No início da época, Nuno Espírito Santo disse à revista Dragões que queria uma equipa construída em dois princípios: a) «pressão intensa para recuperar a bola»; b) «chegar o mais rapidamente possível a zonas onde podemos transformar essa posse em golo».
Em Guimarães, ficou patente que já não é defeito, é feitio: o FC Porto desistiu de ser uma equipa que assume o jogo em posse, que constrói, que trabalha para abrir o espaço. Estamos em fevereiro, e não é nos últimos três meses da época que isso vai mudar.
O FC Porto mostrou-se, em Guimarães, uma equipa forte e preparada na pressão ao adversário, capaz de matar a esmagadora maioria das jogadas de ataque antes dos últimos 25 metros. Uma equipa muito organizada e fiável na pressão defensiva. Para recuperar a bola e suster o adversário, excelente. O problema aparece depois: quando é preciso fazer alguma coisa com a bola.
Foi a 5ª vitória consecutiva e o superar de um ciclo de jogos extremamente complicado, num período que coincide com um divórcio da posse de bola: 46% frente ao Rio Ave, 52% frente ao Estoril, 34% contra o Sporting e 42% em Guimarães. Não há comparação com as 4 primeiras jornadas do campeonato, no qual o FC Porto teve 60% contra o Rio Ave, 66% frente ao Estoril, 45% em Alvalade e 55% contra o Vitória de Guimarães.
O FC Porto não deixou o Vitória de Guimarães fazer quase nada durante os 90 minutos (a única defesa de Casillas foi a um remate em posição irregular) e voltou a ser muito oportuno no ataque, conseguindo muito com pouco: Soares aproveitou a única oportunidade que os avançados tiveram até à entrada de Diogo Jota e o mesmo Jota, com a ajuda de Alex Telles, aproveitou um erro de Douglas.
O fato de macaco não ganha concursos de estética, mas mantém o FC Porto na luta pelo título.
Matar a jogada (+/-) - Com as saídas de Óliver e Corona, o FC Porto jogou com um único criativo em campo: Brahimi. O resto da equipa dividiu-se na missão de matar cedo os ataques do Vitória de Guimarães, pressionando e tentando depois meter rapidamente a bola em Soares ou André Silva. Havia três vias para atacar: ou Brahimi pegava no jogo a partir do lado esquerdo; ou Alex/Maxi conseguia subir e o FC Porto aproveitava a profundidade; ou então era chutão direto para Soares ou André Silva. A construir, o FC Porto poucas vezes conseguiu jogadas de perigo, mas o pragmatismo e a forma como não se deixou o Vit. Guimarães avançar esteve lá. Atentos a este pormenor:
Estas foram as zonas em que o FC Porto fez faltas. Ou seja, nenhuma nos últimos 25 metros, o que mostra que o FC Porto nunca teve problemas em matar a jogada mais à frente. Daí que toda a defesa do FC Porto, Danilo incluído, só tenha feito 3 faltas em todo o jogo: porque do meio-campo para a frente formou-se uma barreira de combate que meteu o pé, o corpo, foi de carrinho, foi pelo ar e varreu quase todos os lances em que o V. Guimarães saía com perigo. Só Brahimi e Soares fizeram 11 faltas: e não foram momentos de antidesportivismo, mas sim de raça na pressão sobre o adversário. Ninguém se importou em jogar feio para servir um propósito maior: ganhar.
Iván Marcano (+) - Absolutamente imperial. Ganhou 100% dos tackles e lances aéreos, teve 12 ações defensivas (o mais interventivo em campo), bloqueou um remate e ainda foi ao ataque criar uma situação de golo. Se pouco se viu do V. Guimarães no ataque, foi muito por culpa dele. Uma exibição irrepreensível de um senhor jogador.
