Quintero em destaque |
... e era difícil que fosse o contrário. Mudanças em todos os sectores, na dinâmica da equipa, nas funções de jogadores que já foram titulares mas em diferentes tarefas (Rúben, Campaña, Quintero, Ádrian)... Com tantas mudanças em tantos capítulos, era difícil esperar muito.
Dia de estreia para Ivo Rodrigues. Nervoso e condicionado fisicamente, pareceu. Não foi a estreia que idealizou mas as oportunidades voltarão a surgir se o nível na equipa B se mantiver elevado e a vaga no plantel principal surgir. Quanto a Gonçalo Paciência, claro que todos gostaríamos de ter visto um pouco dele, mas é de recordar que no Domingo fez 90 minutos de elevada exigência contra o Benfica B. Já teve um prémio importante pelo trabalho que está a desenvolver ao ser convocado. Já tinha acontecido com Ivo em Vila do Conde: convocatória e banco. Só depois veio a titularidade.
Saudar o regresso do capitão, Helton. Dificilmente voltará a ser o número 1, mas o papel de um capitão não se esgota dentro das 4 linhas. No que toca à Taça da Liga segue-se o Braga, onde será preciso mostrar bem mais do que hoje.
Evandro (+) - Sempre de cabeça levantada, tudo o que faz faz bem. Num meio-campo sem rotinas, teve sempre uma linha de passe para dar e soube conduzir o jogo. É um médio completo e um exímio marcador de penaltys, coisa tão rara por estas bandas. Quanto mais tempo de jogo tiver, maior qualidade terá para oferecer à equipa.
Quintero (+/-) - Juanfer, Juanfer... O golo e os pormenores de classe mostram (uma vez mais) que é um jogador de um talento enorme. E no meio de uma boa exibição, demonstra-se mais uma vez o porquê de não ser titular absoluto no FC Porto. A reacção à perda da bola é lenta (a principal diferença em relação a Oliver), não ganha um lance no corpo-a-corpo e quando a equipa não tem bola desaparece. Isto são lacunas que o Quintero tem que colmatar, mas que também têm que ser disfarçadas pelo colectivo. Num 11 renovado e sem rotinas, era difícil ajudá-lo. Com a bola nos pés faz a diferença. Para ser titular indiscutível no FC Porto, também tem que saber jogar sem ela.
A rever (+/-) - Ricardo e José Ángel foram os jogadores que melhor replicaram as rotinas da equipa habitualmente titular. Sempre ofensivos, por vezes até em demasia e com muito espaço descoberto nas suas costas, que o U. Madeira lá aproveitou para fazer um golo (após uma perda de bola de Quaresma, antes da má reacção de Reyes, claramente a precisar de tempo de jogo e rotinas, aqui ou noutro clube). Pouco havia para fazer, mas o que havia Marcano fez bem. De Quaresma, fez um golo e ganhou um penalty, mas não consegue ultrapassar um jogador em velocidade. E está na fase da carreira em que já não é suposto fazê-lo. Quaresma não pode ser o jogador que rasga no FC Porto, porque já não tem velocidade para tal. Pode (e deve ser) o elemento que recebe, permite o movimento exterior do lateral, cruza e procura o jogo interior de forma mais simples. Não é por acaso que Jesualdo, um treinador que bem o conhece, disse que nesta fase da carreira tem que trocar de posição, como fez por exemplo Luís Figo. Campaña e Rúben mantiveram sempre o meio-campo equilibrado, mas num jogo destas características convém que alguém mais do que o terceiro médio (no caso Evandro) dê algo mais ao ataque.
Prova dos 9 (-) - Os jogos da Taça da Liga têm características próprias. Lopetegui roda a equipa e, com isso, roda também as rotinas de jogo. E hoje houve um grande problema. O FC Porto está habituado a um modelo onde Jackson tem um papel importantíssimo. E não é apenas por causa dos golos, mas pela sua movimentação: solta-se dos centrais para baixar, segura sempre a bola, ganha no ombro-a-ombro, consegue tocar e depois rodar para a grande área, onde é igualmente forte no jogo aéreo e a finalizar de primeira.
