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quinta-feira, 30 de outubro de 2014

A aliança que afinal tinha três vértices

Poupo-me às considerações sobre Luís Duque. Quem é eleito com 46 votos a favor, 5 brancos e 2 nulos (daqueles espécimes iluminados que são do contra, que estão já de faca afiada para todo o mandato, mas que não conseguem apresentar uma única alternativa), merece o mínimo crédito.

Boa ou má, é uma
escolha dos clubes.
A história da renúncia ao salário é irrelevante. Para quem não sabe, o presidente da liga só passou a ser remunerado a partir da chegada de... Fernando Gomes. Hermínio Loureiro foi presidente da liga não remunerado, mas ia picando o ponto em São Bento - onde Duque também já teve a oportunidade de almoçar, e bem. Logo a história do ter uma missão e não um emprego é para inglês ver, pois a missão tem todos os custos certamente cobertos.

A entrada de Luís Duque não é uma notícia tão boa quanto a saída de Mário Figueiredo. Mas a liga são os clubes, e os clubes votaram em massa nesta solução. Mas não é disso que se fala, mas sim de uma suposta aliança entre Benfica e FC Porto.

Fala-se em tréguas, em aliança, em consenso. Posso resumir tudo isso a isto: fala-se de parvoíces. É alguma novidade que FC Porto e Benfica estejam de acordo quanto ao candidato a apoiar na liga?

Vamos recuar até 2012. Quem apoiou o Benfica? António Laranjo. Quem apoiou o FC Porto? António Laranjo. Porque é que na altura não se falou em aliança, nem em tréguas, nem em nada que se pareça? Talvez porque na altura o Sporting apoiou... António Laranjo. Sim, os 3 grandes apoiaram o mesmo candidato. E esse candidato foi batido por Mário Figueiredo, que iludiu os clubes pequenos com o alargamento e a promessa de maiores receitas (isto vindo do tipo que durante a sua gestão apresentava um défice de exploração de 9 milhões de euros - pausa para rir).

Portanto, que FC Porto e Benfica estejam de acordo quanto à liga não é novidade. Mas certamente que é conveniente passar a ideia que sim, pois ao visionário que se auto-excluiu interessa pôr-se à margem da aliança que o próprio clube formou em 2012. Para alguém que glorifica e invoca tanto o passado, Bruno de Carvalho parece ser bastante selectivo nessas memórias.

Que Pinto da Costa e Antero Henrique tenham precavido da melhor forma os interesses do FC Porto na liga (no que resta dela - e o que resta também não durará muito) é tudo o que se deseja.

1 comentário:

  1. O seu ultimo ponto diz muita coisa..acho que todos nos la no fundo sabemos que alguem vai ficar a ganhar e alguem vai ficar a perder..no poleiro so cabe 1 galo..e na hora da verdade espero que o galo tenha sido o do porto..espero eu..

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