Não há momento algum da época em que os adeptos prefiram a exibição ao resultado - mas muito menos nesta altura. Foi uma performance q.b. do FC Porto, mas o suficiente para vencer um dérbi que prometia e que foi difícil. A pausa para as seleções é relativamente bem vinda, desde que ninguém regresse dos seus compromissos internacionais direto ao boletim clínico.
Danilo Pereira e Alex Telles já deverão estar 100% recuperados dentro de duas semanas, tal como Soares, para a extremamente difícil visita ao Belenenses, num jogo que pode ser tão traiçoeiro quanto as visitas a Moreirense, Aves ou Paços de Ferreira. Também não há boas alturas para perder pontos, mas ninguém pode subestimar a importância de não voltar a escorregar antes da visita ao Benfica.
Felipe (+) - Abriu o marcador com um belo cabeceamento (e um excelente cruzamento de Sérgio Oliveira) e cedo deu tranquilidade à equipa. Ao contrário do que é habitual, desta vez o brasileiro esteve melhor a distribuir do que Marcano e foi o melhor passador da equipa, com 86% de acerto no passe e 4/7 nos passes longos. Só perdeu um duelo em todo o jogo e não cometeu nenhuma falta. Esteve ainda perto de bisar, num jogo em que nenhum dos avançados do FC Porto fez um remate enquadrado com a baliza. Felipe bem tentou mostrar, lá à frente, como se faz.
Héctor Herrera (+) - Algo amarrado na primeira parte, um pouco à imagem da equipa, libertou-se no segundo tempo e melhorou imenso com a entrada de Óliver. Foi responsável por 3 dos 5 remates do FC Porto à baliza de Vágner e aproveitou uma oferta do guarda-redes para fazer o 2x0. Não esteve tão forte nos duelos individuais (ganhou 5 em 13), mas compensou com bom posicionamento e grande disponibilidade a preencher o meio-campo.
A entrada de Óliver (+) - Corona terminou a primeira parte a aquecer, continuou os exercícios durante o intervalo, mas três minutos depois do reatar da partida Sérgio Conceição decidiu lançar Óliver. Só o treinador saberá o que o fez mudar de opinião em tão curto espaço de tempo, mas a entrada de Óliver em campo reorganizou o FC Porto, que ganhou o meio-campo e conseguiu finalmente circular a bola. Óliver contribuiu com 85% de acerto, 5 em 6 passes longos corretos e ainda criou 2 situações de finalização - foi um dos jogos mais pobres da época do FC Porto neste capítulo, pois só Maxi (1), Ricardo (1) e Sérgio Oliveira (2) conseguiram passes para finalização. Tudo melhorou com o espanhol em campo.
Definição (-) - Mister, está na hora de tentar algo diferente quando a equipa chega perto da grande área. Este filme repetiu-se várias vezes: o portador da bola chega às imediações da grande área; faz um passe curto para trás e desmarca-se para as costas da defesa; o colega que recebe a bola tenta «picá-la» por cima do defesa, tentando isolar o colega; a defesa adversária corta o lance. Foi um movimento repetido vezes sem conta e que se tornou demasiado previsível, além de não ter funcionado. Não houve ousadia para o remate à entrada da grande área, o último passe não funcionou e a produtividade ofensiva foi perto de inexistente - Brahimi e Otávio nem remataram nem criaram situações de finalização, enquanto Aboubakar teve dois remates, ambos ao lado.
Nos últimos jogos, Sérgio Conceição tentou duas soluções diferentes para replicar o papel de Marega: um jogador rápido sobre a meia direita, a cair nas costas da defesa. Waris passou do 11 para a bancada, e Ricardo Pereira passou da lateral-direita para o ataque. Repare-se que, quando Danilo se lesionou, Sérgio Conceição não tentou encontrar um novo 6 - mudou a disposição do meio-campo e reposicionou Sérgio Oliveira e Herrera. Mas neste caso, apesar da lesão de Marega, Sérgio Conceição tentou encontrar em Ricardo a solução para o ataque. O português é ágil, rápido e mais habilidoso em ganhar a linha e cruzar do que Marega, mas não tem a dimensão física para «arrastar» a defesa e comer metros no terreno como o maliano.