Alex Telles (+) - A quantidade de vezes em que lhe era pedido para meter a bola em profundidade faz com que seja o jogador com mais perdas de bola e passes errados em campo. Mas é injusto avaliar por esse prisma: Alex Telles segue a estratégia da equipa. Quando pôde subir pelo flanco, indo à linha em vez de fazer logo um balão de 40 metros para o ataque, fez a diferença: é dele o cruzamento para o 1x0 e a assistência, com toda a calma e inteligência do mundo, para Diogo Jota matar o jogo. Pensar numa dinâmica que permita a Alex Telles subir em vez de mandar o balão para a frente não era mal pensado: sem isso o FC Porto dificilmente venceria em Guimarães.
A entrada de Diogo Jota (+) - Sozinho, fez mais remates à baliza do que todos os companheiros, o que diz tudo sobre a forma como a sua entrada agitou o jogo. Entrou numa fase em que o V. Guimarães já estava mais adiantado, o que abriu mais espaço para o FC Porto entrar em transição rápida. André Silva e Soares só tinham conseguido 2 remates e quatro toques na grande área adversária (dois deles no lance do 1x0), essencialmente porque não eram servidos. Diogo Jota, com a sua velocidade e objetividade, conseguiu sozinho - depois com a ajuda de Alex Telles - semear o pânico na defesa do V. Guimarães. Pode só ter mais 3 meses de FC Porto pela frente: se for sempre assim, deixará todos a suspirar por mais.
Desapoiados (-) - Um pouco ao início do que já foi referido: o FC Porto esteve bem a recuperar a bola. O problema aparecia depois de recuperar a bola: e agora, o que se faz com ela? A primeira parte foi particularmente sofrível neste aspeto. Soares e André Silva tiveram que inventar, entre eles, com ajuda de Alex Telles e Herrera, praticamente a única ocasião de perigo do primeiro tempo, onde o FC Porto poucas vezes foi à grande área adversária (seis, contra 14 do V. Guimarães).
Com pouca profundidade nos flancos (a não ser quando Maxi e Alex conseguiam subir - fizeram 6 dos 7 cruzamentos do FC Porto), Soares e André Silva raramente foram servidos na grande área. Depois, no meio-campo, não havia ninguém para o último passe em zonas interiores - ainda que Herrera tenha feito a diferença no lance do 1x0, ao ajudar a povoar a grande área. O único momento em que o FC Porto desequilibrava era quando Brahimi pegava na bola do lado esquerdo.
O FC Porto esteve muito bem montado para o momento de recuperação, mas depois falta algo: o momento de construção. Uma estratégia que não surpreenderia, por exemplo, para uma eliminatória com a Juventus, mas que é incomum numa equipa a jogar para o título em Portugal. Nem sempre poderemos contar com o ressalto ou a bola perdida. Contra o Tondela, dentro de uma semana, espera-se um bocado mais - a garra só ganha campeonatos se vier acompanhada de qualidade.
Gosto muito do TdD, mas desta vez não concordo muito. Fizeram um review do jogo como se o FCP tivesse jogado sozinho. Pedro Martins não é tosco nenhum e montou uma equipa musculada no meio campo, de forma a dividir o jogo durante o 0-0 e 0-1,procurando aproveitar erros para meter uma bolinha na defesa do FCP, mas infelizmente para eles os erros foram quase nulos (e Marcano estava lá). O jogo não foi bonito pois também ao mínimo toque os jogadores do VSC iam ao chão.
ResponderEliminarSe podíamos ter sido mais criativos e ter criado mais oportunidades? Podíamos! Com Corona, por exemplo, mas implicaria perder poder de contenção e isso aumentaria as possibilidades de golo do Vitória.
Num campo difícil como este o NES respeitou o adversário sem entrar no jogo com 4 médios como já fez anteriormente em jogos fora de casa, e no final em 8 remates marcámos 2 golos,muito melhor que os 2 golos em 100 remates de Novembro...
100% de acordo.
ResponderEliminarBoas...
