShot015.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="532" data-original-width="664" height="256" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiw5ewJ9F6GBrwx446vZkH1AE0QnzyySRsu4DpweD6THaEOYY1D9dwhpl7aUKgVOtpx2XiOHvp9idAvVf3kbhWXgwY3Y8XDlmzDwDJU76t0J0tSoq3Y8fDraDm8GGRGV1r2ziUsGfWCuGoy/s320/ScreenShot015.jpg" width="320" /></a>Agora, cada vez mais as equipas percebem o quão limitado está o FC Porto no seu processo de «<i>construção</i>». É certo que o Benfica não fez um bom jogo, como não o fez o FC Porto. A isso muito se deveu o facto de as duas equipas terem sempre estado mais interessadas em «trancar» os pontos fortes do adversário do que em imporem a sua própria força. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Tomemos o exemplo do rendimento de Maxi Pereira e Alex Telles, que juntos só conseguiram completar 24 passes em todo o jogo. A cada duas vezes em que tocavam na bola, uma era perdida. O Benfica não os deixou envolverem-se no momento de tabela/profundidade da equipa. Com isso, praticamente secou os corredores da equipa e tirou-lhe toda a largura.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Além disso, o FC Porto quase não existiu na grande área do Benfica. <b>Reparemos no mapa de todas as zonas em que o FC Porto tentou o passe:</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><br /></b></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEioN3nfL71q5oeTZ57U5TVONYAmFHy7kYujDHNUfOHE1GzMY-mFLqCoEqWGvleJkhP-bUMTdAokdxKLzdsoppLYZa090yGyBW36nAh9P6TlceaIVHyhpyQh20RDlvPOjCtVtZbS0K6hQGnt/s1600/ScreenShot016.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="472" data-original-width="845" height="222" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEioN3nfL71q5oeTZ57U5TVONYAmFHy7kYujDHNUfOHE1GzMY-mFLqCoEqWGvleJkhP-bUMTdAokdxKLzdsoppLYZa090yGyBW36nAh9P6TlceaIVHyhpyQh20RDlvPOjCtVtZbS0K6hQGnt/s400/ScreenShot016.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b>Zonas de passe e construção: inexistente nas proximidades da grande área</b></td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
O FC Porto não existiu nos últimos 20 metros. Exceções? O jogo aéreo de Danilo e Éder Militão, já nos últimos minutos, e pouco mais. Não houve tentativas de último passe, de rasgo, de procurar uma solução entre linhas. Zero. Ou Marega forçava a entrada (ganhou 2 cartões e nada mais pôde/conseguiu fazer), ou Brahimi fazia o movimento individual interior (tirando o remate em arco, não mais esboçou jogadas de perigo), ou esperava-se pelas bolas paradas. Joga-se muito pouco neste FC Porto. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E se é certo que não deram a Sérgio Conceição condições apropriadas para lutar pelo bicampeonato, depois do milagre de superação e empenho que foi a época passada, o treinador campeão deve a si próprio e aos portistas a certeza de que está a esgotar todos os recursos disponíveis. O futebol da equipa não tem que ser uma manada de sprints: pode ser uma maratona bem gerida, com todos os momentos que isso implica. No final da época, o pior que pode acontecer a Sérgio Conceição é continuar a ser o principal responsável por não estarmos 6 anos a seco. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E agora? Novamente a correr atrás do prejuízo, e a depender de si próprio. Foram mais os Campeonatos que o FC Porto conquistou do que os jogos em que venceu no Estádio da Luz, por isso uma derrota em casa do Benfica não tira o título a ninguém. Muito menos à 7ª jornada. O Benfica vai perder mais pontos, tal como o Sporting, tal como o Sp. Braga. Mas o FC Porto não pode estar refém dos deslizes dos rivais e deve a si próprio uma reorganização das ideias da equipa e do seu treinador. Afinal, não podemos mesmo contar com mais do que isso. </div>
O Tribunal do Dragãohttp://www.blogger.com/profile/01936162976230308650noreply@blogger.com13tag:blogger.com,1999:blog-3827968484390529826.post-82303723945162722802018-09-13T23:57:00.001+01:002018-09-14T10:02:26.083+01:00Um coelho em 23 cajadas: viagens pelo Brasil<div style="text-align: justify;">
O FC Porto B está na sua sétima participação consecutiva na II Liga. Já se sagrou campeão nesse escalão, mas tem estado muito, muito distante daquilo que era idealizado como «viveiro» de jogadores para a equipa A. Uns por falta de oportunidades, outros por falta de qualidade. A determinada altura, por exemplo, era necessário um lateral-esquerdo na equipa principal, estavam a negociar Zakarya com o Belenenses e nessa mesma altura estavam quatro defesas-esquerdos a fazer a pré-temporada na equipa B (Diogo Bessa, Inácio, Oleg e Luís Mata).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
André Silva acaba por ser o caso mais bem sucedido desde 2012, na medida em que cumpriu quatro dos cinco patamares que deveriam existir neste processo - a saber, 1) qualidade; 2) promoção; 3) rendimento; 4) êxito coletivo, que acabou por não existir, face à ausência de títulos; 5) transferência/valia financeira.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas serve isto como ponto de partida para uma análise diferente, um olhar sobre aquilo que tem sido o FC Porto B desde a sua criação, com particular incidência num mercado que é muito querido ao FC Porto: o Brasil. Desde que a equipa B foi recuperada, <b><u>já foram recrutados diretamente 23 jogadores a clubes brasileiros</u></b>. Poderíamos falar de africanos, sul-americanos, portugueses, mas para já vamos analisar apenas uma parcela: o mercado brasileiro com destino à equipa B. 23 jogadores, ou seja, um plantel inteiro. Desses 23 jogadores brasileiros contratados, conseguem adivinhar quantos chegaram a jogadores de equipa A?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
...</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Um. <b><u>Otávio.</u></b> Entre 23 jogadores contratados no Brasil, o FC Porto só acertou num: Otávio, que não foi propriamente um achado, pois já custou 7,5 milhões de euros por 68% do passe (foram cedidos posteriormente 0,5%) e era um jogador sobre o qual havia sentido desportivo em ser aposta. Já tinha 60 jogos de Brasileirão nas pernas e, embora a sua contratação não tivesse passado por um pedido/desejo da equipa técnica da altura, sabíamos que havia ali talento. Caro, mas material para se trabalhar, tanto que com outro treinador poderia até eventualmente ser logo acolhido na equipa A.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Passamos agora um olhar sobre os jogadores que foram contratados a clubes brasileiros nas respetivas épocas:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
2012-13: Diogo Mateus, Víctor Luís, Anderson Santos, Guilherme Lopes, Sebá, Dellatorre;</div>
<div style="text-align: justify;">
2013-14: -</div>
<div style="text-align: justify;">
2014-15: Diego Carlos, Otávio, Roniel, Anderson Dim;</div>
<div style="text-align: justify;">
2015-16: Rodrigo Soares, Maurício, Wellington Nascimento, Ronan, Enrick Santos, Gleison;</div>
<div style="text-align: justify;">
2016-17: Inácio, Galeno;</div>
<div style="text-align: justify;">
2017-18: Luizão, Danúbio, Anderson Canhoto;</div>
<div style="text-align: justify;">
2018-19: Diego Landis, Emerson Souza. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Pergunta: quantos destes jogadores estão, neste momento, a jogar numa I Liga europeia, em clubes minimamente conhecidos ou com presenças nas provas da UEFA? É certo que nem todos estão condenados ao insucesso (Galeno, por exemplo, começou agora a jogar com regularidade no Rio Ave), mas a maioria destes jogadores «desapareceu» do mapa depois de ter representado o FC Porto B.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWNKJQIh6HEgNeS_mjUO4GlMN20DZtjgt0BUFlhmPpB7tI97gJ6_nIwCK40Znu6OLOdpRGWZWaBFR5v6bo7U20gv8X09kZcD5wrHDvxxiygFrf6QR8kUGJ3kQFrouvdsGEkQtkV1qySGtf/s1600/Otavio.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="423" data-original-width="634" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWNKJQIh6HEgNeS_mjUO4GlMN20DZtjgt0BUFlhmPpB7tI97gJ6_nIwCK40Znu6OLOdpRGWZWaBFR5v6bo7U20gv8X09kZcD5wrHDvxxiygFrf6QR8kUGJ3kQFrouvdsGEkQtkV1qySGtf/s400/Otavio.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b>Otávio contra a maré, à quinta época em Portugal</b></td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Otávio é, efetivamente, o único que ficou no plantel principal para ser opção, ao contrário por exemplo de Sebá, que teve um tempo de participação mínimo na equipa A. E o próprio Otávio não só foi uma contratação cara como vai para a quinta época em Portugal, ainda à procura da afirmação. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Tomemos o exemplo da primeira «fornada». O jogador que mais se destacou, <b><u>Sebá</u></b>, acarretava custos completamente <a href="http://otribunaldodragao.blogspot.com/2016/02/a-saude-de-seba.html"><b><span style="color: orange;">injustificados</span></b></a> e em boa hora não ficou no FC Porto - está atualmente na China. Dellatorre, que passou a época como titular na posição 9, está agora no APOEL, após ter jogado na Tailândia. Víctor Luís regressou ao Brasil e por lá continua, tendo evoluído ao serviço de Botafogo e Palmeiras. E o que é feito de Diogo Mateus, Anderson Santos e Guilherme Lopes?