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segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Meio despertador


Os «ses» nunca mudam a história. Mas vamos imaginar, meramente, que o Tondela teria aproveitado uma das suas oportunidades nos minutos finais. Seria esta a composição do FC Porto num jogo em que estava obrigado a ganhar: um meio-campo com claro défice de criatividade; um lateral a jogar a extremo; e Marega sozinho no eixo do ataque. É muito pouco provável que, há dois meses atrás, fossem estas as armas idealizadas para o ataque ao título. 

Sérgio Conceição tem um leque de opções limitado, e é o último a ter culpa nelas, mas entrar em fase tão prematura da época sem um ponta-de-lança no banco e com Hernâni como sendo o mais próximo de um avançado que lá estava tem que servir de alerta. E sê-lo-á repetido contra Moreirense e Braga, enquanto o mercado está aberto, pois só a partir de então teremos que nos contentar em ir à luta «com o que temos». 

Em 2013-14 o excelente início de época (seis vitórias consecutivas - e a sétima só não aconteceu devido a uma das grandes penalidades mais ridículas da história do futebol português, a célebre mão de Otamendi fora da grande área) virou-se contra o plantel e o treinador no decorrer da época; não deixar isso acontecer novamente tem que estar no topo das prioridades. Já fomos campeões com recurso a talentos da formação, com o regresso de emprestados e transitando a base de uma época para a outra; mas campeões após um defeso sem reforços...




Laterais (+) - Ok, quantidade não é qualidade. Ricardo e Alex foram responsáveis por nada mais, nada menos do que 17 cruzamentos para a grande área - e de todos esses, só um resultou num remate à baliza, embora 4 tenham sido desaproveitados pelos colegas. Mas ao longo de todo o jogo, não só a dupla de laterais cumpriu defensivamente como não vacilou na função de garantir sempre a profundidade nos corredores, muitas vezes com os dois projetados em simultâneo. É necessário melhorar a precisão dos cruzamentos, mas ambos estão a cumprir com o que Sérgio Conceição idealiza para eles.

O desequilíbrio (+/-) - Jesús Corona fez, a espaços, um dos seus melhores jogos em muitas semanas no FC Porto. Corona esteve na origem do golo, sentou várias vezes a defesa do Tondela e fez estragos pela meia direita. No seu estilo habitual, Brahimi voltou a ser o principal desequilibrador (completou mais dribles do que o resto da equipa) e voltou a fazer parecer simples a forma como, em meio metro, consegue ganhar um de avanço a um defesa com uma finta curta. Mas houve sempre um problema para ambos: o momento da definição. Mais um toque, mais uma volta, mais uma hesitação, e com isso perderam-se vários lances em que Corona e Brahimi poderiam ter ido bem além do desequilíbrio e chegado ao golo, quer com o passe, quer com o remate. A magia está cá, mas precisa de resultados mais práticos.


Aboubakar (+/-) - Um golo à segunda oportunidade, uma bola ao poste e muito trabalho longe da grande área. Muito apagado na fase inicial da partida, cresceu com o jogo e a equipa cresceu com ele, embora poucas vezes tivesse sido bem servido na grande área. Quando o foi, conseguiu ser eficaz e assinou os três pontos.




Demasiado desacerto (-) - Desacerto no passe, desacerto nos cruzamentos, desacerto no remate. A equipa falhou uma quantidade de passes anormal (um a cada quatro), muitos desses erros por causa da precipitação e pressa em querer jogar rapidamente para a frente. A forma como a equipa, a determinada altura, procurava invariavelmente as costas do lateral foi abusiva e previsível, a ponto de o Tondela ter acabado por anular esses lances. Os remates também não foram particularmente felizes: em 16 tentativas, apenas 4 à baliza. Volta a revelar-se a impressão de que o FC Porto quer fazer as coisas tão depressa e tão bem que acaba por antecipar erros que seriam evitáveis com mais calma.

Que lógica? (-) - Rui Pedro é, opinião, superior a Marega. Sérgio Conceição tem o direito a não achar o mesmo e, depois do bis frente ao Estoril, é normal que Marega fosse a aposta natural para o lugar de Soares. Mas o que está em causa não foi quem estava no 11: foi quem esteve não esteve no banco. Rui Pedro não foi convocado para a equipa B para estar na bancada no jogo da equipa A? Se não havia planos para levar Rui Pedro para o banco, para quê levá-lo a passear só para estar na bancada? Em 4 jogos em que Rui Pedro poderia ter somado minutos importantes para o seu crescimento não jogou nenhum. Não fiquem à espera que cresça na bancada. 

Duas vitórias em dois jogos, o mesmo saldo da época passada. Pézinhos no chão e muito, muito trabalho pela frente. E não só para o plantel e o treinador. 

