Pages

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Revolta à Porto


45 minutos do FC Porto que todos querem ver: qualidade, capacidade de reação, determinação, união e a força suficiente não só para dar a volta a um adversário, como a uma escandalosa arbitragem, com um golo mal anulado (mais um a André Silva - quase que já poderia estar a lutar pela Bota de Ouro) e um penalty do tamanho da incompetência de Vasco Santos sobre Maxi Pereira. 

A equipa termina o ano com a quinta vitória consecutiva (falta a Taça da Liga, mas essa competição não deveria servir para mais do que colocar jovens e habituais suplentes em campo), confiante, com o objetivo Champions cumprido, numa das vagas de acesso direto à Champions e na luta pelo título. A Taça de Portugal foi o único objetivo que ficou por terra.  Há ainda muito por fazer e para crescer, mas a equipa está na luta. Como estava no ano do último título. Como estava na época passada. 




Iker Casillas (+) - Muito antes da reação do FC Porto na segunda parte, houve alguém que manteve a equipa de pé na primeira, evitando que ficássemos com o mesmo ar perplexo de quando vimos o Olhanense a ganhar por 2x0 no Dragão em 2010. Uma, duas, três belas defesas de Casillas, sem hipóteses no golo do Chaves. Nem na Champions ou nos clássicos tinha sido solicitado a este nível. Absolutamente decisivo.

Maxi Pereira (+) - Há muito que não cruzava tantas vezes e tão bem: bateu o recorde de eficácia de cruzamentos nesta época, com 41% de acerto (o recorde era de Layún, 35%). Curiosamente até foi Alex Telles a conseguir uma assistência com um cruzamento, mas toda a ação de Maxi Pereira no meio-campo adversário (a fazer lembrar o melhor Danilo nos movimentos interiores e na entrada na grande área) fez dele um dos melhores em campo. 

Danilo Pereira (+) - Personifica tudo o que deve ser não só um jogador à Porto, mas também um capitão: é um líder em campo e uma bússola para todos os momentos. Percebeu que a equipa precisava de si para outras funções na segunda parte e assumiu-as: subiu mais no terreno, progrediu mais com bola e foi lá à frente fazer o golo da vitória num remate de raiva. Na defesa, o habitual: o jogador com mais recuperações e desarmes em campo, além dos sempre assinaláveis 94% de acerto no passe. Um jogador à Porto.


Brahimi (+) - É um jogador que espelha o próprio plantel: nem sempre vai jogar bem, nem sempre vai optar pela melhor solução, mas podem contar com uma coisa - nunca vai desistir de tentar. Este FC Porto não tem a consistência desejada, uns dias joga pior e outros melhor, mas os jogadores nunca desistem de lutar. Brahimi foi assim no prisma individual: antes do golo do empate, era o mais rematador, o principal desequilibrador, o jogador que mais faltas arrancou e o que mais duelos ganhou. Acusou um pouco o cansaço e a enxurrada de faltas que sofreu, mas com ele em campo o FC Porto tem sempre uma via para atacar a baliza.

Reação na segunda parte (+) - O FC Porto, sobretudo através de Maxi Pereira, estava a fazer bons cruzamentos para a grande área; André Silva estava a ganhar bolas de cabeça, mas era curto, sobretudo porque Diogo Jota não estava a ter presença em campo. Há um ponta-de-lança no banco cuja utilidade se resume essencialmente a isso: presença na grande área e jogo aéreo. A decisão era óbvia, NES desta vez optou por ela e o FC Porto não só lançou-se para a reviravolta como Depoitre conseguiu um belo e importante golo. Foi apenas a 2ª vez nos últimos 3 meses que Depoitre jogou no Campeonato e, ao 3º toque na bola, foi decisivo. Oportunidade para tentar aproveitar aquilo que o jogador possa oferecer à equipa, uma vez que o FC Porto não pode vendê-lo para outro clube europeu em janeiro (já jogou por 2 clubes esta época).