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjw5ldphooleU3jAYjkMjtwVNIZ-fcMo2MCNCjKi2JlkFnRAnTGyubBQfLX85ZMGsS6CFuvSk9Ln6JjHMQ3NGDKgjZvRPs4Oguc36J6UBSDxi4QsNt8DpSa0ukDlVBthWgOYqT1Jcoa-5tK/s1600/Seba222.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="369" data-original-width="554" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjw5ldphooleU3jAYjkMjtwVNIZ-fcMo2MCNCjKi2JlkFnRAnTGyubBQfLX85ZMGsS6CFuvSk9Ln6JjHMQ3NGDKgjZvRPs4Oguc36J6UBSDxi4QsNt8DpSa0ukDlVBthWgOYqT1Jcoa-5tK/s400/Seba222.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b>O pioneiro de uma saga pouco proveitosa</b></td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Anderson Santos, desde que regressou ao Brasil, já esteve dois anos sem clube e está atualmente ao serviço do São Mateus, clube dos escalões inferiores. Diogo Mateus pertence ao Ferroviária, da Série D. E Guilherme Lopes... acabou a carreira. Estamos a falar de um jogador que, ao longo da sua estadia no FC Porto B, jogou o total de... um minuto na II Liga. <b><u>Um minuto. Regressou ao Brasil e terminou a carreira aos 24 anos.</u></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas não foi o único que passa de bom o suficiente para merecer um lugar no FC Porto para tão mau que tem que deixar o futebol. Enrick Santos, contratado em 2015, jogou apenas 23 minutos, na última jornada da época. Na época seguinte não arranjou clube e <b><u>deixou o futebol aos... 20 anos</u></b>. Há vidas piores: passam um ano a treinar no FC Porto, com tudo pago, jogam um ou dois jogos e voltam ao Brasil. Não deve haver programas de Erasmus melhores.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Vejamos Anderson Dim, contratado em 2015. Na época seguinte foi logo cedido ao Freamunde. E correu tão bem que ficou sem clube até 2018, ano em que foi contratado pelo <b><u>Coimbra Esporte Clube</u></b>. Nada mais, nada menos que o <i>clube</i> ao qual Otávio foi «contratado» e que é controlado pelo bem conhecido BMG. Um talento incompreendido, por certo. Igual exemplo foi o Anderson Canhoto, na época passada. Jogou 20 minutos em toda a época, voltou ao Brasil e está agora no quarto escalão. Ou Ronan, que chegou, jogou dois jogos e está agora no estimável Nova Iguaçu.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
É certo que nenhum clube acerta em todas as contratações. O Real Madrid também não vai buscar todos os jogadores ao Castilla, e o Barcelona não dá oportunidades a tudo o que sai de La Masia. Mas isto não é apenas o olhar a dois ou três negócios que correram mal: são 23 jogadores contratados, sete anos de trabalho de scouting/prospeção (?) e dos quais só se aproveita, até hoje, um jogador para a equipa A.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas afinal, quem são os responsáveis por tanta importação de jogadores de qualidade duvidosa oriundos do Brasil? Não estamos a falar de jogadores que possamos dizer «olha, tinha talento, mas não se adaptou». Estamos a falar de rapaziada que regressa ao Brasil pela porta pequena, para jogar nos escalões inferiores, e que termina a carreira aos 20s. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Em Abril de 2016, <b><u>Pinto da Costa anunciou que estava a dividir a estrutura em seis setores.</u></b> Passando a citar o presidente do FC Porto: </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
«<i>De acordo com os estatutos que foram discutidos e aprovados em Assembleia Geral, e em que eu não interferi em nada, foi decidido que os 14 vice-presidentes passavam a seis e os dez diretores passavam a seis. Nesse sentido, dividi o clube em seis setores: o financeiro, do qual será responsável o dr. Fernando Gomes; o jurídico, que estará a cargo do dr. Adelino Caldeira; o futebol de formação será da responsabilidade do sr. Antero Henrique; o Património será da competência do eng.º Eduardo Valente; as casas, filais e delegações serão da competência do sr. Alípio Jorge. E introduzi um novo setor, que é o do planeamento dos novos projetos e do qual será responsável o professor Emídio Gomes, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Norte.</i>»</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Portanto, seis setores com intervenção da cúpula da SAD: financeiro, jurídico, formação, património, casas/filiais e novos projetos. Alguém notou a falta de alguma coisa? Prospeção? Contratações? Era sabido que Antero Henrique tinha sido designado o responsável pelo «futebol de formação». Entretanto veio Luís Gonçalves, para ocupar o cargo de Antero, mas sem nunca ter sido especificado/esclarecido se assumiria também todo o controlo da formação. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0Q9DH-73UC31UHQJsuoKLtC2Gx4GLcFE6l6s0PzagfnkMB4wNQp384XNQt6nWxaSe8HABDkMM6cWXBaFraP7DoqhTxNW6RivaCeb7Yl2ANYjeaHqzmhPJzJkAqyUAvggihz4VKjvF_4N8/s1600/ScreenShot010.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="592" data-original-width="712" height="332" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0Q9DH-73UC31UHQJsuoKLtC2Gx4GLcFE6l6s0PzagfnkMB4wNQp384XNQt6nWxaSe8HABDkMM6cWXBaFraP7DoqhTxNW6RivaCeb7Yl2ANYjeaHqzmhPJzJkAqyUAvggihz4VKjvF_4N8/s400/ScreenShot010.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b>Nota: Chidozie é o único jogador do plantel campeão da II Liga que está na equipa A</b></td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Então, até quando o próprio FC Porto colocará a si próprio a questão: todo este investimento na equipa B e, em concreto, no mercado brasileiro, valeu a pena? Quem está a identificar estes craques incompreendidos? <b><u>Como são observados jogadores que, em alguns casos, nem jogam no Brasil?</u></b> </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E a verdade é que, ao observar estes 23 jogadores, podem observar um padrão um tanto dominante que envolve muitas vezes as mesmas entidades. Começamos pelo Algarve. A SAD do <b><u>Portimonense </u></b>tem como accionista maioritário Teodoro Fonseca, que saltou para a ribalta como empresário de Hulk e que enriqueceu/cresceu às custas da proximidade com o FC Porto.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ora, Maurício, Gleison e Inácio são exemplos de jogadores que chegaram ao FC Porto por via do Portimonense, clube com quem o FC Porto fez o negócio mais estranho do defeso: a compra e consequente dispensa de Ewerton, de volta ao ponto de partida. Ewerton, curiosamente, chegou a Portugal após ter deixado o <b><u>Desportivo Brasil</u></b>. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O Desportivo Brasil foi fundado pela Traffic, empresa que ficou conhecida em Portugal quando assumiu o controlo do Estoril, e em 2014 foi comprada pelo grupo chinês Luneng. Este mesmo clube foi a porta de entrada de Dellatorre ou Diego Carlos para o futebol português e também serviu o propósito de «armazenar» jogadores até transferi-los para a Europa.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E neste Campeonato, ninguém bate o <b><u>Grêmio Anápolis</u></b>, um clube controlado pelo empresário António Teixeira (<a href="http://otribunaldodragao.blogspot.com/2016/03/foi-na-loja-do-menino-andre-que-eu.html"><b><span style="color: orange;">sim, esse</span></b></a>), dono da Promosport e que todos os anos distribui vários jogadores do clube brasileiro por equipas portuguesas. Roniel, Wellington (que nem chegou a jogar pelo FC Porto - foi logo cedido ao Leixões), Rodrigo Soares, Galeno e Danúbio (o nome mais sugestivo da história do futebol) chegaram ao FC Porto através do referido clube. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
No último verão, foi a vez de <b><u>Diego Landis e Emerson Souza</u></b> assinarem pelo FC Porto. Landis é oriundo do já mencionado Desportivo Brasil, enquanto Emerson jogou um total de 109 minutos de futebol em 2018. Esteve em Israel, ingressou no Rio Branco de Venda Nova e estava sem jogar praticamente desde o início do ano.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Chegou ao FC Porto B como um ilustre desconhecido e já recebeu guia de marcha, tendo sido emprestado ao Fafe. Como exatamente é que avaliaram um jogador que não jogava, fica a questão, mas o site brasileiro Tribuna Online tem uma versão: «<i>O caminho dele até Portugal começou na Copa São Paulo de Futebol Júnior de 2017, quando atuou pelo Nacional/SP e foi descoberto pelos empresários portugueses Pedro Silva e Jorge Boas, que prepararam um DVD com lances do jogador.</i>» OK. Não jogou em 2018, mas tem um DVD com os lances de 2017. Bem dizem que a qualidade não tem prazo de validade.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjepNXa310NepDxCpuwJpT9zdYVr9LDqCQ5BsD3zJxy1FkJ5ibs-om41xkiVK6nGlM6vSOckClcEWKUtFTRvS_GXL1InG4dGoCSJqY3M6RkbEKjDNbGBF0xJky9BdiNumws7ZCv9t_alpBN/s1600/ScreenShot009.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="644" data-original-width="1392" height="185" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjepNXa310NepDxCpuwJpT9zdYVr9LDqCQ5BsD3zJxy1FkJ5ibs-om41xkiVK6nGlM6vSOckClcEWKUtFTRvS_GXL1InG4dGoCSJqY3M6RkbEKjDNbGBF0xJky9BdiNumws7ZCv9t_alpBN/s400/ScreenShot009.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b>Emerson, o 23º brasileiro na equipa B, chegou, viu e já saiu</b></td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Mas o que mais há a destacar de Emerson é a sua franca humildade e sinceridade. Estamos numa era em que todos os jogadores querem ganhar mais, procuram melhores condições financeiras e tentam sempre puxar o salário. Uma ambição normal, não só em qualquer futebolista como em qualquer trabalhador de qualquer área. Mas Emerson não. Emerson é um caso único, citando o próprio jogador:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
