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segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Deu para muito e dá para muito mais

O Gil Vicente é fraquito. Quão fraquito? Tão fraquito que em 15 jornadas ainda não venceu um único jogo. E tão fraquito que para perder na Luz teve que ser com um golo em fora-de-jogo. A vitória por 5x1 foi justificada em pleno e podia ter sido bem mais gorda. Dava para mais em Barcelos... e pode dar para muito mais nas 19 finais que restam até ao final do Campeonato.

Os primeiros 20 minutos foram maus, mas apesar de ser essa a vontade de todos não é fácil entrar a matar. Muito menos contra uma equipa ultra-defensiva, no único campo em que o FC Porto de Vítor Pereira perdeu no Campeonato e contra um treinador que, durante mais de 5 anos, foi o único a ir buscar três pontos ao Dragão. Mesmo contra dez em grande parte do jogo, a partir daí foi do melhor FC Porto que se viu esta temporada. Em qualidade, dinâmica, concentração e sobretudo em atitude.

Apesar de Brahimi e Aboubakar terem partido para a CAN, Lopetegui tem margem para rodar convenientemente o plantel entre Taça da Liga e Campeonato nas próximas semanas. Há segundas linhas que vão aparecer em Janeiro com maior espaço, o que vai permitir evoluir alguns jogadores e aumentar a competitividade do plantel. E acima de tudo, aproximar este FC Porto da dimensão que 23 mil adeptos num treino merecem.





Óliver (+) - Com a expulsão de Jander, o Gil Vicente perdeu a (pouca) capacidade de pressão que tinha no meio-campo. Isso permitiu que Óliver pudesse receber a bola em zonas mais adiantadas e que não estivesse tão agarrado ao início de construção. O resultado foi uma exibição de requinte, no papel de organizador de jogo, a oferecer sempre uma linha de apoio ao portador da bola. O golo foi um pormenor que a sua exibição, já fantástica, dispensava. Gracias a Lopetegui por ter convencido os adeptos - e sobretudo a SAD - que ter um miúdo de 19 anos emprestado era uma boa ideia. Poucos ou nenhuns achariam o mesmo e este mérito, aqui, jamais será esquecido.

Dinâmica e atitude (+) - A facilidade com que o FC Porto conseguiu criar situações de finalização e entrar na grande área foi assustadora, no bom sentido. O facto do Gil Vicente estar reduzido a 10 contribuiu para isso, mas o FC Porto nunca se encolheu, nunca abrandou o ritmo de jogo e procurou sempre o próximo golo. Os 5 golos não nasceram por o Gil Vicente ser ultra-defensivo, nasceram por o FC Porto estar sempre com o pé no acelerador. Isso levou a que nem me chateasse com a expulsão de Alex Sandro: ao minuto 90 ainda foi com tudo tentar ganhar uma bola. É esta a raça que faz os campeões, rapazes.

Outros apontamentos (+) - Madjer, perdão, Indi foi verdadeiramente uma excelente contratação do FC Porto. Isto porque por norma os nossos patrões da defesa ou são criados por cá ou precisam de 2 ou 3 anos de casa para se adaptarem. Indi chegou e mandou. Herrera pecou pela finalização (quem aparece tão bem em zonas de finalização tem que ser mais eficaz), de resto esteve em bom nível, dinâmico e a assegurar a verticalidade do meio-campo. Brahimi regressou ao seu nível na segunda parte (onde também vimos o melhor Danilo), Jackson Martínez desperdiçou algumas ocasiões mas fez o golo da ordem e voltou a mostrar que tem reportório para ser mais do que um finalizador. Até deu para Ádrian se envolver na manobra colectiva da equipa, finalmente, e não parecer um corpo estranho.





Duo em baixa (-) - Um bom golo não faz uma boa exibição. Mais que isso, nem sempre salva uma má exibição. Casemiro fez um golo de levantar qualquer estádio, mas até aí foi um acumular de erros que volta a dizer que a titularidade só se vai justificando por estatuto (e pela ausência de Rúben Neves). O problema nem é, como se ia vendo de Ádrian, o passar ao lado do jogo; é fazer asneira quase sempre que interfere no jogo. Oxalá que o grande golo seja o despertador. E mais uma prova de que vir de um clube grande não é garantia de nada é Tello. Sem Brahimi, esta é altura de ver o Tello rápido, explosivo, que entra com facilidade na grande área e é forte no um para um. Nos últimos jogos, tem-se visto pouco mais que zero. Em Barcelos foi mesmo um zero, tanto que Lopetegui não lhe deu mais que 5 minutos para se redimir da má primeira parte. Se o Barcelona te quiser fazer regressar de certeza que não é pelas boas exibições, Tello.