Muito antes, o FC Porto já se tinha transfigurado. Mais incisivo no ataque, laterais envolvidos na frente, os próprios centrais a acelerarem no início de construção, Danilo Pereira a libertar-se das funções de pêndulo para passar a ser um todo-o-terreno e Óliver Torres mais interventivo perto da grande área. O FC Porto aumentou a pressão sobre o Chaves, empurrou o adversário para a sua grande área e com isso chegou à reviravolta, com mérito, mas com esforço e naturalidade pela sua supremacia. O problema? Que tenha sido necessário 45 minutos e um golo de desvantagem para o FC Porto abordar o jogo desta forma.

CHUTA! (+/-) - É algo que falta imenso aos médios do FC Porto: capacidade de meia distância. Ontem foi mais um exemplo, com duas ocasiões em que Óliver tem oportunidade de rematar, mas hesita, hesita e perde-se a ocasião. Danilo deu um pontapé nessa tendência e com isso fez o golo da vitória. A rematar é que se faz golo, e os médios têm que perceber que não têm que estar sempre a olhar para Jota ou André Silva: podem olhar diretamente para a baliza. 




A primeira parte (-) - Quando o nosso guarda-redes chega ao intervalo com o triplo das defesas do guarda-redes do Chaves, não é preciso dizer mais nada. O FC Porto foi incapaz de lidar com os perigosos contra-ataques do Chaves e voltou a ser a equipa lenta, sem clarividência e previsível que foi durante grande parte desta época. Diogo Jota e Jesús Corona foram duas unidades que pouco ou nada acrescentaram no ataque, algo que pode levar NES a repensar algumas opções: a consistência na equipa não está em repetir sempre o mesmo 11, mas sim em ter uma base assumida (de 9 ou 10 jogadores) e princípios de jogo enraizados no plantel. A consistência está em trocar 1 ou 2 jogadores e não se sentir diferença, não em repetir sempre o mesmo 11 mesmo quando alguns jogadores estão em baixo de forma. A rever.

Reviravolta e recuo (-) - Vai sendo um hábito: o FC Porto apanha-se a vencer e NES recua. Se é verdade que leu bem o jogo com a entrada de Depoitre (criticável só o facto de só ter assumido essa alteração aos 63 minutos), NES voltou a dar sinais de que não confia na equipa por si própria para continuar a assumir o jogo em terrenos mais adiantados. Pouco após o bom golo de Danilo, sai Óliver, o médio criativo, e entra Rúben Neves, o médio de caraterísticas defensivas que estava no banco. 

«Era preciso equilibrar a equipa», dirão. Mas que desequilíbrio foi esse que existiu? O FC Porto manteve a sua matriz, com a diferença de jogar com a dupla André Silva-Depoitre, em vez de Diogo Jota. E onde estava o perigo do Chaves? No contra-ataque, na transição rápida. Por isso, o que o FC Porto tinha que fazer era continuar a cair no início de construção do Chaves, obrigando o adversário ao pontapé longo não por leitura da movimentação de um colega mas por obrigação. Podem encarar isso como pragmatismo e respeito pelo adversário, mas isto é o Dragão e o adversário era o Chaves. Há que confiar que os jogadores em campo conseguem manter uma vantagem frente ao Chaves sem que seja necessário virem, a partir do banco, sinais de recuo e de defesa do resultado. 

Bom Natal para todos os portistas e que o presente mais desejado chegue em Maio.

17 comentários:

  1. Não entendam o que escrevo abaixo como um incitamento à violência, nem um apelo à acção directa, nem tão pouco à “justiça à moda de Fafe”.
    Resulta sim de uma tentativa de antecipação do que poderá vir a acontecer, com base no que tenho vindo a ouvir, em especial à saída do Dragão após os últimos jogos para o campeonato nacional.

    Qualquer adepto de futebol minimamente atento e que veja o futebol sem óculos de clubite já percebeu que não é apenas o árbitro A ou B que normalmente favorece o SLB e prejudica os adversários directos SCP e especialmente o FCP. São TODOS!
    Não vou aqui elencar os exemplos recentes de erros de arbitragem com clara influência nos resultados, pois esses são mais do que muitos, nem tão pouco é esse o objectivo deste pequeno texto.
    Felizmente que existem as redes sociais para os denunciar (aos erros e aos juízes) e não os deixar cair em esquecimento. Pois, por motivos que não vêm ao caso, sabemos que não podemos contar com TVs e jornais para o efeito.