ResponderEliminarDesde já devo dizer que não sou grande fã "desta" maneira de o FCP jogar. O NES está a por em prática a táctica que sempre quis para o FCP, mas que só agora (por causa do Soares) consegue utilizar. A ideia passa por uma pressão intensa em zonas longe da área de Casillas e que passa muito pela disponibilidade dos atacantes. Esta táctica só agora entra em jogo, porque Depoitre não conseguiu convencer e André Silva era insuficiente, já que Corona ou Octávio também não são ideais para esta maneira de jogar.
A vantagem que vejo nesta abordagem, é a versatilidade que ela pode dar ao jogo do FCP. O FCP pode passar 60 minutos a jogar em 4-4-2 e depois mudar para o famoso 4-3-3 (como aconteceu ontem) e dessa maneira consegue baralhar um pouco os adversários. Se Soares continuar com este faro de golo, esta estratégia até poderá ter pernas para andar. Mas claro, ficam a perder jogadores como Oliver, Corona e Otávio.
Isto também poderá ser uma maneira de preparar o jogo com a Juventus, no qual não somos claramente favoritos e onde teremos de utilizar o factor surpresa. Esperemos para ver contra o Tondela, onde eu espero um jogo em 4-3-3 para arrumar cedo o jogo.
Cmpts
Concordo em absoluto contigo "CD" ... Atè digo mais... Pedro Martins parece me mais completo e mais inteligente que NES... Quer na implantação do 11 quer nas subs o Pedro Martins foi superior... A qualidade e raça dos jogadores fez a diferença... Eu quero o PortoCampeão mas com este tècnico è mais um obstàculo não uma arma...
ResponderEliminarConcordo. Antes de tudo, quero o Porto campeão nem que seja a ganhar por meio a zero mas não me revejo neste tipo de futebol.
EliminarO único aspeto positivo que vejo de NES é a coesão do grupo. Consegui transmitir um espírito de entreajuda e isso é mérito dele mas as suas ideias e opções... Não estão ao nível de um clube da dimensão do FCP.
E não me parece que seja um problema táctico nem da qualidade dos jogadores porque o slb também joga com 2 avançados e o volume ofensivo não se compara, assim como posse bola etc.. No meu ponto vista, é um problema de mentalidade e estratégia mas quem o escolheu, já devia saber com o que contar.
Neves
...aos poucos Nuno vence-nos pelo cansaço.
ResponderEliminarA maioria dos adeptos do Porto estão habituados aos tempos em que as equipas da Liga eram todas fracotas. Então esperam sempre exibições de gala com o Porto a subjugar qualquer adversário interno. O futebol mudou muito daí para cá. Nem o Porto tem uma equipa tão boa como outras do passado (pelo menos enquanto estes jogadores não desenvolverem mais), nem os adversários são tão fracos. Há agentes a colocarem jogadores de grande nível a jogarem nestas equipas para os valorizarem, e assim as equipas do campeonato português conseguem ter grandes plantéis.
ResponderEliminarO Porto fez 3 pontos. É o que interessa. Preferem ataque desenfreado e estéril como já tivemos em alguns jogos esta época? Preferem exibições à Sporting, com vitórias morais das estatísticas, para o Porto andar a vaguear pelo 3º lugar?
As equipas grandes quando remetem o adversário à sua grande área depois têm de lidar com a falta de espaço para fazer golo, além de que se expõem ao contra-ataque. O Porto tem convidado os adversários a avançarem no terreno e assim tem arranjado espaço e feito golos com as poucas ocasiões que tem. O contrário pode significar em fazer nenhum golo com as muitas ocasiões que se tem.
Só uma coisa interessa: Porto campeão! Será que os eternos insatisfeitos se podem calar de uma vez por todas? O Porto não joga para entreter as massas e proporcionar espetáculo. Joga para ganhar. Espetáculo dão os Globetrotters ou os malabaristas do freestyle. Mas o objetivo desses não é competir, é entreter.
