A 9 de Novembro de 2014, o FC Porto empatou 2-2 no Estoril. Como todos se recordam, foi um jogador emprestado pelo FC Porto, no caso Tozé, o principal responsável pela perda de dois pontos. O Benfica, como rival na luta pelo título que é, aproveitou e ganhou na Choupana. Já o Sporting, que tinha aqui uma grande oportunidade para se aproximar do FC Porto, empatou 1-1 com o Paços de Ferreira. E daqui um saltinho à gestão à moda de Carvalho: tentar ganhar na secretaria o que não se alcança dentro de campo.
Sabemos através do Record que o Sporting pediu a abertura de um inquérito pela ausência de Kléber do Estoril-FC Porto. Não há o mínimo pressuposto para a abertura do inquérito, mas como Luís Duque disse hoje, os clubes podem sempre protestar, . E se já vimos deste clube um pedido à UEFA para ser indemnizado ou repetir um jogo onde foi prejudicado, e até mesmo queixas por se cumprirem regulamentos, de Bruno de Carvalho pode-se esperar tudo. Sobretudo o ridículo.
A 6 de Novembro, o Estoril jogou em Moscovo. Aos 73 minutos, Kléber pediu substituição, numa altura em que já mal conseguia correr. Couceiro acedeu ao pedido. Três dias depois havia jogo com o FC Porto e já havia Mano, Balboa e Bruno Miguel lesionados. Não havia por que arriscar.
O Estoril regressou a Portugal e Kléber não treinou. A 8 de Novembro, Couceiro explicou a situação. Quanto às alterações, o treinador apenas garantiu a utilização de Tozé,
médio emprestado pelos portistas, precisamente: «Vai recuperar e vai
jogar sem qualquer tipo de problema, em relação ao Kléber não tenho essa
certeza, como não tenho em certeza em relação ao Diogo Amado, ao Kuca,
ao Matías Cabrera. Depois temos o Mano, o Balboa e o Bruno Miguel de
fora.»
Cabrera não recuperou e não foi convocado. Kléber foi convocado, mas à condição. No dia de jogo, não foi sequer para o banco, por não ter recuperado a tempo. No jogo seguinte, que foi disputado apenas a 28 de Novembro (três semanas para recuperar), Kléber já foi a jogo.
Já se sabe que Bruno de Carvalho até dos médicos do próprio clube duvida. Por isso acusa o boletim clínico do Estoril de mentir quando este deu Kléber como indisponível. E também acusa José Couceiro de mentir, quiçá pela guerra recente pela presidência. E até o presidente da SAD do Estoril já atacou. Parece haver mais ressentimento para com o Estoril do que para com o FC Porto, que não teceu um único comentário sobre Kléber e não houve uma única notícia a apontar para um impedimento (e se tivesse havido, como houve com Miguel Rosa e Deyverson, de certeza que os jornais não deixavam escapar o furo, sobretudo os títulos da Cofina). Mágoas por não ter chegado a Esiti e Sebá, quem sabe. Ele sabe.
O Record dá como exemplo numa exposição de um clube à comissão de inquéritos o caso Maciel, de 2005/06, que curiosamente começou a ser muito falado depois de retratado aqui. Pois é, nesse caso Jorge Jesus, o catedrático que desconhece os regulamentos, deu com a língua nos dentes e disse que havia um acordo de cavalheiros para Maciel não jogar. O Benfica fez a exposição à liga com uma base mínima para o processo: os acordos de cavalheiros eram proibidos e tinha sido o treinador do Leiria a revelá-lo. Mas o inquérito foi arquivado.
Com uma declaração de um interveniente a denunciar que houve acordo de cavalheiros, o processo não avançou. Então Bruno de Carvalho, no seu espírito revolucionário, quer avançar para um inquérito quando a base para isso é zero. O que se sabe? Que Kléber saiu magoado frente ao Dínamo Moscovo, que foi dado como inapto pelo Estoril e que falhou um jogo onde foi um jogador emprestado pelo FC Porto a tirar pontos ao próprio FC Porto.
Oh senhor presidente, isto não é coisa para a comissão de instrução, para isto é melhor chamar a PJ e meter o Kléber à frente do Carlos Alexandre.
À margem do ridículo a que o Sporting se volta a expor (ou melhor, do ridículo a que Bruno de Carvalho volta a expor o Sporting, porque o clube não tem culpa), concordemos que é tempo para esclarecer de vez os estatutos dos empréstimos. Limitar ou extinguir os empréstimos seria óptimo para o FC Porto (já há equipa B e assim poupa-se a dança de jogadores que só dão despesa), mas para os clubes pequenos pode ser um rombo. A solução alternativa? Deixar que os clubes negoceiem e exponham os termos de cada empréstimo, sem restrições.
Espero que os calimeros avançem com a queixa para serem completamente expostos ao ridículo
ResponderEliminarNa minha opinião, isto é uma total irresponsabilidade da liga. Bastava colocar cláusulas contratuais, nos empréstimos dentro da mesma liga, em que o jogador não pode jogar contra a própria equipa. Fácil, justo e livre de polémicas. Seria igual tanto para os "Klebers" como para o Zé Tó do Avintes.
ResponderEliminarAgora, em relação ao caso do Rosa e do Deyverson, aí sim, estamos a falar de outra situação nunca antes vista no futebol. É o atropelo das regras e verdade desportiva à vista de toda a gente!
Só uma questão, o Toze está no Estoril por empréstimo ou foi cedida uma percentagem do passe aquando da venda do Evandro ao FCP, tendo o jogador contrato com o Estoril?
Tozé está por empréstimo de 2 épocas no Estoril tendo o clube da linha ficado com 35% do passe do jogador.( Creio que seja 35%, não tenho a certeza absoluta).
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