A grande vitória de José Peseiro é esta: em quatro jogos abaixo do Mondego, quatro vitórias. Todas elas com muita dificuldade à mistura, e com a felicidade que faltou em tantos outros jogos, mas para a história ficam os resultados. Quatro jogos, quatro vitórias. Não é fácil, tendo em conta que o FC Porto, nos últimos 2 anos, chegou a estar 13 jogos sem ganhar a sul do Mondego. Fica o mérito registado.
Mas ganhar no Bonfim não era o maior obstáculo. O FC Porto vence consecutivamente há 19 anos neste estádio, e nos últimos 28 jogos contra o Vitória de Setúbal ganhou todas as partidas. E este recorde de vitórias esteve em sério risco de cair no tempo de compensação.
Mais uma vitória pela margem mínima, com muito sofrimento à mistura, sendo também uma consequência da incapacidade de resolver os jogos mais cedo. Dificilmente será diferente até ao final do campeonato. Restam 7 finais para tentar o (im)possível para chegar diretamente à Liga dos Campeões. Nesta altura, já não vale a pena pedir mais do que tentar ganhar cada jogo, com ou sem sofrimento, pois para ganhar a maioria dos jogos que faltam não deveria ser necessário o melhor futebol da época.
Asa direita (+) - Um grande jogo de Maxi Pereira e Corona. Na primeira parte o FC Porto fez 14 ataques por este flanco, o dobro dos que fez pelo lado esquerdo, onde normalmente mora a lei da Layúndependência. Maxi meteu quatro bolas na grande área para situação de finalização, inclusive o lance do golo, e ainda ajudou a evitar o 1x1 perto do fim. Corona fez enfim um bom jogo: menos fantasista, mais objetivo, melhor no jogo interior e combinou bem com Maxi. Um par de bons cruzamentos e intervenção no lance do golo.
Danilo Pereira (+) - Comparativamente aos últimos jogos, o FC Porto esteve bem melhor no equilíbrio defensivo, muito graças a Danilo. Poucas vezes ultrapassou a linha da bola, esteve mais posicional, e com isso a equipa teve sempre uma referência na saída de bola e simultaneamente um tampão no momento de transição defensiva.
Héctor Herrera (+) - Novamente um dos melhores em campo. Pressiona, constrói, é referência para a variação de flancos e nunca abdicou de oferecer uma linha de passe. Por vezes é lento a libertar a bola - mas essa lentidão também oferece ao FC Porto a hipótese de pausar e pensar o jogo e (re)organizar a equipa. De há um mês ou mais para cá tem sido o melhor do FC Porto, sendo o mais importante jogador nos dois momentos do jogo.
Outros destaques (+) - Sérgio Oliveira dá ao meio-campo do FC Porto o que muitas vezes falta: capacidade de meia distância. Herrera já fez alguns golos de fora da grande área, mas arrisca pouco. André André, Rúben Neves ou Danilo Pereira não têm uma boa meia distância. Assim surge Sérgio Oliveira, sem pedir licença para rematar. Ainda lhe falta muito para poder ser titular do FC Porto - só jogou face à ausência de outras opções -, mas o que tem acrescentou bastante ao FC Porto ontem. Bom jogo de Martins Indi na defesa, quase sempre certinho; Brahimi não surge num «boné» destacado porque falhou quase sempre no momento de definição: falhou poucos passes, levou quase sempre a melhor nos dribles e ajudou a descoordenar a defesa do Vitória de Setúbal, mas depois ora dava a bola ao guarda-redes no cruzamento, ora rematava mal. Fez tudo bem até ao que importava: assistir ou marcar.
Pouca agressividade (-) - O de sempre. Num jogo pesado devido à chuva, o FC Porto foi muitas vezes macio a jogar, o que levou a que o Vit. Setúbal ganhasse a maioria das bolas divididas e os lances de jogo aéreo. Apenas 10 faltas num jogo destas circunstâncias não mostra uma equipa que é limpa no desarme, mas sim que peca na ausência de agressividade.