«<i><b><u>"Não esperava ganhar tão bem em tão pouco tempo</u></b>. Todo mês eu ajudo minha família”, comentou o capixaba, que também elogia a estrutura do clube português: “Eles gostam muito de brasileiros e dão todo o suporte”</i>». Ficamos com grande expetativa em acompanhar a evolução de Emerson, o jovem craque que não esperava ganhar tão bem em tão pouco tempo, e de vê-lo espalhar magia no Municipal de Fafe.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Até lá, sobra a questão: que género de scouting é este no mercado brasileiro que se limita a catálogos de três ou quatro clubes/empresários? Um país tão grande, um viveiro de talentos tão conhecidos, e vêm sempre pela mão dos mesmos? Em 23 contratações, ao longo de sete anos, só acertamos num jogador com vista à equipa A? Como é que há jogadores que têm qualidade para atravessarem o Atlântico e assinarem pelo FC Porto, mas logo a seguir nem clube conseguem arranjar e terminam a carreira? Brasileiros e talentos, sim, são bem vindos. Mas a via que os tem trazido e o proveito do passado recente não combinam com o futuro que todos (?) queremos para o FC Porto.</div>
O Tribunal do Dragãohttp://www.blogger.com/profile/01936162976230308650noreply@blogger.com24tag:blogger.com,1999:blog-3827968484390529826.post-71274789268504618072018-09-06T16:38:00.002+01:002018-09-06T16:44:18.506+01:00Reforços ao custo possível<div style="text-align: justify;">
O encerramento do mercado de transferências trouxe duas novas e importantes opções para Sérgio Conceição: um que entra para já como alternativa a Alex Telles, outro que pode dar novas soluções para o meio-campo. Jorge e Bazoer chegam por empréstimo, com opção de compra no final da época, e constituem duas opções de qualidade, que mostram que era possível encontrar boas soluções de baixo custo (pelo menos no médio prazo), mesmo com as prioridades algo <i>trocadas</i> - Jorge só vem porque Zakarya chumbou nos exames médicos e Bazoer chega já depois de Ewerton ter entrado e saído. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Começamos por <b><u>Jorge, lateral-esquerdo</u></b>. Há duas épocas, aos 20 anos, Jorge já era o melhor lateral-esquerdo do Brasileirão, tendo-se destacado ao serviço do Flamengo. Veio para a Europa pela mão de Deco, em parceria com Jorge Mendes, com destino ao AS Mónaco, que se sagrou campeão nessa época. Na temporada passada jogou com uma regularidade interessante, mas uma lesão em janeiro acabou por lhe tirar espaço na segunda metade da época.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ao contrário do estereótipo comum de lateral brasileiro - melhor a atacar do que defender -, Jorge é um exemplo contrário, destacando-se sobretudo pela solidez defensiva. Na época passada, na Liga francesa, foi o 2º jogador com maior média de interceções por jogo e o oitavo com mais desarmes. Em termos ofensivos, até pela própria estratégia do AS Mónaco, Jorge sempre se revelou bem mais resguardado - embora não nos possamos esquecer que o próprio Alex Telles, aquando da sua chegada ao FC Porto, não era metade do jogador que é neste momento na vertente ofensiva da equipa.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpVioJ94ZQsiRWqGaCNYpGKTg7MIx1JHsVZUatvBuesMzphMTYqPfTUYbL0cGvHGGXJWHZG0dlX9PG0vbMblQ36rQ0cKpHqx9QmTih363EkLgdILawcGt5I0Zhyphenhypheni9S7Q3fGrtWA-W1cOHR/s1600/Jorhe.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="515" data-original-width="800" height="257" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpVioJ94ZQsiRWqGaCNYpGKTg7MIx1JHsVZUatvBuesMzphMTYqPfTUYbL0cGvHGGXJWHZG0dlX9PG0vbMblQ36rQ0cKpHqx9QmTih363EkLgdILawcGt5I0Zhyphenhypheni9S7Q3fGrtWA-W1cOHR/s400/Jorhe.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b>Um «velho» referenciado, melhor a defender do que a atacar</b></td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Embora tenha chegado ao FC Porto perto do fecho do mercado, Jorge já é um nome conhecido no Dragão. Já estava referencido quando despontou no Brasil e, inclusive, chegou a ser proposto a título definitivo no início do defeso, mas a um preço incomportável - pediam 12 milhões de euros. Sem colocação, acabou por chegar ao FC Porto por empréstimo e tem um ano para mostrar serviço como alternativa a Alex Telles... e quiçá sucessor, pois no final da época Alex estará certamente na montra para a saída. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Da mesma forma chegou <b><u>Bazoer</u></b>, uma contratação atípica no FC Porto. Não só o FC Porto não costuma apostar em jogadores holandeses (Bruno Martins Indi foi o único até hoje) como é muito raro e difícil contratar na Bundesliga. Mas Bazoer representa um perfil interessantíssimo para o meio-campo, uma vez que é igualmente capaz de encaixar no 4x4x2 e no 4x3x3.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Capaz de jogar a médio-defensivo ou na posição 8 (a ideal para ele neste momento - opinião), Bazoer foi um dos principais talentos a sair das escolas do PSV e do Ajax nos últimos anos e estreou-se na seleção da Holanda quando era ainda sub-19. É um bom distribuidor de jogo, que gosta de jogar em profundidade (como Sérgio Conceição tanto gosta que sirvam os avançados) e que joga com grande amplitude no meio-campo - na Bundesliga, o passe médio de Bazoer é de 19 metros, acima da média habitual de Herrera e Sérgio Oliveira (17 metros no FC Porto). Tem rotinas como médio-defensivo, mas é melhor a distribuir e a avançar do que a proteger meramente a retaguarda. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXSWEjYhKE_jLBqkh-PNXv35hMn5ZmSNeoNIF-YSFuKdmS_uGss3CiZroG_bue_OBHaIF-DJhvuqHhnmR-rHGAxcHAOIU991J2NkJxd3HxMlNRiLYiVYAJICXwdbg8CskpxJY_jxRCPNCd/s1600/bazoer.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="490" data-original-width="735" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXSWEjYhKE_jLBqkh-PNXv35hMn5ZmSNeoNIF-YSFuKdmS_uGss3CiZroG_bue_OBHaIF-DJhvuqHhnmR-rHGAxcHAOIU991J2NkJxd3HxMlNRiLYiVYAJICXwdbg8CskpxJY_jxRCPNCd/s400/bazoer.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b>Solução para todas as variantes da equipa</b></td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
É certo que Bazoer não se adaptou da melhor forma à sempre difícil Liga alemã, mas num contexto de campeonato português pode revelar-se uma ótima solução para o meio-campo. Se, tal como Jorge, poderá ser uma opção a título definitivo para lá do fim da época, só o tempo o dirá. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Certo é que os moldes das contratações de Jorge e Bazoer também acabam por se confirmar o que já se sabia: que não havia disponibilidade financeira imediata na SAD para reforçar o plantel no fecho do mercado. É sempre difícil de compreender como é que há dinheiro para o jogador A e não há para o jogador B, mesmo que a opção B custe menos, mas tem sido algo recorrente nos últimos anos. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Por exemplo, o FC Porto teve avanços concretos por <b><u>Daniele Verde e Roger Guedes</u></b>, opções para o ataque. Mas acabou por não chegar nenhum jogador para a posição de extremo. Certamente que Sérgio Conceição não afirmou «<i>quero o Verde, o Guedes ou então não quero ninguém</i>». O FC Porto negociou estes alvos porque necessitava de soluções para o ataque, mas acabou por não as conseguir - mas lá está, pois não havia condições financeiras para investir, e o Relatório e Contas do primeiro semestre de 2018-19 poderá confirmar que as contas vão ao encontro dos limites traçados pela UEFA e que não havia margem para muito mais. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O FC Porto também tentou <b><u>Bissouma e Ntcham</u></b>, médios na casa dos 10 milhões de euros, mas acabou por ficar com Bazoer. Já a posição de lateral-esquerdo foi sempre sendo secundarizada até perto do fecho do mercado, a ponto de ficarem convencidos com 90 minutos de um lateral de 29 anos recém-contratado pelo Belenenses. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
As continuidades de Herrera e Brahimi, mesmo em final de contrato e com poucas perspetivas de renovação de contrato, acabam também por ser <i>contraproducentes</i> àquilo que eram os planos anteriormente traçados pela SAD. Por exemplo, em outubro de 2018, a SAD terá que pagar 12 milhões de euros ao Novo Banco por um empréstimo que tinha como garantias os passes precisamente de Herrera e Brahimi. A saída do mexicano ou do argelino poderiam gerar uma verba que seria canalizada para o reembolso deste empréstimo, mas ambos continuaram no Dragão, pelo que a SAD terá que gerar receitas por outra via. Mas outubro será mês da SAD publicar o Relatório e Contas de 2017-18 e a proposta de orçamento para a próxima época, oportunidade para uma visão bem mais detalhada e completa sobre o presente e futuro do FC Porto. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Até lá, boas-vindas a Jorge e Bazoer e oxalá todos estejam a suspirar pela sua continuidade a título definitivo no final da época.</div>