    Mas voltando à arbitragem.
    Não sendo erros esporádicos nem apenas de uma minoria, nem tão pouco obra do acaso, teremos forçosamente que concluir que têm por base instruções, directivas ou como lhes quiserem chamar, que vão no sentido de in dubio, não pro reo, mas sim em benefício do slb, que “vêm de cima”. E quem as cumprir sabe que terão contrapartidas, como promoções, nomeações, boas notas dos observadores, etc… Obviamente não tenho como provar a existência destas instruções, mas resultam mais do que evidentes da análise do status quo.
    É para mim mais do que evidente que algo se passa!
    Mas os árbitros e os fiscais de linha, que erram sempre em benefício dos mesmos, antes de o serem, são pessoas. Com família, empregos, vizinhos e vida social. E é nessa vida extra futebol que poderão ser vitimas daqueles adeptos que “fervem em pouca água”, que estão “pelos cabelos” com o que se passa no fenómeno futebolístico nacional e fartos de verem o seu clube a ser semanalmente prejudicado.
    E o resultado de um tal encontro deixo para a vossa imaginação…

    Mas uma coisa vos garanto! Se um desses encontros vier a acontecer, e espero que nunca cheguemos a tal, a vítima servirá de exemplo para os seus pares, que no futuro pensarão duas vezes antes de errar…

    ResponderEliminar
  2. Mais uma Boa análise por parte do TDD.Queria apenas comentar uma situacao que reparei após o nosso primeiro golo.
    http://desporto.sapo.pt/futebol/primeira_liga/videos/

    Min 3:46
    Vejam o golo e reparem na reação entre Depoitre e Allex Teles.Fica a impressão que Alex Teles ignora totalmente Depoitre aquando o festejo.Leva-me a pensar que não existe ainda uma verdadeira união dentro do plantel.

    Cumprimentos Bom Natal a todos os Portistas!

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. O Alex Telles aponta para o fundo da baliza para irem buscar rapidamente a bola e correrem para o meio-campo, em vez de perderem tempo a festejar.

      Era o primeiro golo de Depoitre no campeonato, percebe-se a alegria, mas ele ainda quis ir festejar para a bandeirola de canto. No golo anulado ao André Silva, por exemplo, o André não festeja, foi logo a correr buscar a bola. É assim que deve ser.

      No momento do golo do Danilo, o primeiro a abraçá-lo para festejar é até foi o... Alex Telles.

      Eliminar
    2. Concordo, um golo que dá um "empate", só por si, não é motivo para festejos exagerados. Isso é noutras paragens.

      Para nós, enquanto não estamos a ganhar, estamos... a perder. Mais nada.

      Eliminar
    3. Pois, mas sem o primeiro golo não existe remontrada...

      Depois do primeiro golo a vitória era (quase) certa.
      Sem ele, certa, certinha, era a derrota.

      Eliminar
  3. Um artigo de análise ao jogo exemplar. Somos uma equipa que tem vindo a lutar cada vez mais e cada vez mais contra o exterior, à medida que formos crescendo vai crescer tudo que vimos neste jogo.
    Espero que a paragem faça bem à equipa, que voltem mais frescos e fortes que a segunda metade da época vai ser muito complicada, devido a termos vacilado em certos momentos. Agora não podemos vacilar mais, porque já vimos nesta jornada como poderão ser as arbitragens.
    Temos que ganhar contra tudo e todos, só nos podemos queixar dos árbitros em jogos como o de ontem, onde lutamos e vencemos apesar de tudo!
    No mercado de Inverno não mexia em muita coisa, deixava sair o Herrera (20M€ era ótimo) e Varela, ia buscar o Paciência e dava mais minutos ao João Teixeira, Depoitre, Boly, Rúben e alguns da B, estes na Taça da Liga.
    Gosto muito de ler o TdD, um site portista que vê a nossa realidade sem palas nos olhos, continuem assim :)

    ResponderEliminar
  4. TdD faltou apenas aprofundar a arbitragem deplorável deste jogo a vários níveis, não só pelo golo anulado e penalty não assinalado como também pela permissão de jogo duro e anti-jogo gritante por parte dos jogadores do Chaves a partir do momento que se viram a ganhar. Este comportamento só acontece com a permissão do árbitro! É que mete nojo ver estes jogadores, supostos profissionais, a usarem todas as estratégias e mais alguma para cair ao chão, perder tempo, enervar o adversário, tudo menos jogar à bola. E o árbitro permite. O lance que resulta no amarelo ao Marcano mostra bem o que foi este jogo..