7 comentários:

  1. De acordo, se não vai ser opção na A, deixem o RP jogar na B. Qq outra coisa é...estupido.

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  2. pois.... repetindo o comentario ultimo, a equipa esta a cometer exatamente as mesmas asneiras de epocas anteriores, a diferença esta no poderio fisico na frente sem o qual o porto de SC nao ganhava nem ao estoril , nem a0o tondela. Temos demasiados jogadores pouco intensos e fisicamente frageis e lentos. PRECISAMOS DE 3 JOGADORES A SERIO PARA O MEIO CAMPO, JOGADORES RAPIDOS, FISICAMENTE FORTES, INTENSOS E RAZOAVELMENTE TECNICISTAS, uma equipa com0 o porto nao pode ter durante tantas epocas jogadores como andre2 ainda assim o menos mau as vezes, herrera as vezes la lhe saem bem as coisas, layun uma anedota, teixeira , hernani que tirando a velocidade nao da uma para a caixa, maxi nao se sabe o que vai acontecer, enfim .... os jogadores sao os mesmos e pode ver guardiola, mourinho, zidane, conte, ou qualquer outro que nao fara muito melhor. Temos um presidente fora do assunto, acabado, com problemas da idade, ausente, a ma gestao atirou nos para a impossibilidade de contratar, a falta de agressividade, dinheiro e pasmaceira existente em relaçao ao mercado torna nos uns bananas, ate agora safamo nos mas a tangente nos dois jogos, soares so esta fora porque SC nao soube gerir o seu descanso ppndo o a jogar de manha e de tarde, quanto a r pedro contra este tipo de equipas nao vai la, NESTA ALTURA A NOSSA MAIS VALIA E O PODERIO FISICO A FRENTE, no resto tudo esta igual corona mais ativo mas pouco certeiro, brahimo inventa e depois estraga tudo, telles centra mal, oliver com pressao em cima perde eficacia e nao aguenta 50 minutos, filipe esta a meter demasiada agua, NAO ESTAMOS MELHOR QUE NAS OUTRAS EPOCAS, O TREINADOR NAO PODE FAZER TUDO, FALTA NOS QUALIDADE E INTENSIDADE, PRECISAMOS URGENTEMENTE DE 3 JOGADORES MESMO A SERIO PARA O MEIO CAMPO. Nao percebo como otavio nao entrou no jogo quer me parecer que SC esta a começar com os arrufos dele e a querer ser um tipo porreirinho para alguns.

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    1. Os "ses" nao mudam a historia mas, se o Abou concretizasse apenas metade das oportunidades que teve.... era outra goleada...

      Se o "padre" tivesse marcado a penalidade... mudava completamente o jogo....

      Bono Cop,

      No post anterior eram 2 jogadores para o meio... hoje ja são 3...

      Se dar 4 é safar a tangente que seja a tangente todos os jogos!!!!

      Afinal fazemos alguma coisa de jeito ou sao um grupo de miudos mimados pendurados nos avancados???

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  3. A análise do autor é pertinente mas gostaria de referir antes de mais que são três pontos muito importantes num campo tradicionalmente difícil para o FCP.
    Entrando também na teoria dos "ses" gostaria de dizer que se a grande penalidade tivesse sido assinalada e aquele remate ao posto tivesse entrado, estaríamos a falar com outro entusiasmo mas o nem sempre vai ser possível vencer por goleada, no entanto, concordo que se notou alguma ansiedade e principalmente alguma tremideira na parte final mas penso que são estes jogos que vai trazer tranquilidade e maturidade à equipa.
    Quanto ao plantel, totalmente de acordo com o texto, Marega apesar do bis não me parece que seja solução para o FCP, e na ausência de um dos titulares ainda mais notório se torna.. e não levar Rui Pedro não lembra a ninguém mister!
    Como já tinha referido anteriormente, falta claramente um avançado e um extremo.

    Cumprimentos

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  4. «os "ses" nunca mudam a História. Mas vamos imaginar meramente que o» Grupo Organizado de Padres assinalava aquela grande penalidade sobre o Marega, logo aos 10'. e que aquela era concretizada. estávamos a falar de um jogo completamente diferente, porque o teríamos desbloqueado. é só uma outra perspectiva de um mesmo jogo, que aconteceu e com a qual não nos podemos alhear.
    de resto, de acordo com a situação do Rui Pedro.

    Miguel Lima | 92° minuto

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  5. Sim amigos. São análises correctas. Mas temos que continuar unidos. Agora não há nada a fazer.
    Viram como cortamos a meta na Guarda? Tem que ser assim. Abraço

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  6. serei o unico a achar estranho as duas! capas! do rascord e do panfleto da queimada com gde destaque a nossa vitoria e gde foto do abou? tipo, chamar a atencao para o levarem daqui pra fora, numa altura q se sabe q o Lorient quer vender a sua parte?
    nao sei, mas cheira me a esturro...que seja o jogo a faze lo 'e normal, mas aqueles dois...
    manu365

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