O Tribunal do Dragãohttp://www.blogger.com/profile/01936162976230308650noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-3827968484390529826.post-47249769685344294412018-09-03T02:52:00.001+01:002018-09-03T02:52:10.725+01:00Três pontos e Danilo<div style="text-align: justify;">
O FC Porto iniciou a corrida atrás do prejuízo causado pela 3.ª jornada da única forma possível: com uma vitória, embora muito pouco convidativa a uma <i>Enologia</i> de qualidade. Olhamos para os 13 golos marcados em 4 jornadas e vemos que o FC Porto <b><u>não fazia tantos golos desde 1951</u></b>, embora esta época com a vantagem da calendarização pouco habitual que ditou dois jogos consecutivos no Dragão. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJRVHa3dJEHCI6W0FYCeatig4qkGzpA9SCRR1Fsd5ypca06GPvx9_6pNVgGTIPWqj7aP8RBXKvSF3mRe6ElUWvAlaNnbOAd2yEYSiNpF3WYhf9zKrHEnhWBoM2INujm6DOLpxsp8mURI-p/s1600/ScreenShot007.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="328" data-original-width="569" height="230" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJRVHa3dJEHCI6W0FYCeatig4qkGzpA9SCRR1Fsd5ypca06GPvx9_6pNVgGTIPWqj7aP8RBXKvSF3mRe6ElUWvAlaNnbOAd2yEYSiNpF3WYhf9zKrHEnhWBoM2INujm6DOLpxsp8mURI-p/s400/ScreenShot007.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas o momento em que vemos a «roda» formar-se na segunda parte, mesmo com a equipa a vencer por 2x0, é demonstrativa de que a equipa sabia que havia muito mais a merecer a preocupação do que o resultado. Na segunda parte, o que aconteceu não foi muito diferente daquilo que antecedeu os golos de Vitória de Guimarães ou Belenenses: a equipa deixou de ter bola, deixou de controlar o jogo e perdeu soluções na saída para o ataque. O Moreirense não aproveitou, também porque Iker não deixou, mas é a terceira jornada consecutiva em que o FC Porto se coloca <i>a jeito </i>quando a vantagem e a sua superioridade já deveriam deixar a vitória encaminhada.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Valeu, sobretudo, o regresso às vitórias e o de Danilo Pereira, elemento essencial para o ciclo de jogos que se iniciará depois da pausa para as seleções. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcI_ZLKtX3sOlEZKBs73S-eubVT10FW8FlJBlpRVkEKiHVmWI_0CmL4dIkg0sazl4EUulRflL92Y96zCgkQAcP2qr1XMU6MorZlj8Z3Ii1JRCo01P7U7Ja640nyBkHAiTiJZ_JLN_CYrHy/s1600/TdD2015_blog_bones.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="64" data-original-width="404" height="100" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcI_ZLKtX3sOlEZKBs73S-eubVT10FW8FlJBlpRVkEKiHVmWI_0CmL4dIkg0sazl4EUulRflL92Y96zCgkQAcP2qr1XMU6MorZlj8Z3Ii1JRCo01P7U7Ja640nyBkHAiTiJZ_JLN_CYrHy/s640/TdD2015_blog_bones.jpg" width="640" /></a><b><u></u></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><u><b><u><br /></u></b></u></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><u><b><u><br /></u></b></u></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><u><b><u><br /></u></b></u></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><u>Iker Casillas (+)</u></b> - Terminou o jogo com mais defesas do que o guarda-redes do Moreirense: três. Com um par de boas intervenções na segunda parte, segurou a vantagem do FC Porto e evitou que o <i>fantasma</i> das jornadas anteriores voltasse a assombrar a equipa (o bom trabalho de Felipe, em estreia com Éder Militão como parceiro, também ajudou). Bem, também, na reposição da bola em campo, sendo neste momento o guarda-redes da Liga com melhor aproveitamento neste capítulo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><u>Héctor Herrera (+)</u></b> - Mais uma exibição a encher o campo e a ter que jogar por ele e por Sérgio Oliveira (novamente muito distante do nível exigível para o 11). Inaugurou o marcador num lance oportuno, esteve perto de bisar e assumiu-se sempre como o motor do meio-campo, destacando-se ainda o momento em que<i> puxa</i> da braçadeira para dar um abanão à equipa na segunda parte. Sempre disponível no processo defensivo e a ganhar metros no meio-campo.<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRZ4dGGV-bjJIqH0TggEaVdS_m7y2CCOu3W-6dFGAyOlFleQQwIirQZLnYeWivznooXJ2KNoFZYiJbDRofzxB59cXcC75OzwOb65X9MW68g9-Lj2sxXBJdYbtvOvlXD50OtvGgEtG7ut-o/s1600/ScreenShot006.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="474" data-original-width="843" height="179" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRZ4dGGV-bjJIqH0TggEaVdS_m7y2CCOu3W-6dFGAyOlFleQQwIirQZLnYeWivznooXJ2KNoFZYiJbDRofzxB59cXcC75OzwOb65X9MW68g9-Lj2sxXBJdYbtvOvlXD50OtvGgEtG7ut-o/s320/ScreenShot006.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b>As zonas de ação de Héctor Herrera</b></td></tr>
</tbody></table>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<b><u>Otávio (+)</u></b> - Esteve no lance do 2x0 (muito bem trabalhado por Marega, a ganhar a primeira bola de Casillas, e Aboubakar, no toque para Otávio e na corrida para a grande área), e abriu o livro no último lance da segunda parte, ao ultrapassar dois jogadores antes de servir Marega para o 3x0. Foram os pontos altos de uma exibição na qual Otávio tentou sempre «mostrar-se» ao jogo: foi o jogador que mais duelos disputou (16) e o que mais desarmes conseguiu (4). Pecou pela ausência de tentativas de remate e por algumas más decisões no último terço, mas esta época já teve intervenção direta em quatro golos na I Liga. Em toda a época passada, teve apenas três.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3gB8ixD3paeYZtTKgZRKKx2XghsPhQZqGIEBAZ-JtPoCBv-SkGHgavDa_QFeNQNRfcwRHfpTKGhUvWtkksauHubMvFsi-aIHybht6xVuL1DZZhSRMrm6YYBaJ3ZxtK8bzD7FXGA7Wh8gz/s1600/TdD2015_blog_machados.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="64" data-original-width="404" height="100" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3gB8ixD3paeYZtTKgZRKKx2XghsPhQZqGIEBAZ-JtPoCBv-SkGHgavDa_QFeNQNRfcwRHfpTKGhUvWtkksauHubMvFsi-aIHybht6xVuL1DZZhSRMrm6YYBaJ3ZxtK8bzD7FXGA7Wh8gz/s640/TdD2015_blog_machados.jpg" width="640" /></a><b><u></u></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<b><u><b><u><br /></u></b></u></b></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<b><u><b><u><br /></u></b></u></b></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<b><u><b><u><br /></u></b></u></b></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<b><u>Apanha! (-)</u> </b>- Posse de bola. Bicada para a frente. Posse de bola. Bicada para a frente. Posse de bola. Bicada para a frente. Aconteceu, na segunda parte, aquilo que tanto queremos que o FC Porto evite ao máximo. A determinada altura, parecia que a equipa não sabia o que fazer. Cada posse de bola era uma tentativa de passe longo para Marega. Não houve jogo interior, não houve progressão em posse. A equipa percebeu que não estava bem, Sérgio Conceição reforçou o meio-campo, mas não há necessidade absolutamente nenhuma de jogar assim, até porque raramente o FC Porto consegue criar real perigo quando joga desta forma.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O FC Porto já é a <b><u>equipa com mais foras-de-jogo</u></b> no Campeonato, 13 em quatro jornadas. Que indica isto? Que está a tentar forçar muito a entrada na linha defensiva com o último passe, mas também que as defesas adversárias estão a saber «apanhar» o FC Porto nesta armadilha. O regresso de Marega ao 11 coincidiu com um abuso desta fórmula (ou melhor, motivou), que certamente terá o momento de (ter que) ser utilizada ao longo da época. Mas em casa? Contra o Moreirense? A ganhar por 2x0? Quando acabamos um jogo com mais foras-de-jogo do que remates enquadrados com a baliza adversária...</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Há também um dado deveras curioso. Pensar em Alex Telles e Brahimi é pensar num flanco ofensivo, criativo, capaz de fabricar diversas ocasiões de golo, certo? Mas estatisticamente, o FC Porto é neste momento a <b><u>equipa que menos usa o flanco esquerdo para atacar</u></b> em todo o Campeonato. Nas primeiras quatro jornadas, o FC Porto canalizou apenas 31% dos seus ataques por esse corredor. Em contrapartida, é a equipa que mais usa o direito, com 43% de investidas por esse lado. Já vimos bons momentos e combinações por esse lado nesta época, em particular com Maxi e Otávio, mas isto muito se deve à quantidade de vezes que despejaram a bola pelo lado direito à procura da profundidade. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E o mais irónico é que, uma vez mais, vemos que o FC Porto não precisa de passes de 40 metros para colocar um elemento nas costas da defesa. O lance do 2x0 é um exemplo: Otávio, com um passe curto e na<i> linha</i> da marca de grande penalidade, conseguiu colocar Marega nas costas da defesa. Não é preciso balões e corridas a partir da linha de meio-campo: só é preciso saber decidir e encontrar o espaço certo no último terço.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Sérgio Conceição sabe isso. A equipa sabe isso e, mais importante, sabe fazê-lo. Então, basta fazer. E repetir. </div>