Sem tirar nem pôr. E ate acho que o plano de jogo roçou a perfeição, tendo em conta o adversario e o campo onde jogavamos. As alteracoes surtem todas um efeito positivo (em especial corona e jota) e são feitas no momento certo, o que revelam uma boa leitura de jogo.
EliminarNão sou um fã inveterado do NES, mas recuso-me a contribuir para o seu descredito. No final é que se devem fazer as avaliacoes finais... e até agora honestamente poucos imaginávamos estar a 1 ponto da liderança e com a champions praticamente garatida nesta fase do campeonato. Mais... ontem tinhamos um 11 bastante capaz e um banco no minimo interessante em termos de alternativas. E isto é merito do NES goste-se ou não. No inicio da epoca nao tinhamos defesa, nao tinhamos poder de fogo na frente e o banco até dava vontade de chorar. Isto é trabalho do treinador e dos jogadores.
Quanto ao modelo de jogo, acho que ja foi mais atrativo, sem duvida. Mas entre 5 empates consecutivos em cima do adversario, sem golos, e 5 vitorias do pragmatismo e da eficacia eu prefiro as vitorias. Vocês não? :P
Subscrevo!! #euquerooportocampeao
EliminarCompletamente de acordo
Eliminar...mas há gente aqui a comentar que não merece nada...inteligente na implantação do onze e nas substituições? Querem dizer tata e não conseguem.
ResponderEliminarEle há cada uma...
Antes de comentar vou dizer que não sei se o Nuno tem capacidade para tal...
ResponderEliminarNeste momento que vivemos, 3 anos sem ganhar nada, o mais importante é ganhar jogos seja de que forma for é chegar ao fim campeão, não é o momento de se pensar em meter a equipa a jogar de x maneira.
E nisso o Nuno tem tido mérito, mas que a qualidade táctica o Nuno fez os jogadores acreditarem e querem muito ser campeões, a postura do Brahimi mostra isso mesmo, um jogador que no passado pensava mais nele do que na equipa e que hoje em dia é ao contrário.
Será que não é possível recolher uma estatística do André André no jogo com o Vitória? Penso que foi de longe o pior jogador em campo, lento, com nenhuma intensidade, as faltas que fez foi sempre por chegar tarde ao lance.. Não percebo de todo como é que este jogador pode jogar e Oliver e Ruben Neves ficarem no banco!!
ResponderEliminarbla bla bla bla, se temos posse eh muita posse inoperante e precisamos de acutilancia atacante e de marcar, se nao temos posse fazemos tudo o resto bem mas nao temos posse, mas em que e que ficamos ?? numa equipa tipo barcelona de lopetegui ou tipo real madrid de nuno? o problema esta nos artistas, brahimi e criativo mas enfim tem dias, maxi acabou fisicamente, medios ou fazem uma coisa ou outra falta nos um pelo menos que faça as duas coisas tipo deco mas onde anda e quanto custa? Ganhamos, agora com soares marcamos pelo menos um golito e a defender assim so podemos sofrer grandes golos ou bolas de cantos e livres para def centrais da altura do coates. O boavista sera o nosso jogo mais dificil, mais dificil que na luz. Os lampioes do vitoria ganharam ao esporting assim o ano passado em lvalade mereciam ter perdido por 3 ou 4 e ganharam 1 a zero, este ano na luz mereciam ter perdido por acaso contra nos levaram um banho mas la esta como nos falta altura la apanhamos um golo pelo ar. SE TIVESSEMOS OS JOGADORES QUE O TEXTO PRESSUPOE PARA FAZER ESTE JOGO DE MANIETAR O ADVERSARIO E DEPOIS SAIR COM MESTRIA GANHARIAMOS A CHAMPIONS. ACONTECEU UMA VEZ COM MOURINHO QUE TINHA UMA EQUIPA MAIS OU MENOS ASSIM, MAS ISSO SO ACONTECE RARAMENTE EM PPORTUGAL
ResponderEliminarE pronto , pelos vistos a mentalidade do desenrascanço , o que interessa é ganhar ,já chegou ao FCP...que saudades dos tempos de Pedroto ,Mourinho , Villas Boas , Artur Jorge ...os homens não percebiam nada de futebol , porque agora é que é bom....