    ResponderEliminar
  5. Desiludiu-me esta análise. Esperava uma crítica mais feroz à arbitragem. E claramente que falta algo (ou alguém...) no mercado de Inverno. A ver se se concretiza. Sem Brahimi e com Corona nesta forma vamos ter dificuldades. Juntando a isso, temos uma ligação quase nula entre o meio-campo e o ataque.

    Só Óliver não chega para tudo e a dupla André Silva - Diogo Jota não chega para uma equipa que quer ser campeã e discutir uma eliminatória com a Juventus.

    De positivo realço a atitude da equipa, que colmata todas estas falhas na preparação/gestão da época.

    ResponderEliminar
  6. Seria Possivel o Porto fazer uma Compilação de videos dos Lances em que foi Prejudicado é envia-los a Uefa para analise? Porque ta mais que Obvio que em Portugal nada se vai resolver tem que ter interfereêcia da Uefa!

    ResponderEliminar
  7. Meus caros, é como escrevi, fomos mesmo vítimas de uma tentativa de homicídio qualificado...

    Abraço Portista, cheio de garra

    LAeB : Do Porto com Amor

    ResponderEliminar
  8. Falta um Boné para a claque dos Ultra: eu estava quase do lado oposto no Estádio, por baixo da claque dos Chaves, e ouvia bem o seu apoio. Se calhar por isso os jogadores no final do lhes agradeceram a eles, já os Coletivo que estavam do lado dos adeptos dos Chaves podiam ter apoiado mais, ficou me esta ideia. Também gostei do método que ficaram três adeptos do Chaves que estiveram a minha frente, principalmente depois do golo do Danilo. Mas concluindo: está vitória pode ser dedicada aos Ultra, foram eles que empurraram a equipa para a vitória.

    ResponderEliminar
  9. Muito obrigado pelo blogue,TdD. A análise é excelente. Boa continuação para o ano que aí vem.

    ResponderEliminar
  10. O perigo estava nos cartões amarelos de Alex Telles (que ficou a centímetros do segundo) e de Marcano. Era preciso alguém ali com capacidade de defender e possibilidade de recorrer à falta se necessário.

    ResponderEliminar
  11. Viva!

    Antes de mais, e, sem qualquer convencionalismo, deixo expressos os Parabéns pelo trabalho realizado neste espaço.

    O primeiro semestre da presente época não foi brilhante.
    Todavia, o Porto está apurado para os 1/8 de final da prova maior do futebol europeu. Por mérito proprio, o Porto continua presente na cena europeia. Uma visibilidade que contraria as referências insistentes à realização duma competição baseada na estrutura norte américana: uma liga maior e outra menor, ou seja, o “Big 4 + 1”.

    O primeiro semestre não foi, efectivamente, atraente. Nunca tinha visto o Porto jogar tantas vezes em superioridade numérica num lapso de tempo tão curto. Por outro lado, o futebol praticado podia ser comparado a um cântico com poucas variações: “buscando a André Silva, buscando a André Siva...” Todavia, o Porto soube se encontrar, voltando ao ouro das Américas e aos diamantes da África, isto é, regressando à universalidade que sempre foi sua.

    O Porto parece não ter nem orientação nem projectos futuros. O despedimento, na época passada, do actual selecionador Espanhol além de irracional mostrou um barco à deriva em que imagens de chamas nas bancadas , no jogo contra o Dortmund, ilustram essa ideia. Embora imprescindíveis, as vitorias, so por si, não são suficientes para se construir uma mistica em torno dum clube. Em 05 de Agosto de 2013 mais de 95 mil australianos louvam o clube inglês que há anos não ganha nada. “O mito é o nada que é tudo” escreve Pessoa em “Mensagem”.

    O Porto mudou o nome do seu estadio: O que, para mim, é um absurdo; um “non-sens” para uma instituição historica e prestigiosa como o FC Porto. Por outro lado, creio que um museu não pode ser so um rosario de titulos e de fotos. Sem suportes, sem publicações como dar a conhecer que o Porto é muito mais que a actualidade?