12 comentários:

  1. Oliver é um fenomeno, é nos pormenores que se ve os grandes jogadores e Oliver demostra-o de jogo para jogo. É pena que seja por emprestimo, no entanto estes minutos que ele leva ao lado dos colegas tem feito para que jogadores, nomeadamente Quintero e Herrera, ganhem mais confiança, isto é, ao ver as suas jogadas e a sua atitude perante o jogo se abram mais ao jogo e tenham uma atitude com mais confiança. E mesmo os jogadores mais experientes nao ficam indiferentes e tambem ganham com isso: tenho visto um Jackson a fazer coisas (como ir buscar a bola atras e a tentar o golo com remate como aconteceu no seu golo) ou mesmo Adrian, que mesmo assim ainda lhe falta muita confiança nas suas verdadeiras capacidades. Oliver de facto é uma estrela e nao me vai espantar mesmo nada que ganhe um dia a bola de ouro. Quanto a Tello, mais uma vez é a questao de confiança, mas penso que por outros motivos: deve ter a ver com a lesao de que saiu (e bem sei eu que tive uma rotura no gemeo ha cerca de 1 mes e apesar de ja estar curado mesmo uma simples caminhada me faz ter receio.....)...... de qq modo ele tem qualidade e dos 3 (Casemiro, Oliver e Tello) acho que é o que o FCP devia apontar baterias para a compra definitiva do passe, tendo em conta a preço e as alternativas para a sua posição no futuro a dois anos. Gostava ainda de dizer que Jackson apesar de ser o segundo melhor marcador estrangeiro do FCP, ficou ainda com uma distancia consideravel do recorde do grande Jardel, mas estou com uma fezada que vamos ter um jogador que nos vai meter em duvida a continuidade desse recorde no proximo ano: Aboubakar.

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  2. Óliver Torres.

    No início, não achei necessária a sua contratação, sendo um jogador jovem, com uma cláusula que não podíamos pagar, ainda para mais sendo por um empréstimo sem opção de compra.

    Passados uns meses, só tenho a dizer o seguinte: Óliver é um jogador tremendo, tem uma qualidade soberba para a sua idade, marca a velocidade do jogo, comanda o meio campo, ataca e defende, deixa tudo no campo, cola a bola ao pé, trabalha sem ela, tem uma visão de jogo e qualidade de passe excelente. Sinceramente, não vejo ninguém no mundo com menos de 20 anos e a jogar com a mesma classe deste menino, que é mais um senhor.

    Para o ano, penso que vai fazer uma grande falta à nossa equipa. Não vejo ninguém no nosso plantel que consiga fazer o papel dele. Gostava muito de o ter mais tempo, mas é praticamente impossível.

    Gostava de perguntar ao TdD se pensa como eu: Casemiro não rende o suficiente (na minha opinião) para a posição 6 que é a fundamental; Rúben Neves tem apenas 17 anos e pode não ser o suficiente para jogar a época inteira a titular; Campaña ainda está a rodar na B. Será que o Clasie não está a fazer falta?

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  3. Exibição excelente de Oliver, neste momento o melhor do meio campo! Casemiro, é o jogador mais sobrevalorizado que existe... é incrível, um jogador lento, que perde bolas atrás de bolas, que pensa e executa devagar e é visto por muito como um crack!? COMO É POSSIVEL ? O jornal OJOGO dá nota 7 ao Casemiro e 4 ao A.Sandro! Simplesmente inacreditável!

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    1. Quando se chega ao ponto de descrever Casemiro como "o jogador que agrada mais a Dunga do que aos adeptos portistas", podemos concordar que o síndrome As/Marca é contagioso.

      Se o Casemiro fizer jus a metade dos elogios que recebe, regressará a um bom momento.

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    2. O que é triste mas realmente não deixa de ser verdade. Conto pelos dedos das mãos as boas exibições que o casemiro fez no porto, é um jogador fraco que não tem categoria nem para o Porto quanto mais para o Real Madrid.

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  4. Ta tudo muito certo, mas continuo sem concordar com a opção Oliver! Ele até pode ser o melhor em todos os jogos, mas nada justifica o porto ser clube satélite de ninguém, é uma falta de honra e inteligência andar a servir de incubadora para que no fim chegue o Atletico e é só servir-se porque o trabalho difícil já esta feito! Até o jogador não vai sentir nenhuma ligação ao clube, porque sabe que está aqui a prazo e com o único objetivo, de no próximo ano fazer parte do plantel do Atletico, que “mística portista” é esta?!