ResponderEliminarSobre este jogo, apenas duas notas:
ResponderEliminar1) Se metade das pessoas que andaram estes anos a crucificar o Marcano, o viessem elogiar (bastava que pela metade) quando este faz exibições brilhantes, Marcano seria sistematicamente um dos grandes destaques da equipa.
2) Com este futebol de pontapé para a frente, imagino que o próximo jogador a perder a titularidade seja o Brahimi.
E acho que NES só ainda não o retirou do 11 titular porque apesar de tudo, é mais ou menos consensual que este é um jogardor que dá aquilo que mais nenhum outro dá. Mas que NES está "mortinho" para o retirar (penso eu) está.
Eu sou um dos que critiquei o Marcano e voltaria a criticar se apresentasse o nível que apresentou, com erros infantis, falhas graves que evidênciavam falta de qualidade para um clube como o Fcp. No entanto, admito que surpreendeu e tem feito uma época excelente, muito consistente e revelou se um valor seguro.
EliminarAproveito também para fazer mea culpa em relação ao Felipe, não é nenhum miúdo mas para 1' época na Europa tem sido muito positivo, algumas exibições excelentes outros menos boas mas ao contrário do que eu pensava nos primeiros tempos, ficamos claramente a ganhar com a "troca" com Maicon.
Cumprimentos
Neves
E sempre se confirma que o Rui Pedro só estava a jogar para uns cobres serem pagos a quem de direito ?
ResponderEliminarPodia-me confirmar esta informação (neste caso suspeição, que certamente teria algum tipo sustentação) ?
Carlos Agostinho
nao confirmo nem desminto, mas essa informaçao ou foi o ventura ou o silva ou um desses ponta de lanças dos lampioes que andam por essa comunicaçao social lisboeta a lançar boatos. Um conselho entretem te com o jonas, o salvio,e assim.
Eliminarla esta ontem os lampioes levaram um banho de bola, podiam ter apanhado 4 ou 5 mas ganharam por um a zero com um golo sem saber ler nem escrever. PARA MARCAR A ESTE GREDES DO BENFICA AS BOLAS DEVEM IR RENTE A RELVa, SE FOREM APANHA POUCAS.
ResponderEliminarPodem acusar de não jogar bonito, mas entre jogar bonito ou jogar bem, prefiro a segunda. E jogar bem nem sempre é massacrar o adversário. Como a nossa selecção provou neste europeu. Fernando Santos soube reconhecer as limitações que tinha e potenciar as qualidades/momentos de forma(o exemplo mais flagrante a ser o Pepe ou o Raphael).
ResponderEliminarNeste caso, Nuno acaba por fazer um trabalho semelhante: percebe que a equipa tem dificuldades para subjugar o adversário durante o jogo todo (todos nos lembramos que o Porto costumava baixar de nível depois dos golos/depois do intervalo/na primeira parte e depois melhorava.
Neste momento o Porto e superior em campo pela forma como joga. Os adversários têm bola mas não têm forma de chegar a baliza. Ou seja, o porto está a controlar o jogo mas sem bola...
Mais, esta época temos jogadores em muito boa forma, e saindo 1 pode entrar outro e corresponder em quase todas as posições. Depois, há aqueles jogadores que saem prejudicados pelo estilo de jogo da equipa, mas quem beneficia é o clube, e isso é o mais importante.
Depois, apesar de todos termos a esperança de ser campeões a cada início de época, este ano estávamos pouco confiantes e a equipa está na luta. E um bom indicador.
Por fim, deixo aqui uma análise mais ou menos individual:
Casillas: muito por mérito da dupla de centrais, mas também por mérito próprio, vai numa das melhores épocas da carreira dele. Nada mau...