O Tribunal do Dragãohttp://www.blogger.com/profile/01936162976230308650noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3827968484390529826.post-65600951622894403562018-08-27T22:29:00.001+01:002018-08-31T19:28:04.720+01:00Colheita 2018-19<div style="text-align: justify;">
Perder depois de chegar ao intervalo a vencer por 2x0 é atípico. Há poucas coisas mais invulgares do que um desfecho destes na história do FC Porto. Tanto que, até à noite de sábado, só tinha acontecido duas vezes na I Liga: uma em 1943, contra o Fabril Barreiro, e a outra em 1970, contra a Académica. A juntar a estes dois casos, houve o desaire europeu contra o Artmedia, em 2005. De resto, nunca o FC Porto tinha acabado batido após ir para o intervalo a vencer por 2x0.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Este resultado, por si só, já era uma raridade, mas as circunstâncias que antecederam os golos do Vitória de Guimarães tornam-lo ainda mais incomum. Uma entrada absolutamente<i> desmiolada </i>de Sérgio Oliveira na grande área, Maxi Pereira a não ter pernas para fechar o corredor no 2x2 (num lance em que o FC Porto tem 8 jogadores na grande área no momento do remate de Tozé), e um lance que começa num lançamento de linha lateral e no qual voltam a ser suficientes dois jogadores do Vitória para fazer frente a uma grande área povoada pelo FC Porto. Os sucessivos desperdícios em tempo de compensação acabaram por confirmar o que se testemunhava: era <b><u>uma noite atípica a todos os níveis</u></b>.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPQsTx3NRB_VzK4VBZSI-7QkVrPlphtsgexD9V-2CdVBFU-D66TEYcwjxikcK8otp4fnoK8qH0sR4VbPfdNOU_krNNVlBO9Lc9S1-fsw6i0hKvzVTa2KQgTRc-0FI2XHMEK5MBvZjDP9yo/s1600/Brah.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="576" data-original-width="960" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPQsTx3NRB_VzK4VBZSI-7QkVrPlphtsgexD9V-2CdVBFU-D66TEYcwjxikcK8otp4fnoK8qH0sR4VbPfdNOU_krNNVlBO9Lc9S1-fsw6i0hKvzVTa2KQgTRc-0FI2XHMEK5MBvZjDP9yo/s400/Brah.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b>Brahimi e mais 10... com poucas ideias sem o argelino</b></td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Mas o problema não é apenas este jogo. Estamos à 3ª jornada, a um ponto da liderança. Sporting e Benfica vão perder mais pontos, o próprio FC Porto vai perder mais pontos. O drama não está aqui. Está naquilo que já <i>todos</i> (???) estão fartinhos de saber desde a temporada passada: que este plantel é curto e que lhe faltam soluções de maior qualidade. E isso não iliba o facto de o modelo de jogo do FC Porto estar distante daquilo que entendemos ser um futebol de qualidade e que a equipa tão bem chegou a mostrar na jornada inaugural da Liga.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
«<i>Pois, já diziam isso na época passada, que o plantel não chegava, e fomos campeões!</i>». Este argumento não faltará ao longo da época. E podem usá-lo até maio, estejam à vontade. É verdade que o FC Porto chegou ao título, com um plantel ao qual eram reconhecidas várias limitações. Mas não nos podemos esquecer que o primeiro a acreditar na época passada - Sérgio Conceição - foi o primeiro a <i>desacreditar </i>após um simples jogo de pré-época com o Portimonense e a reivindicar a necessidade de reforços. É o próprio milagreiro que não quer estar sujeito a um segundo <i>milagre</i>.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O FC Porto teve um ataque bastante produtivo na época passada. E não é justo dizê-lo que tenha deixado de ter, pois a verdade é que fez 10 golos em 3 jornadas - desde 1975 que não arrancava com uma dezena de golos. Mas também sofreu 5 em 3, algo que não sucedia desde 1969. Isto é muito mais do que uma questão <b><u>golos marcados vs. sofridos</u></b>. Tem a ver com a qualidade de jogo e com as próprias soluções do plantel.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://media.gettyimages.com/photos/porto-defender-maxi-pereira-from-uruguay-in-action-during-the-match-picture-id821384574?s=612x612" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img alt="Resultado de imagem para maxi pereira" border="0" class="irc_mi" height="200" src="https://media.gettyimages.com/photos/porto-defender-maxi-pereira-from-uruguay-in-action-during-the-match-picture-id821384574?s=612x612" style="margin-top: 0px;" width="130" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b>Muita luta, poucas pernas</b></td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Começando com a defesa, é lógico que vai ser uma época difícil. O FC Porto perdeu o seu melhor central e o lateral-direito, e <b><u>Maxi Pereira</u></b> passou da saída à permanência por culpa da transferência de Diogo Dalot. O uruguaio luta muito, apoia bem o ataque e até começou a época com um par de boas exibições, mas aos 60 minutos da 3ª jornada já não conseguia correr. Já não é uma questão de saber se Maxi Pereira aguenta uma época: é saber se aguenta um jogo completo no qual vai ter que correr para defender e não apenas subir para combinar com o extremo no ataque. Maxi é inteligente no relvado, posiciona-se bem, mas quando tem que correr para trás os 34 anos já pesam. E estamos, neste momento, a falar de Chaves, Belenenses ou Vitória. Não estamos a falar de clássicos ou de Champions, com dois jogos por semana. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><u>Diogo Leite</u></b>, jovem promissor, entrou na equipa e fê-lo bem. Mas não é por acaso que estamos a falar de um jogador de 19 anos que está a cumprir a primeira época de sénior. O que faz um miúdo dessa idade? Comete erros. De posicionamento, de marcação, de antecipação. Há 30 anos que o FC Porto não tinha um central tão jovem na equipa - o último tinha sido Fernando Couto. E para quem não estiver recordado, Fernando Couto estreou-se mas foi logo depois emprestado por duas vezes. Só depois voltou para se afirmar. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Diogo Leite foi lançado às feras (ou não, pois ainda não chegámos aos clássicos e à Champions) e ganhou o lugar com mérito. Mas tudo isto começa na lentidão da SAD em assegurar atempadamente e prontamente o sucessor para o eixo da defesa. Já sabiam que <b><u>Marcano iria sair e que Diego Reyes não ficava</u></b>. Isto era uma situação que poderia, deveria estar a ser preparada há meses. As negociações por <b><u>Mbemba</u></b> (cujo perfil faz lembrar Bruno Martins Indi) demoraram bem mais de um mês, e quando chegou, aí sim, houve o azar inesperado de o central congolês se ter lesionado. Isso pode acontecer, foi um azar. Mas que teve que fazer Sérgio Conceição desde então? Preparar o miúdo para o 11. Foi isso que fez, e manteve logicamente a sua aposta. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
«<i>Poderia ter jogado o Chidozie</i>», dirão. Aqui entramos no campo da opinião, logicamente, mas Chidozie esteve emprestado ao Nantes, equipa onde o melhor central era Diego Carlos, brasileiro que no FC Porto revelou pouco mais do que qualidades medianas. E aqui temos um possível exemplo da <b><u>saúde financeira que a SAD portista respira</u></b> neste momento: </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5r7FVzTWnCuN6IXq-Tmy-7Mu6252PKK2cD6C5h6R_GwGltWwnJp56oDp_nmLQrlpUbPn_qUZPqRM_eBbNGM0JtSbmqHXV9YvpzHSfXTlsBh4aVyH7PwFQNypv7OkhKIWlVbSPc7oqBhf9/s1600/ScreenShot003.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="277" data-original-width="933" height="118" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5r7FVzTWnCuN6IXq-Tmy-7Mu6252PKK2cD6C5h6R_GwGltWwnJp56oDp_nmLQrlpUbPn_qUZPqRM_eBbNGM0JtSbmqHXV9YvpzHSfXTlsBh4aVyH7PwFQNypv7OkhKIWlVbSPc7oqBhf9/s400/ScreenShot003.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b>Recorte do jornal O Jogo</b></td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Um clube que rejeita 13 milhões de euros por Chidozie é um clube sem urgência em vendas e sem dificuldades financeiras. Só pode, embora esta proposta deva ter estado na mesma mesa onde o West Ham colocou 40 milhões de euros por Marega, com mandatários de Emerald City, Tardis e Valhalla.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Entretanto chegou o também jovem <b><u>Éder Militão</u></b>, proveniente do São Paulo, que apesar de rotulado de polivalente vem como opção para o eixo da defesa. E qualquer jovem brasileiro que chega à Europa precisa de tempo até entrar na equipa, muitas vezes só se conseguindo afirmar a partir da segunda época. Basta recordar os casos recentes de Fernando, Danilo ou Alex Sandro. Ainda assim, nota também para o facto de Éder Militão implicar um investimento de cerca de 7 milhões de euros - grande parte para empresários -, apesar de só ter contrato com o São Paulo até 11 de janeiro de 2019. Com tanto dinheiro investido para «antecipar» a transferência alguns meses, só podemos esperar que Éder Militão possa emergir como opção mais depressa do que o previsto, até porque não havia assim tanta concorrência pelo jogador, pelo menos ao nível da imprensa brasileira (que chegou a sugerir que o PSG poderia comprá-lo para emprestá-lo de imediato ao... Vitória de Guimarães).