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    1. Até o melhor jogador da equipa se usa como exemplo para condenar a falta de mística?

      O Óliver Torres tem qualidade, dá tudo em todas as jogadas, está cá de passagem mas festeja cada golo como se tivesse nascido cá, nunca o vi a tirar o pé, criou empatia com os adeptos e é um animal de competição do primeiro ao último minuto.

      Se isto não é «mística», então não sei o que é. Mas acusar esta operação de falta de honra e inteligência já sei o que é: falta de uma das duas coisas apontadas na frase anterior.

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    2. Tomara a muitos jogadores portistas de coração e cheios de mística trabalharem como trabalha o Óliver e sobretudo, renderem como ele rende. Mas podemos sempre trocar o Óliver pelo Licá (grande portista), pelo Josué (grande portista) ou pelo Castro (grande grande e enorme portista).

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    3. TdD acha que poderemos extender o empréstimos de óliver?? caramba é um jogador à porto, vai-me custar vê-lo partir em Junho.

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  5. Lopetegui teve mais paciência que eu teria, certamente.
    Aos 20 minutos, já reclamava e muito com Casemiro, e teria retirado o brasileiro do campo ali mesmo, depois daquelas 2 perdas de bola infantis.
    Felizmente o golo motivou-o e passou a errar menos. Que se mantenha motivado.

    Tenho de concordar que o Gil é fraco. Assim como o Vitória (de Setúbal), a Académica e o Penafiel. São equipas fraquíssimas que nivelam por baixo esta Liga. Assustador é o quão fraco é o líder, com um plantel limitado, tacticamente frágil, passando por grandes dificuldades contra qualquer equipa que lhes ganhe o meio campo - Braga, Sporting - e contra qualquer outra equipa que lhes dificulte a vida na defesa, tal como fez o Gil na última jornada. Mais assustador ainda é saber que perdemos em casa um jogo que devia ter sido tão fácil. Porque o nosso meio campo não existiu.
    Outra equipa com bom meio campo é o Vitória (de Guimarães). Espero uma boa surpresa no próximo fim de semana e que o (nosso) André faça das suas.


    PS. O que se passa com o Alex Sandro? O quarto cartão amarelo que viu foi na véspera do clássico, a pedido. Pensei eu, quer limpar contra o Vitória de Setúbal. Não o fez. Agora o quinto, novamente a pedido, e aquela paragem cerebral. Suspensão sem limpar. Fantástico...


    AA

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  6. Óliver faz-me lembrar um misto de Deco com Lucho, ainda que considerando as devidas diferenças. Vejamos, controlo de bola acima da média, excelente visão de jogo, excelente timing no passe e na definição do ritmo da equipa. Tem pulmão de sobra para fazer a equipa jogar e ainda ocupar os espaços sem bola. Estamos perante um puto de 20 anos que já é um protótipo avançado de jogador completo.

    Não me parece que tenhamos hipóteses de o contratar a titulo definitivo mas um prolongamento do empréstimo por mais 1 anos, mesmo com contrapartidas financeiras favoráveis até não seria mau. Entretanto daria tempo para prepararmos um sucessor à altura.

    O facto de termos jogadores interessantes nos quadros (danilo, alex sandro, jackson e Herrera) até poderiam entrar numa negociação com o atlético pelo Óliver mas parecer extremamente dificil e improvável, os espanhóis não devem andar a dormir...

    Por mim se é ou não dos quadros, se é ou não portista de pequenino pouco importa. Importa sim a sua garra e rendimento em campo e quanto a isso até ver, não há argumentos contra, o miúdo sabe o que faz em campo, o miúdo manda em campo, o miúdo neste momento é titularíssimo no miolo do porto portanto emprestado ou não, temos de garantir que fique connosco o maior tempo possível.

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  7. Os árbitros sao uma desgraça. Acham-se mais importante que o próprio jogo. Protestas comigo? Dou-te um amarelo porque eu nao levo desaforo para casa. Tentas enganar-me? Levas um amarelo porque a mim ninguém me engana. E assim, acumulam-se amarelos que podem resultar em vermelhos que resultam num jogo estragado. Sem necessidade nenhuma, porque era de muito mais bom senso deixar jogar sem se armar em parvo. Mas os árbitros acham-se mais importantes que o próprio jogo. Luís F

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