    A actualidade é marcada, em França, pela publicação, no caderno central do diario “Libération” (edição sabado-domingo dia 10) de dados fornecidos pelo site “Mediapart” no âmbito do EIC (européen investigative collaborations). O inquérito e analise dos bastidores do mundo do futebol tem por nome “Foot Leaks”. Assim, o desenrolar da transferência mais cara da historia do futebol (Paul Pogba) é descrita como uma procissão de falcatruas. Na medida em que as investigações também referem o agente Jorge Mendes e que um dos seus primeiros clientes foi o antigo guarda-redes do Guimarães e actual treinador do Porto, não ficaria mal pensar que o FC Porto ja existia antes do “Foot Leaks”. Não sei qual é o objectivo politico do site “Mediapart”. O folhetim que começou em 02 deste mês vai continuar. Não me parece consistente dar informações de modo fragmentado. O site “Mediapart” que publica artigos, ora sim ora não, com portagem não é um midia inocente. Há que não esquecer que o seu director actual, antes de ter criado « Mediapart » , dirigiu o diario « Le Monde » , orgão oficioso, segundo dizem, do Ministério dos Negocios Estrangeiros.

    O FC Porto é o unico clube grande português e, certamente, europeu a poder provar que um clube de futebol é muito mais que determinismos socias e culturais. Para isso, precisa não so de combater nacionalismos bacocos e, sobretudo, salveguardar a sua visibilidade e memoria.

    E Viva o Porto !

    Nuno Portomaravilha

    ResponderEliminar
  12. Uma nota aos últimos posts d'"O Tribunal".

    A ausência de qualquer referência directa ao treinador e ao seu papel na evolução positiva da equipa e nesta série de vitórias recente, quando num momento anterior este blogue não teve rodeios em criticar duramente o NES, -- por exemplo, "O seu trabalho no FC Porto tem sido um espelho do desenvolvido no Rio Ave e no Valência: o futebol praticado, as escolhas para a equipa que muitos não conseguem entender, o discurso monocórdico e saído de um manual rasca de auto-ajuda." -- revela uma aparente "má fé" ou "birra" contra o treinador, que não se consegue perceber.

    Se mo for permitido, faço eu essa referência.

    Tem de ser dito que o Nuno Espírito Santo soube, em primeiro lugar, devolver ao jogo do Futebol Clube do Porto a luta, a raça, o inconformismo, que já não se viam há alguns anos. E em cima dessa base -- o tão escarnecido "jogador à Porto" dos desenhos -- estão agora a sedimentar-se as ideias e os processos de jogo, com uma série de bons resultados.

    É suficente? Certamente que não. Muito há a fazer e, se não for feito, que se faça a crítica. No entanto, se for merecido, e é-o neste momento, também há que elogiar.

    E principalmente, há que não cair no erro de esperar "para ontem" o que só pode vir com tempo e trabalho (lembremo-nos do "rodízio de treinadores" que foi o Benfica durante os 10 anos em que não ganharam o campeonato, e não queiramos cometer o mesmo erro). A vida real não é o "CM", e no contexto actual adverso (adversários fortes, dentro e fora do campo), devemos, sem nunca abdicar da lucidez crítica, dar apoio e espaço para que os resultados possam aparecer.

    ResponderEliminar
  13. Grande jogo pela reacção de mostra do verdadeiro FC Porto. No entanto, é vital frisar que se tudo continua assim bem pode Pinto da Costa vir chorar os erros de arbitragem que a vergonha deixou de existir. O erros a favor do Benfica e a desfavor dos rivais FC Porto e Sporting estão a níveis inacreditáveis. O que pode PdC fazer ? Por exemplo forçar as pazes com o Sporting (e vice-versa) para lutarem unidos pelos seus interesses contra as injustiças de que estão a ser alvo. Porque é disso que se trata: de injustiças que tirar a verdade ao futebol !!
    Pedro Martins

    Pedro Martins

    ResponderEliminar

De e para portistas, O Tribunal do Dragão é um espaço de opinião, defesa, crítica e análise ao FC Porto.