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbAiKc2xCvdv5a61c34Bkw6jnyUTs13GaEh5_UWTJkhh-eOMoTixgO-4WQpUnAtwwMg81YaJ_KkSQiZRfwCHunEX7-pAznWo-igvQtisK2h7kkxTCpCsBCGCcdk78YrNlUkBYcgcUrxxSr/s1600/ScreenShot004.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="318" data-original-width="206" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbAiKc2xCvdv5a61c34Bkw6jnyUTs13GaEh5_UWTJkhh-eOMoTixgO-4WQpUnAtwwMg81YaJ_KkSQiZRfwCHunEX7-pAznWo-igvQtisK2h7kkxTCpCsBCGCcdk78YrNlUkBYcgcUrxxSr/s200/ScreenShot004.jpg" width="129" /></a>Falando ainda do setor defensivo, a <b><u>iminente chegada de Zakarya, do Belenenses,</u></b> ao FC Porto sugere meramente uma coisa: desnorte completo na construção do plantel. O lateral-esquerdo, que cumpre 30 anos em janeiro, jogou sempre em clubes medianos ao longo da sua carreira e estava no Sochaux, da II Liga francesa. Assinou pelo Belenenses em julho e, segundo o jornal O Jogo, convenceu o FC Porto a avançar para a sua contratação depois do jogo no Jamor.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Portanto. Temos um lateral de 29 anos que estava livre, em julho, e que não seria nem primeira, nem segunda, nem terceira opção para as laterais do FC Porto. E de repente, por causa de um jogo, passa a ser prioridade e alternativa a Alex Telles, um dos jogadores mais importantes na manobra coletiva do FC Porto. Alguém acredita que no relatório de pré-época de Sérgio Conceição, que identificava seis pontos a reforçar no plantel, o nome de Zakarya aparecia por lá?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Tivemos meses e meses para preparar a época. Uma pré-época inteira. Temos um enorme departamento de scouting e prospeção, camadas jovens, equipa B. E no meio de tudo isto, porque fez um bom jogo contra o FC Porto, de repente Zakarya passa a ser a solução. Rúben Lima deve estar a lamentar que o jogo do Moreirense com o FC Porto não seja disputado antes de sexta-feira, caso contrário ainda se habilitava a uma transferência. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não é um problema com Zakarya, o jogador: é um problema com o modelo, com a preparação da época, e com uma gestão que nos faz lembrar os tempos em que se <i>descobriam </i>laterais-esquerdos do calibre de Ezequias, Lucas Mareque, Nelson Benítez ou Lino. Todos eles com motivações muito semelhantes. E todos eles campeões pelo FC Porto, mesmo pouco ou nada jogando. Tomara que com Zakarya também seja assim. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não há moral/justificação para alegar <b><u>contingências financeiras</u></b> (que, diga-se, a SAD nunca assumiu publicamente na construção ou preparação desta época - o máximo que tivemos foi a história da <i>carochinha</i> de que é possível gastar tanto quanto o FC Porto encaixar em transferências) quando já se celebraram os magníficos negócios da compra e consequente dispensa de <b><u>Janko ou Ewerton</u></b>. Seria interessantíssimo ouvir a explicação do FC Porto para a motivação por trás destes negócios. E perceber em que universo é que constrangimentos financeiros podem coexistir com negócios com notáveis empresários e homens do futebol como Alexandre Pinto da Costa, Teodoro Fonseca ou Luciano D'Onofrio. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><u>Do meio-campo para a frente</u></b>, praticamente não houve alterações no plantel. Jogadores como Bruno Costa, Hernâni ou Adrián só estão no grupo de trabalho por não haver mais ninguém, e os dois últimos porque não têm propostas de compra no mercado. André Pereira acaba por ser um caso também muito ilustrativo: está a jogar porque não há mais soluções. Está certamente a trabalhar para isso, esteve nos dois golos frente ao Vitória de Guimarães (um deles irregular, é certo, mas já houve precedentes de falhas no VAR, nomeadamente num Aves x Benfica), mas certamente que Sérgio Conceição gostaria de ter outras soluções para o seu 4x4x2.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOEgZt6is7QMmclf1stvVXAOEk7vCnm7m8y8q2Kv15OZrPTuoKtXuF65kvj1_L8Sua9FXJTAHEZGher4FnDQLJSn5ToqWuRJhM_-wnkI3NKeLRGr8yYBJOknXLkjAfE9EN8S0XGs1ofIFN/s1600/sessao+treino+Mexico+16-07-17+Sergio+Concei%25C3%25A7%25C3%25A3o_rotated.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="340" data-original-width="610" height="178" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOEgZt6is7QMmclf1stvVXAOEk7vCnm7m8y8q2Kv15OZrPTuoKtXuF65kvj1_L8Sua9FXJTAHEZGher4FnDQLJSn5ToqWuRJhM_-wnkI3NKeLRGr8yYBJOknXLkjAfE9EN8S0XGs1ofIFN/s320/sessao+treino+Mexico+16-07-17+Sergio+Concei%25C3%25A7%25C3%25A3o_rotated.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b>4x4x2 ou 4x3x3?</b></td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Embora, aqui, Sérgio Conceição também tenha que dar o braço a torcer e perceber que tem que haver um limite. Porque não dar uma oportunidade ao 4x3x3? Que mais tem <b><u>Óliver Torres</u></b> que fazer para entrar no 11? Quantos créditos tem Sérgio Oliveira para se aguentar no 11? Há assim tão pouca confiança em limitar o eixo do ataque a Aboubakar ou outro ponta-de-lança?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas aqui entramos naquilo que é a relação direta entre Sérgio Conceição e a administração. Quando renovou, Sérgio Conceição deixou claro que ia trabalhar a época em 4x4x2? A SAD garantiu que iria ter opções para isso? Uma coisa é a flexibilidade do treinador, que terá sempre que ter, por mais fiel que queira ser às suas ideias. Outra é o próprio investimento da SAD no treinador. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Como tantas vezes foi comentado, <b><u>o FC Porto da época passada</u></b> nem sempre se distinguiu por ser uma equipa que jogava um grande futebol. Era uma equipa de guerreiros, lutadores, que teve sem dúvida semanas de bom futebol ao longo da época, mas muitas vezes esteve limitada a duas coisas: bolas diretas na frente, à procura da profundidade dos avançados, e as bolas paradas. Isto além do principal fator de desequilíbrio neste arranque de época: <b><u>Brahimi</u></b>, sempre ele. E reparem que não estamos há dois ou três meses a suspirar por uma solução <i>match-winner </i>para as alas, mas sim até antes da chegada de Sérgio Conceição. Mantêm-se Hernâni, pouco mais do que para fazer número, e esperanças de um ano de afirmação para Corona ou Otávio. Muito curto.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVl8YvXBzByrYuJ9s6XQqwZODtpJ1WP5y-ohSrrhohTp3SqML3Mf2J58tcco8mehDzsjTy7xW4yPnmLjiQkCKleIBFUUjtITgHTtzsGyOSqzfU08Wq78sH9qaUPxND-xK-01rYhxIOEwES/s1600/Marega.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="900" data-original-width="720" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVl8YvXBzByrYuJ9s6XQqwZODtpJ1WP5y-ohSrrhohTp3SqML3Mf2J58tcco8mehDzsjTy7xW4yPnmLjiQkCKleIBFUUjtITgHTtzsGyOSqzfU08Wq78sH9qaUPxND-xK-01rYhxIOEwES/s200/Marega.jpg" width="160" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b>Quanto vale Marega?</b></td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<b><u>E Marega?</u></b> É de facto um dos mistérios deste defeso. Primeiro, há que separar aquilo que é a especulação típica de pré-época na imprensa, sobretudo quando envolve clubes ingleses, e aquilo que chegou realmente à mesa da SAD. Pinto da Costa diz que nunca teve uma proposta concreta e voltou à <i>conversa para boi dormir</i> da cláusula - estamos em 2018, o FC Porto nunca vendeu um jogador pela cláusula de rescisão (não esquecer, para uma cláusula ser ativada, tem que ser uma das partes, entre clube e jogador, a invocar esse direito - tal como o fez André Villas-Boas, por exemplo), e de certeza que Marega não seria o primeiro. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não é do domínio público quanto foi ao certo a eventual proposta do West Ham, mas que era intenção de Sérgio Conceição manter Marega. Mas porquê? Por considerar que o maliano era assim tão fulcral na equipa? Ou porque não tinha garantia nenhuma de que, caso Marega saísse, não viria ninguém melhor? Tudo o que fosse acima de 20 milhões de euros - assumindo que alguém chegaria a esses valores - por Marega seria uma das melhores vendas da história do FC Porto. A verdade é que Marega é um jogador tão fulcral que esteve encostado 19 dias a treinar sozinho. Não há memória de isto ter acontecido no FC Porto. Jogadores a pedir para sair ou a forçar transferências é ementa diária no futebol, sobretudo em clubes vendedores como os portugueses. Sérgio Conceição tem que ter tido motivos muitos fortes para encostar Marega desta forma, embora as suas passagens por Marítimo e Guimarães já tenham revelado histórias de mau profissionalismo. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Marega acabou por ser reintegrado, restando saber agora se vai renovar ou não (antes de ser afastado do grupo, tinha a proposta de renovação nas mãos) e que jogador será em 2018-19. Porque na época passada, Marega era <i>o ex-dispensado</i>. Cada golo que marcava surpreendia, era colocá-lo acima das expetativas. Foi um jogador a garantir duas dezenas de golos em contexto de I Liga. Mas entre um ex-dispensado que só fica no plantel por não haver mais ninguém e um jogador pelo qual se rejeita a saída por números alegadamente muito mais do que generosos... Há uma enorme diferença. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Quando o FC Porto assume todas as recusas por Marega, só pode esperar que o seu rendimento seja muito superior esta época. Na temporada passada, apesar de sofrível nos clássicos e na Champions, conseguiu garantir a média de um golo por jornada na Liga - falhava mais do que acertava, mas entre os pontas-de-lança do plantel também ninguém acertava mais do que ele. Ou esperamos um Marega a elevar a fasquia esta época, ou passámos ao lado da possibilidade de um grande negócio. Certo é que não podemos contar com mais uma época a tentar ganhar jogos com bolas que dependem da dimensão física de Marega. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Sérgio Conceição fez milagres na época passada. Não lhe peçam a mesma receita. O treinador não teve sucesso nem ficou por ser um treinador muito evoluído taticamente, pois não foi essa a força do FC Porto na época passada. Foi a união, a superação, o pragmatismo e a sempre essencial sorte (outra vez, bastava não haver o pontapé do Herrera na Luz e poderia ser mais um ano a seco - ou bastava que tivessem validado o golo limpo a Herrera no jogo do Dragão, e aí talvez já não fosse necessário vencer na Luz).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E conforme foi comentado no post da vitória sobre o Belenenses: sempre que o FC Porto vencer, os adeptos vão ver um plantel bem aproveitado; quando os maus resultados aparecerem, afinal é um plantel curto e ao qual falta qualidade. Neste momento, este plantel não foi reforçado, no sentido em que não está mais forte. Sejamos francos, antes dos resultados, pois totobola à segunda-feira nunca deu nada a ninguém: este plantel é curto para uma equipa que ambiciona o bicampeonato e que tem que lutar por um lugar nos 1/8 da Liga dos Campeões. Na pré-época, Sérgio Conceição falou em «<i>meia dúzia de jogadores sem capacidade</i>» para jogar no FC Porto. Neste momento, numa altura em que Danilo e Soares ainda recuperam de lesões, o que apetece mesmo dizer é que falta mais meia dúzia de jogadores com capacidade para jogar no FC Porto. Porque em algo teremos que concordar: seja em 4x3x3 ou 4x4x2, o treinador campeão merece e precisa de melhores soluções. </div>
O Tribunal do Dragãohttp://www.blogger.com/profile/01936162976230308650noreply@blogger.com22tag:blogger.com,1999:blog-3827968484390529826.post-32856663376113765142018-08-22T17:05:00.000+01:002018-08-22T17:05:05.167+01:00Vinho de tasca<div style="text-align: justify;">
Sérgio Conceição falou numa exibição de «vinho de tasca». E assim foi, com as uvinhas uma vez mais espremidas ao máximo. É a antecâmara de uma época na qual a maioria verá sempre qualidade e opções de sobra sempre que o FC Porto vencer, mas ao primeiro mau resultado (re)surgirão de pronto os alertas do óbvio: de que faltam soluções, sobretudo no ataque, num plantel que praticamente não foi reforçado com idas ao mercado.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi25lWoUtnAXC4Ap68uFcOrXwE3U0Z-BgU-tcW228Zq-c1RR0Xje006f80JUlI6U-48GvtV9FPJUGFxgkyigG82RSNO-jObvK2-eLCKyh9gth4Rljo6G-9YMmy8QlBpE-qurJs5tdwkNXd3/s1600/FC2222.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="801" data-original-width="1200" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi25lWoUtnAXC4Ap68uFcOrXwE3U0Z-BgU-tcW228Zq-c1RR0Xje006f80JUlI6U-48GvtV9FPJUGFxgkyigG82RSNO-jObvK2-eLCKyh9gth4Rljo6G-9YMmy8QlBpE-qurJs5tdwkNXd3/s400/FC2222.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Saíram Ricardo, Marcano e Reyes (além de Diogo Dalot), entraram João Pedro, Mbemba e Militão. E tendo em conta que nenhum deles, por diferentes razões, entrou ainda na equipa titular, não podemos afirmar que este elenco seja mais forte do que o da temporada passada.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E é agora que é importante repetir e reafirmar isto, pois no final da próxima semana, com o mercado fechado, já será inútil dizê-lo. No Jamor tivemos a felicidade que faltou na época passada nos jogos contra Aves ou Moreirense, por exemplo, e valeu a raridade que é ver uma equipa de arbitragem manter o critério nas suas decisões. Mas que vai ser preciso muito mais nas próximas deslocações, vai, embora este Belenenses tenha mostrado no passado recente ser uma das equipas que melhor se organiza frente aos grandes.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxW1d7LakjKAchjlaSrQWSz_TcrjcghWC117sKb_HAaV56JnT_iFmoUEgkhKNcnlojZkjMqtRY2G9Xw4Mcke1Gr-WzL_cgwTiwtwVU1nXfq3NOy_XJFawFXXUAyZHliPQBqOremCG4eC_C/s1600/TdD2015_blog_bones.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="64" data-original-width="404" height="99" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxW1d7LakjKAchjlaSrQWSz_TcrjcghWC117sKb_HAaV56JnT_iFmoUEgkhKNcnlojZkjMqtRY2G9Xw4Mcke1Gr-WzL_cgwTiwtwVU1nXfq3NOy_XJFawFXXUAyZHliPQBqOremCG4eC_C/s640/TdD2015_blog_bones.jpg" width="640" /></a><b><u></u></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<b><u><b><u><br /></u></b></u></b></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<b><u><b><u><br /></u></b></u></b></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<b><u><b><u><br /></u></b></u></b></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<b><u>Alex Telles (+)</u></b> - Ganhou e bateu o livre do 1x0 e decidiu, ele próprio, o jogo com a marcação irrepreensível de um penálti capaz de fazer tremer qualquer sangue frio. O lateral brasileiro acabou por se destacar nos cruzamentos (acertou 5 em 8) e nos duelos disputados (4/5), além de ter criado três situações de finalização. Num jogo em que o FC Porto teve muitas dificuldades na bola corrida, a fórmula Alex/bolas paradas voltou a fazer a diferença.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><u>Héctor Herrera (+)</u></b> - O Belenenses tomou conta do meio-campo durante parte significativa do jogo, mas o mexicano sempre remou contra a maré. Foi o elemento com mais ações com bola (63), ganhou 11 dos 14 duelos que disputou e criou duas situações de golo, tendo ainda atirado uma bola ao ferro. Fartou-se de fazer quilómetros e tentou redobrar-se em todo o campo, tentando muitas vezes lançar ataques aos quais as unidades da frente não deram sequência.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEginSvwpbSzeVPX04MoZUW8DGpU6kVWtyxEEGzOcl1WzYqasBswWX13x57X9E4QCoUuz_FcxHVK71qXkzdAouk1C63L-d6qD5PLxI0lnHcc1QtcvCn3_bmdeTGLp5Cn2Syko6QWSbweTLQj/s1600/ScreenShot002.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="498" data-original-width="650" height="306" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEginSvwpbSzeVPX04MoZUW8DGpU6kVWtyxEEGzOcl1WzYqasBswWX13x57X9E4QCoUuz_FcxHVK71qXkzdAouk1C63L-d6qD5PLxI0lnHcc1QtcvCn3_bmdeTGLp5Cn2Syko6QWSbweTLQj/s400/ScreenShot002.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><u>Iker Casillas (+)</u></b> - Um calafrio com um atraso de Felipe, mas acabou por somar um par de defesas importantíssimas na segunda parte, que evitaram (melhor, adiaram) o empate do Belenenses.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNmDQF8s2pSGPQEULG1af0ppl22uHUCmoRQjATi-2Gurgzs3EEIsmkRCgz52zRwjrxUNGKID3CDnHyAz-BcW25rCMDisBLnOnqZ4HV71urTdPM81gtRqFgyakFYM8PpaQYqVZCpuRE1Uem/s1600/TdD2015_blog_machados.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="64" data-original-width="404" height="99" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNmDQF8s2pSGPQEULG1af0ppl22uHUCmoRQjATi-2Gurgzs3EEIsmkRCgz52zRwjrxUNGKID3CDnHyAz-BcW25rCMDisBLnOnqZ4HV71urTdPM81gtRqFgyakFYM8PpaQYqVZCpuRE1Uem/s640/TdD2015_blog_machados.jpg" width="640" /></a><b><u></u></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<b><u><b><u><br /></u></b></u></b></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<b><u><b><u><br /></u></b></u></b></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<b><u><b><u><br /></u></b></u></b></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<b><u>Falta de controlo (-)</u></b> - O Belenenses terminou o jogo com mais posse de bola, mais passes e nunca perdeu o controlo do meio-campo em toda a partida. Há que reconhecer que se tratou de um adversário com boa organização, cujas marcações nunca foram baralhadas pelos avançados do FC Porto e que raramente cedeu espaço nos últimos 25 metros. O FC Porto não conseguiu construir jogo e os golos acabam por nascer em lances à margem das dinâmicas da equipa - duas bolas paradas e um erro de um adversário. Comparando o caudal ofensivo e a qualidade demonstrada pelo FC Porto na 1ª jornada, foi do 80 ao 8 - o primeiro remate da equipa à baliza surgiu já a meio da primeira parte, e Muriel fez tantas defesas como Casillas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><u>Minuto 58 (-)</u></b> - Como diriam os treinadores da velha guarda, «esta nem nos infantis». Uma bola batida diretamente pelo guarda-redes do Belenenses, Muriel, é dominada por Fredy (Sérgio Oliveira a dormir neste lance) à entrada da grande área do FC Porto. Isto não existe a este nível: com um simples passe de 80 metros, o adversário fica na cara do golo. O avançado do Belenenses (que tantas dores de cabeça deu a Felipe) tocou para Licá e Casillas acabou por evitar o golo, mas este é o tipo de jogada capaz de fazer qualquer treinador arrancar cabelos. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><u>Não esperemos o mau resultado (-)</u></b> - Sérgio Conceição valoriza muito o trabalho nos treinos. É certamente por isso que André Pereira ganhou o lugar neste arranque de época - por isso e pela falta de uma solução/reforço de maior qualidade. É um jovem avançado fisicamente interessante, que tenta trabalhar para a equipa, mas cuja aposta neste momento não está a funcionar da melhor forma. Volta a ser o primeiro a ser substituído e pouco conseguiu produzir em campo - apenas 8 passes completos, falhou os 2 dribles que tentou, tentou o remate apenas uma vez e perdeu 10 dos 17 duelos que tentou. É certo que o companheiro de ataque, Aboubakar, esteve em modo amorfo, mas André Pereira não terá ainda a<i> estaleca</i> que possa fazer dele uma solução de 11 inicial para o curto prazo. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas dirão: e soluções? Adrián? Marius? Marega? Com Soares lesionado e sem mais soluções para o ataque, a verdade é que provavelmente André Pereira não deixa de ser aquele que mais tem lutado e feito por merecer um lugar no ataque do FC Porto aos olhos de Sérgio Conceição. E assim sendo não é possível censurar as opções do treinador, que dificilmente terá intenções de abdicar do esquema de dois avançados neste arranque de época. Sérgio Conceição tem que «rentabilizar os que tem», dizem, mas não se queixem se o que tem se revelar insuficiente a breve trecho. Vinho de tasca pode desenrascar numa refeição mas não vai matar a sede nos dias de maior calor. </div>
O Tribunal do Dragãohttp://www.blogger.com/profile/01936162976230308650noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-3827968484390529826.post-43005500299860148202018-08-15T07:06:00.000+01:002018-08-15T07:23:12.527+01:00A ideia ao serviço do plantel<div style="text-align: justify;">
Sem nenhuma das contratações para a nova época no 11 inicial. Sem Danilo, Marega ou Soares. E sem <i>bicadas</i> para a frente. Foi com uma exibição de enormíssima qualidade que o FC Porto despachou o Desportivo de Chaves e conseguiu os três primeiros pontos da época. Foram 5-0, poderiam ter sido bem mais, tamanha a qualidade de jogo que o FC Porto conseguiu apresentar e a capacidade de criar ocasiões de finalização. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigiAzWSr_UagvSno24FbvWsw-W1XrpIabJAD2kX2OU92wRv0ICSYetN37eDa9ggQsHB0PjP9ZFLwHG7cANT5h3hq-07hVBRvpVcmlw0XqG4xPbt2Za-ieKNp4__kqwun8SK_FtncB5z8T-/s1600/960.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="576" data-original-width="960" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigiAzWSr_UagvSno24FbvWsw-W1XrpIabJAD2kX2OU92wRv0ICSYetN37eDa9ggQsHB0PjP9ZFLwHG7cANT5h3hq-07hVBRvpVcmlw0XqG4xPbt2Za-ieKNp4__kqwun8SK_FtncB5z8T-/s400/960.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Exibições de grande qualidade a nível individual e coletivo, futebol que empolgou os adeptos e deu para terminar com a inimaginável dupla de ataque Adrián López-Marius Mouandilmadji a ser aplaudida pelo Dragão. Com esta amostra, dizer que Sérgio Conceição tem que continuar a «rentabilizar» os ativos que tem é o equivalente a dizer a um tipo no topo do Evereste que tem que continuar a escalar. E esse tipo, se se chamasse Sérgio, era capaz de esticar os braços e meter-se em bicos de pés.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2UfONwWwLnJJ-aVAUZCphTz9DeCVjpy9tnQcmPg2YdCsd1PJxzQk3uL4fuR4le6Lt08mipuuxTM796HLGZW0BNmsFKQvzOjdfhNEkD4TSDAHy3Ny_0Gn_4vvYqdo5NjYoWBpB1RjPTi7u/s1600/TdD2015_blog_bones.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="64" data-original-width="404" height="100" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2UfONwWwLnJJ-aVAUZCphTz9DeCVjpy9tnQcmPg2YdCsd1PJxzQk3uL4fuR4le6Lt08mipuuxTM796HLGZW0BNmsFKQvzOjdfhNEkD4TSDAHy3Ny_0Gn_4vvYqdo5NjYoWBpB1RjPTi7u/s640/TdD2015_blog_bones.jpg" width="640" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><u><br /></u></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><u><br /></u></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><u><br /></u></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><u>Sem bicada, sem balão (+)</u></b> - Pode ser «birra» cá do burgo, mas há mesmo que começar por aqui: cinco golos, cinco jogadas que dispensam a bola despejada diretamente pelos defesas na linha da frente. E o lance do 2x0 é um exemplo de que não é preciso muito espaço para colocar um jogador nas costas da defesa adversária: basta fazê-lo na altura correta, quando as circunstâncias do jogo a isso o convidam e não como jogada padrão. Num curto passe, Sérgio Oliveira rasga uma linha de 6 jogadores do Chaves e Otávio fica em posição livre para cruzar para três jogadores em zona de finalização. É refrescante e importantíssimo ver o FC Porto e Sérgio Conceição apostarem nestas bases, e é notoriamente mais vantajoso colocar esta matriz de jogo ao serviço do plantel em vez de uma matriz de jogo ao serviço de um único jogador. Depender de uma equipa para desbloquear jogos é sempre melhor do que depender de um jogador. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><u>Tudo na defesa (+)</u></b> - Iker Casillas não deve ter sujado as luvas, tamanha que foi a eficácia defensiva da equipa, em especial para Diogo Leite e Felipe no jogo aéreo. O jovem português, no lugar de Marcano, ganhou 7 das 8 bolas disputadas pelo ar no setor defensivo e Felipe só perdeu 2 duelos em todo o jogo, não tendo cometido uma única falta, além de ter criado uma ocasião de golo. Alex Telles esteve muito acima do nível demonstrado na Supertaça, mas Maxi Pereira esteve novamente uns furos acima, ao criar quatro ocasiões de golo num jogo em que quase só teve preocupações ofensivas. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><u>Sérgio Oliveira (+)</u></b> - Muito abaixo do nível exigível na Supertaça, Sérgio Oliveira afirmou-se agora como um dos melhores em campo e um dos principais dinamizadores da grande exibição do FC Porto. Descobriu Otávio no lance do 2x0 e esteve no golo de Marius, tendo criado 6 ocasiões de finalização, duas delas flagrantes, entre uma exibição com 93% de eficácia no passe e oito ações defensivas. Curiosamente, desta vez não arriscou no remate e só por uma vez tentou o passe longo. Reduziu a sua amplitude de jogo e jogou mais curto, mas isso não o impediu de estar em todo o lado. Curiosamente, desta vez foi Herrera quem teve a missão de abrir mais o jogo, e acabou por ter sucesso, com 7 de 9 passes longos eficazes e 92% de eficácia no passe, mas desta feita o mexicano não esteve tão forte nas bolas divididas e esteve longe das zonas de finalização, apesar de ter sido o elemento com mais ações com bola (98).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><u>Desequilíbrio (+)</u></b> - Otávio na assistência para os dois primeiros golos (o 1x0 com uma boa simulação de André Pereira - apesar da inteligência em algumas movimentações e de muita vontade, é porventura o principal candidato a 'cair' do 11 em breve), Brahimi novamente a faturar em lance individual, Corona a entrar e a marcar, Aboubakar a bisar (e a ficar a dever a si próprio bem mais noutras ocasiões), Adrián e Marius a entrarem e a terem ocasiões para marcar. Todas as unidades do setor ofensivo do FC Porto marcaram, deram a marcar ou tiveram oportunidades para o fazer, fosse em jogadas pelo corredor, no espaço interior ou através de lances individuais. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Quando é criado um volume tão grande de ocasiões, com nove situações em que não havia opositor entre o jogador do FC Porto e o guarda-redes adversário (e falharam sete delas), não há forma de vacilar: mesmo com um punhado de grandes ocasiões desperdiçadas, o FC Porto não deixou de golear. Procurou sempre mais, praticamente dispensou a meia distância (16 dos 19 remates foram obtidos dentro da grande área) e rapidamente assimilou um futebol que resumia tudo a uma questão: a vitória é certa, falta saber por quantos. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Tópico para reflexão, <b><u>a entrada de Adrián López</u></b>. Se tivesse sido Lopetegui a lançar Adrián, talvez fosse a «espanholização». Se fosse Nuno Espírito Santo, talvez fosse «um frete ao amigo Mendes». Mas como foi Sérgio Conceição a lançá-lo, então é porque o treinador se calhar pode recuperar o jogador. Isto diz tudo sobre o crédito que Sérgio Conceição ganhou no clube. E que continua a fazer por merecer. E praticamente com o mesmo plantel do meio-campo para a frente da época passada, tem um exemplo de que afinal é possível jogar bom futebol, com circulação, apoio e momentos de desequilíbrio individual e coletivo, sem que isso implique ter como jogada padrão jogadores a correr e a caírem nas costas da defesa com passes de 40 metros. Sem imprescindíveis, com uma ideia que se sobrepõe à individualidade. Não é um recado para Marega: é para todo o plantel.</div>
O Tribunal do Dragãohttp://www.blogger.com/profile/01936162976230308650noreply@blogger.com5