No futebol como na política, as campanhas de desinformação e mentira que
visam alterar sentidos de voto são um fenómeno habitual e cada vez mais
amplificado pelas redes sociais. A corrida à presidência do FC Porto
não é exceção.
As caixas de
ressonância que tentam descredibilizar a importante e pertinente
candidatura de Villas-Boas têm feito uma grande aposta nesse sentido,
basicamente confiando em duas narrativas: é o "candidato da imprensa de
Lisboa" e "quer vender o clube aos árabes".
São
duas coisas tão fáceis de desmontar que custa a crer que alguém, de
facto, acredite nisto. Mas lá está: quem propaga estas mensagens também
não acredita nisto, porque sabe que é mentira; mas querem que acreditem,
na tentativa de inibir os sócios do FC Porto que torcem por uma mudança
a confiarem o seu voto a Villas-Boas.
Vamos
por partes. É ou não verdade que Pinto da Costa é atacado pela
"imprensa de Lisboa" há 40 anos? Pois claro. Porquê? Porque é o
presidente do FC Porto. Quem lhe suceder será o novo alvo. Só os
portistas querem um FC Porto ganhador. Não há nenhuma campanha pró-AVB nesses órgãos.
Há o que sempre houve: ataques ao FC Porto. E quem lá está, neste
momento, é Pinto da Costa. Villas-Boas será tanto ou mais atacado como
presidente como o foi como treinador.
Além
disso, nenhum jornal, nem nenhum comentador da CMTV não afeto ao FC Porto vai votar nas eleições. Só votam os sócios do FC
Porto (bom, assim o esperemos, visto que a Assembleia Geral também era suposto ser
apenas para sócios). A imprensa de Lisboa é, simplesmente, um fait
diver, porque não pode ter interferência direta nas urnas. Pode
alimentar conversas de café e entreter serões, mas o seu "papel" acaba
aí.
Outra bandeira de
contestação dos apoiantes de Pinto da Costa é que Villas-Boas "vai
vender o clube aos árabes". É algo desmentido desde a apresentação da
candidatura de AVB, mas alguns tentarão ir até aos confins do oceano
para que acreditem nisso.
"Porque
não um o FC Porto como motor da defesa do associativismo que tanto nos
orgulha!? Porque não um FC Porto fundador da Associação Europeia de
Clubes de Associados, juntamente com Barcelona, Real Madrid ou Athletic
Bilbau?", disse AVB, na apresentação do seu projeto. Associativismo: uma das bases da sua candidatura.
Mas
não chega, e o próprio Pinto da Costa insistiu nessa narrativa.
Villas-Boas, e bem, desarmou a estratégia da atual administração:
enquanto eles próprios venderam uma parte do FC Porto, através da criação de uma empresa para a exploração comercial do Estádio do Dragão, tentam distrair
os associados com a mentira de que Villas-Boas é que prepara a venda da
SAD. Não: a administração atual é que está a vender uma fatia do FC Porto para corrigir o aspeto da caótica gestão financeira da última década. Sim, o aspeto.
"Há candidatos que
pensam que vou vender o FC Porto a árabes e príncipes. Era o que mais
faltava, não passa de uma rábula que alguns candidatos querem inventar.
Quem vende neste momento parte do coração do clube é a atual
administração do FC Porto. Não temos nenhuma intenção de vender o FC
Porto", clarificou Villas-Boas, na visita à Casa de Ponte da Barca.
Desde
a primeira hora, AVB tem sido irrepreensível e claro na apresentação da
sua candidatura. Abriu a sede de campanha, recebeu centenas de sócios e
esteve disponível para questões como estas. A verdade está aos olhos e
ouvidos de todos.
Portistas:
informem-se e votem. Não com base em narrativas fictícias, mas como
base na verdade. E a verdade é como o FC Porto: só há uma, como só há um
Porto.
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