Maxi: por vezes notam se marcas físicas da idade e da lesão (nada habitual nele) que não tem permitido que se mostre ao melhor nível, mas não tem comprometido...
Felipe: que senhor central que o Porto arranjou. Duro, quase sempre bem posicionado e entende se bem com o parceiro de setor e a equipa beneficiou muito da sua entrada
Marcano: e bom não esquecer que na sua primeira época, a certa altura já tinha mostrado qualidades, e chegou a ser notícia uma possível chamada a selecção espanhola, mas na segunda época eclipsou se. Muito por culpa do momento que a equipa atravessava e pela falta de confiança natural para quem é constantemente criticado (não aponto o dedo a ninguém, pois também o critiquei, apesar de nunca o ter achado tão mau quanto o pintavam). Mas neste época... Que senhor jogador. Centralao. Rápido, elegante, seguro, forte no 1x1, forte no jogo aéreo e no posicionamento. Beneficiou da entrada de Felipe, mas acima de tudo, beneficiou do aumento dos seus níveis de confiança.
Alex Telles: a fazer esquecer um pouco Layun que na época passada era indiscutível (apesar de este ano ainda não ter mostrado o mesmo nível). Alex defende muito bem, muito rápido, bem posicionado quase sempre (tendo em conta a sua função em campo) melhorou imenso no cruzamento e sobe bem pelo flanco e entende se bem com Brahimi/Otávio/Jota. Mais uma boa contratação está época.
Danilo: 2 palavras- Monstro; Incrível
ResponderEliminarOliver: tem cumprido com as suas tarefas. Apesar de estar menos influente no último terço, esta a sacrificar se muito em prol do coletivo. A equipa cresceu com ele em campo e apesar de não dar tanto nas vistas acho que é fundamental no equilíbrio da equipa e no início da nossa construção (menos mastigada).
Corona: apesar de nem sempre apresentar o mesmo nível tem estado bem e tem sido importante na manobra ofensiva da equipa
Brahimi: melhor "reforço" da época
André Silva: e importantíssimo na manobra ofensiva e no início da pressão coletiva. Além de goleador, também um construtor. Não tem marcado tanto, mas isso não diminui a sua influência.
Tiquinho Soares: chegou e calou (para já) alguns críticos a sua contratação. Falta saber se mantém o nível. Se mantiver encaixa na perfeição naquilo que deve ser o reforço de inverno.
Herrera: muito utilizado, maioritariamente fora de posição e também por isso uns furos abaixo, mas não deixa de ser importante a sua presença no grupo e por vezes, em campo.
Andre André: longe daquilo que já mostrou, mas mesmo assim, recuperado o seu ritmo de jogo, ainda pode ser importante.
Jota: já mostrou um nível alto, caiu, e tem, aparentemente, recuperado as boas exibições ultimamente. Apesar de tudo, a sua opção de compra e demasiado alta para ser exercida. Se tivesse sido comprado diretamente ao Paços...
Otávio: começou muito bem a época, mas a lesão atrasou o na luta pelo lugar no 11. Sai também prejudicado pelo "novo" Brahimi
E está a minha análise. E dos jogadores mais usados, apenas 2 não tem apresentado o seu melhor nível, na minha opinião, o que revela o crescimento da equipa, a boa forma que atravessamos e que nem tudo no trabalho de NES vai mal.
Estou a defender NES por ser o treinador da equipa (tem de ser defendido por nós todos, senão ao mínimo mau resultado cai a casa abaixo) e achar que o seu trabalho não tem sido tão mau, tendo em conta as expectativas que tinha dele. Tem me surpreendido pela capacidade de preparar os jogos e pela motivação que dá a equipa. Para além disso a equipa cresceu e neste momento estamos a lutar pelo título.
Confesso que não tinha as melhores expectativas para ele, mas não posso estar insatisfeito com ele, conhecendo o seu percurso até cá chegar.