Pouco acerto (-) - O FC Porto teve as suas oportunidades de golo, mas não tantas quanto se possa pensar. O único golo nasce de uma bola perdida na grande área. E em 18 situações de remate criadas pela equipa, apenas cinco se traduziram em remates à baliza, o que é pouco contra uma equipa que jogou sempre em bloco baixo. O FC Porto falhou mais passes do que o habitual (79% de acerto) e poucos cruzamentos saíram bem, sobretudo a Brahimi e Layún. Com isto, mais um jogo em que Aboubakar falhou as (poucas) oportunidades que teve e em que quase não teve presença na grande área. Diríamos que se entenderia melhor num 4x4x2, mas já o vimos render e resolver no 4x3x3. Já agora: Aboubakar tem uma média de golos/jogo melhor do que Lisandro, Derlei ou Domingos. É melhor do que qualquer um destes? Não, de todo. Mas se isto não serve para o jogador ganhar confiança e continuarmos a acreditar no seu valor, nada servirá.
Não concordo contigo em dois pontos. Brahimi merecia um "Machado", pois é inacreditável a incapacidade dele em jogar em equipa. Todos os contra ataques que o Porto tenta, se a bola for parar aos pés deles, o contra ataque morreu. Sempre com uma finta a mais, sempre com um toque a mais, sempre a tentar a solução mais difícil quando existem mais simples.
ResponderEliminarMantenho a minha opinião desde que o comecei a ver jogar o ano passado. Jogador muito bom para equipas pequenas sem objectivos diferentes do Porto, jogador mediano para equipas com o estatuto do nosso clube. E Brahimi ou muito me engano ou não vai passar disto e não vai melhorar o seu futebol.
Em relação ao Aboubakar acho simples a média dele ser melhor que esses jogadores que numeraste. Os 3 jogadores referidos eram jogadores com uma grande presença em campo, que não se limitavam a marcar, mas sim a fazer a equipa jogar e dar a marcar. Não me lembro muito bem do Domingos, não era do meu tempo por assim dizer, mas do Lisandro e Derlei lembro perfeitamente, eram jogadores que não davam uma bola por perdida e estavam sempre a procurar jogo e muitas vezes faziam eles de assistentes para golo para os colegas. Não se limitavam a ficar na área à espera da bola e depois escondiam-se atrás dos defesas tipo Aboubakar
Caro Daniel, assino por baixo as suas palavras e e acrescent: quando foi a ultima vez que o nosso artista ajudou a decidir um jogo, marcando ou assistindo um colega? Brahimi e daqudeles jogadorss que esfa mais preocupado em fazer os seus proprios numeros sem nunca pensaf no coletivo ao estilo do Ricardo Quaresma. E ou muito me engano ou nunca vai mudar, infelizmente para nos adeptos que todos os fins dd semana temos k aturar edfa forma desconcerfante dd jkgar.
ResponderEliminarBrahimi é um inútil que só joga para ele.Rua!
ResponderEliminarO Ruben Neves tem uma excelente meia distância, simplesmente a posição que ocupa ou por instruções várias não a utiliza.
ResponderEliminarBrahimi pertence aos machados tal como Corona e José peseiro pelo facto de insistir em aboubakar como titular. Jogo lento, com transições lentas. Peseiro demora muito tempo a mexer na equipa. Continuação do sofrimento. O Porto está sempre mais perto de sofrer o empate do que marcar o golo da tranquilidade.
ResponderEliminarBrahimi para passar a bola tem que ter a quem a passar. Se os colegas se escondem (Aboubakar é tão grande mas esconde-se muito bem mesmo atrás dum pigmeu), tenta resolver individualmente. Pelo menos tenta.
ResponderEliminarFui ver o jogo a Setúbal. No meio da chuva intensa e frio, vi um Porto apático na primeira parte e ligeiramente mais aguerrido na 2gunda parte (curioso que o Peseiro viu exactamente o contrário do que eu vi). Inacreditável a desconsideração dos jogadores para os adeptos que se deslocaram ao Bonfim. No final do jogo, apenas o Chidozie, Rúben e Danilo se dignaram, ainda que timidamente, a agradecer o apoio. Esquecem-se que entre os adeptos não estão só assalariados do clube, mas também aqueles que com muito sacrifício gastam dinheiro do seu bolso para ver o clube do coração. Este Porto entristece-me. Preferia neste momento jogar com a equipa B. Da equipa A só se safam Layún, Danilo, Andre André, Rúebn Neves, Maxi, e poucos mais.
ResponderEliminarEu estou curioso em descobrir o que é que o Sergio Oliveira pode fazer com mais alguma sequencia de jogos... se é que a vai ter.
ResponderEliminarE pronto, a Sad do PdC que não sabia que o Serpa havia sido convidado para a gala ordenou mais um ataque a uma das figuras maiores do FC Porto.
ResponderEliminarEsta Sad só é forte contra os nossos pois contra os outros nem pia.
São uma vergonha