Jackson. Letal. |
Começar por elogiar a titularidade de Indi. Não se admitiria outra coisa. Colocar Indi no banco com o pretexto do cartão amarelo seria o mesmo que dizer que a cabeça já estava no jogo com o Benfica. Não há pior do que passar essa mensagem aos jogadores. E apesar da questão da rotatividade e dos jogadores terem que estar preparados para jogar a qualquer altura, sentar hoje Indi seria o mesmo que dizer a Maicon e a Marcano que é melhor proteger o Indi do que correr o risco de jogar com eles contra o Benfica. Boa gestão de Lopetegui, havendo apenas a surpresa pelo regresso da dupla Indi-Maicon.
Total confiança em treinador e jogadores para regressar à liderança. Vamos acabar o ano na frente.
Ruben Neves e o meio-campo (+) - Não foi coincidência nenhuma que tenhamos sufocado a Académica durante toda a primeira parte. Tudo começou na acção deste menino. O posicionamento e simplicidade de processos é do melhor que temos no nosso campeonato. Eu vi o Fernando no primeiro golo do FC Porto. Consegue matar uma jogada e transformá-la de imediato numa ocasião de golo. É de classe. E falar em classe é falar em Oliver, que como Deco não corre, desliza. O Tsubasa demorava 12 episódios para correr de uma baliza à outra. Já o «nosso» (infelizmente com aspas) Oliver tem pezinhos omnipresentes e consegue estar em todo o lado, à hora certa, no momento exacto. E como não há 2 sem 3, outra vez Herrera. Essencial no equilíbrio, excelente a chegar à frente, mais um golo e uma assistência. Que mais se pode pedir?
Ruben graúdo, Tello a crescer |
Alex Sandro (+) - O melhor elogio que lhe posso fazer: parecia um Danilo canhoto. Não tem a qualidade nas diagonais do colega, mas esteve incansável no apoio ao ataque, certo a defender, desta vez foi mais rápido a reagir e a executar e só falta um pouco mais de acerto nos cruzamentos. Está a subir de rendimento.
Jackson Martínez (+) - Dois excelentes golos. O primeiro com recepção orientada e remate colocado, o segundo a dar razão a um treinador a quem muito deve, Vítor Pereira. Dois golos que mataram a Académica bem cedo e que permitiram ter uma noite descansada, até mesmo para o próprio Jackson na segunda parte. É bom que comece a rematar mais vezes de fora da grande área, porque um jogador com esta capacidade de baixar e segurar a bola tem que aproveitar essa valia. Uma palavra para Tello, que pelo 3º jogo consecutivo é decisivo no ataque.
Dois reparos (-) - Quando o colectivo não funciona, é mais fácil um jogador sobressair com uma grande jogada individual. Quando a equipa está bem colectivamente, jogadores que fazem das jogadas individuais a sua arma podem tender a apagar-se mais. Foi isso que aconteceu a Brahimi. Tem que aprender, vai aprender, a jogar mais simples, a jogar bem sem jogar à... Brahimi. E atenção à tentação de sair a jogar apoiado dentro de uma cabine telefónica. Viu-se o FC Porto arriscar demasiado a tentar sair em apoio quando a linha de pressão já estava quase na linha de fundo. Uma equipa grande, de classe, não joga com bicada para a frente, mas tem que haver um equilíbrio. Um Magique ou um Rui Pedro não são grande ameaça. Mas se um Gaitán ou um Jonas apanha a bola naquela zona, pode haver problemas. Como já houve esta época e já custou caro.