Por outro lado, será mesmo essencial, numa equipa como o FC Porto, líder do Campeonato e com um dos melhores desempenhos (em termos pontuais e de finalização) dos últimos 30 anos, depender tanto de um jogador a cair nas costas da defesa? Não devia. Se não há espaço, tem que haver alternativa. Os adversários do FC Porto na I Liga jogam quase todos com linhas baixas. Chegámos ao ponto em que, a 3 metros da grande área, a equipa continuava a tentar procurar o espaço nas costas da defesa com bolas pelo ar. Não funciona. É necessário ter uma alternativa. Ter mais bola, saber criar o espaço através da circulação e não depender tanto do bicão para o lado direito. A equipa tem qualidade e soluções para isso. Por muito que o lado direito seja um problema, já todos sabem como é que o FC Porto vai jogar por aquele corredor. Há que surpreender para não ser... surpreendido.
Para quando a análise ao relatório financeiro?
ResponderEliminarconcordo, SC e demasiado teimoso e vaidoso, se nao muda algo ou nao arranja alternativa e porque e um treinador limitado e que senao fosse marega esta epoca seria ainda pior que as outras, SC rtem aversao ao meio campoo e a jogadores que mexam na bola, sistematicamente estao na bancada, esytou convencido que mesmo se viesse iniesta e xavi dos bons tempos ele mandava os para a bancada, algo tem de ser alterado ou vai ser conhecido como um treinador que morrs sistematicamente na praia. Alias temos o caso dos penaltis , perdemos uma taça com os penaltis e passados meses esta tudo na mesma, nao se percebe muito bem, mas pronto deixem jogar marega.
ResponderEliminarPerfeição, só com o dinheiro que não houve, mas não é pelos erros que o jogo não esteve mais tranquilo, é por pagarmos a conta da televisão. Que mesmo assim só serve para ver o que se quer, porque o Wagner saiu do sítio.
ResponderEliminarFoi-se a vergonha toda e entrou o desespero do vale tudo, espero que não seja de todo inesperado, por muito que queira acreditar na justiça.
Boa tarde.
ResponderEliminarNão concordo com a teoria que defende que Marega é um "tosco", porque a realidade é diferente. Goste-se ou não de Marega, a realidade mostra que este FC Porto de SC em relação aos últimos anos, é diferente por ter dimensão física. Foi esta "inovação" por assim dizer, que surpreendeu e fez com que ainda estamos em 1º no campeonato. Retira isso ao Porto e tem um Porto semelhante aos anos anteriores, com dificuldades em criar oportunidades de golo! Até para Danilo e Telles o Porto arranjou solução. Mas Marega é único e em boa forma, é titular! Há um pormenor no jogo contra o Liverpool que me chamou a atenção e que a simples análise de números não permite captar, vi lances em que Marega estava rodeado por jogadores adversários e estes sentiram dificuldades em anulá-lo! O homem pode não ter a técnica do Messi mas que tem capacidade física para ganhar metros, combate, abrir brechas nas defesas, criar desequilibrios, lá isso tem!
O Porto com dimensão física é demolidor (para o campeonato português), sem ela é uma equipa banal semelhante as dos anos passados. Não é só Marega que dá esta dimensão, atenção, mas lá que é o principal jogador com esta caracteristica, não há dúvidas, goste-se ou não dele, a equipa do Porto é diferente sem ele.
Abraço.
Boas TdD.
ResponderEliminarO que se passa com vocês ultimamente? Quase não fazem Posts. Longe vão os tempos em que faziam grandes Posts acerca do "extra futebol", ajudando a desmontar algumas coisas desse mundo paralelo... E agora, com tanto para falar, apenas fazem análises aos jogos.
Fazem falta esses Posts.
Abraço.
Nuno
Infelizmente, por mera falta de tempo, daí inclusive o atraso na análise das contas da SAD.
ResponderEliminarAguardo com expectativa a adiada mas inevitável demissão do pseudo treinador..Não defendam mais o homem.
ResponderEliminarO que eu sei é que contra o Belenenses perdemos o campeonato.... puff.
ResponderEliminar