- Paulo Sérgio, definitivamente, não percebes nada disto. Então não viste que o Rui Pedro e o Ivanildo são ex-jogadores do FC Porto!? Porque é que os meteste em campo? Como o Lito Vidigal explicou, esses 2 jogadores, mesmo não tendo contrato nenhum com o FC Porto (que lucra em caso de futuras transferências), iam sentir-se pressionados e condicionados! Aliás, o Carlo Ancelloti até já decidiu que quando defrontar o Manchester United não vai utilizar o Ronaldo, porque tem medo que ele se sinta condicionado por jogar contra o ex-clube. E a FIFA até vai aprovar uma norma para os jogadores nunca defrontarem o clube onde forem formados, por causa dos 5% que têm direito em cada transferência. Os rapazes sentem-se demasiado condicionados.
Dragão de Ouro ou Águia de Prata? |
- Lopetegui afirmou, e muito bem, que vai rodar jogadores contra o Shakhtar Donetsk. É pena que Opare, Reyes, Ángel e outros não estejam inscritos na UEFA, mas mesmo que não saia uma mudança tão extremista como a que se sugere abaixo, é uma excelente oportunidade para dar um jogo de Champions aos menos utilizados. E com jeitinho arranja-se ali um espaço para alguém da lista B na convocatória...
PS: Quando referi aqui o caso Maciel, quando o Jesus treinava o Leiria, um pormenor importantíssimo passou ao lado: foi o próprio Benfica a fazer a denúncia para a abertura do inquérito na liga (ler aqui). Diria aos dirigentes do FC Porto, olho por olho, dente por dente. Mas como é a primeira vez que dois jogadores são impedidos de jogar contra um clube com o qual não têm nenhum contrato, nem dá para aplicar essa velha máxima.
Concordo com o TD mas não devia ignorar o que tem sido as arbitragens este ano. Fomos beneficiados contra o Rio Ave mas isso foi um jogo, o colo-colo tem sido em todos e se não formos nós a dizer os erros quem o fará?
ResponderEliminarCompreendo, mas daí que a blogosfera portista seja tão vasta e que haja vários bons blogues que fazem esse trabalho (alguns exemplos na lista ali ao lado). Não há nada que possa acrescentar.
EliminarRegistei com "agrado" que muitos adeptos do Benfica têm mentalidade de clube pequeno. Os clubes grandes gostam que os seus adversários apresentem o melhor 11 e dêem tudo em campo, as vitórias têm outro sabor quando assim é. Já os clubes pequenos é que saltam de alegria quando o adversário não pode utilizar os seus melhores jogadores.
ResponderEliminarQue a direção do Benfica tinha mentalidade de clube pequeno, já se sabia, que os seus adeptos também a tenham, foi uma surpresa. O Benfica, instituição, é maior do que isso (acho).
Mas vamos ao que interessa, o nosso Porto. Esta equipa dá prazer ver jogar francamente, o Jackson faz maravilhas e quero aproveitar cada minuto em que podemos ver ao mesmo tempo craques como Óliver, Brahimi, Quintero, Tello. Infelizmente como o mercado funciona nunca sabemos quem vamos conseguir manter para o próximo ano, por isso há que aproveitar todos os momentos.
E porque cada um de nós tem sempre um jogador preferido: de todos os craques que temos, aquele de quem gosto mais, infelizmente, é o que está mais longe de ser nosso. O Óliver. Convido-vos a rever um jogo do Porto centrando apenas as atenções neste miúdo, como joga, como se movimenta, é fantástico. Só se fala na magia do Brahimi, mas este Óliver não lhe fica a dever nada (minha opinião). Ele tem de ser nosso, custe o que custar.
Esqueci-me de referir no comentário anterior: o jogo com o Shakhtar é o ideal para recuperar definitivamente o Adrián Lopez (partindo do pressuposto que será titular). Portanto espero que as claques e demais adeptos portistas não o comecem a assobiá-lo ao primeiro "disparate" que ele fizer.
ResponderEliminarUm Adrián confiante e a demonstrar todo o seu potencial será uma mais valia para a equipa, um Adrián desmotivado é apenas um peso nas finanças do clube. Pensem nisso por favor :)
TD, já na época passada isto aconteceu. São 6 pontos limpinhos, limpinhos,...
ResponderEliminarPedro