Um ponta-de-lança assim é raro (e curiosamente havia um protótipo de tal no banco). O que se viu hoje? Ádrian sem conseguir fazer o papel de Jackson. Nem era suposto, pois não tem características para isso. Uma, duas, três vezes em que Ádrian baixa para receber na zona central e perde a bola. Percebe-se que Lopetegui o teste na posição 9 enquanto Aboubakar está na CAN, e é de esperar que um jogador do estatuto de Ádrian cumpra minimamente bem o papel. Mas o jogador estava a começar a mostrar qualquer coisa a jogar a partir de um flanco e este jogo foi, digamos, um hiato na sua evolução. Adrian não pode jogar sozinho a 9. Ou joga a partir de um flanco ou como 2º avançado num 4x4x2. Dado o contexto deste jogo, percebe-se a aposta na posição 9, mas não parece ser solução para quando for a doer.
Na minha opinião Lopetegui geriu muito mal o jogo! Esta competição serve para dar minutos aos jogadores menos utilizados e conseguir recuperar jogadores que sejam apostas de confiança para o resto da época. O que fez lopetegui foi enviar um grupo de jogadores sem rotinas e entrosamento para o onze, com a atenuante de vários estarem a jogar fora da sua posição natural. O caso do nosso meio campo que tinha 2 médios com características mais defensivas (neves e camapaña) e o nosso ataque que se apresentou com Quintero (considero um 10 ) e Adrian,concordando com a análise melhor na linha e a jogar na frente sempre como 2º avançado.
ResponderEliminarCom isto, Lopetegui apenas retira de positivo os três pontos porque a equipa não jogou nem criou dinâmica, foram raras as jogadas com principio meio e fim. Ainda conseguiu queimar Adrian que parecia estar a querer aparecer na equipa.
A meu ver a equipa tinha rendido muito mais se Lopetegui tivesse apostado no esquema habitual ( um trinco apenas e um ponta de lança assumido). Venha o Penafiel que apesar dos erros estes já eram. Espero que na deslocação a Braga Lopetegui não volte a cometer os mesmos erros.
Parabéns pela postagem
ResponderEliminarÓtimo texto
Muito má exibição... com tamanha rotatividade parece-me que as segundas linhas deveriam mostrar mais garra e vontade de mostrar que são capazes de discutir um lugar no 11.
ResponderEliminarLevar um golo e uma bola no poste do União da Madeira é confrangedor. Ver Adrian a jogar nem sei o que é. Parece-se uma equipa amorfa e sem ambição de ganhar o que ainda está em disputa.
Se o Gonçalo não estava apto nem para 20 minutos, então que não tivesse sido convocado. Fazia todo o sentido que tivesse sido ele a entrar no lugar de Óliver, recolocando a equipa nas suas posições naturais (Quintero no centro, Adrían na ala, Campaña como trinco único). Na entrada de Óliver, saía Adrián directamente. Um jogo apagado numa posição que não é a dele. Conseguiu apenas ganhar uma vez contra a defesa do União, seria o Gonçalo a fazer pior?
ResponderEliminarA entrada do Alex foi gozar com a cara do Gonçalo e dos adeptos.
Os defeitos de Quintero são os mesmos que tinha quando cá chegou. É um jogador pouco intenso sem bola, capaz do melhor com ela mas que também a perde muitas vezes. É a grande diferença entre um Óliver seguro na manutenção de bola, capaz das melhores decisões e de ver os movimentos que a sua equipa está a fazer, e o jogo imaginado pela cabeça do colombiano que vê linhas de passe onde elas não existem mas que acha que devia ter. São 2 jogadores geniais com níveis de eficácia diferentes devido a isso.
Evandro, a meu ver, foi o melhor em campo. 1 golo e 2 assistências. Não é exuberante a jogar como é Quintero, mas aparece sempre nas zonas certas e faz o essencial.
AA
Eu acho que foi para gozar com a cara do Alex Sandro. Como o ano passado o Paulo Fonseca metia o Ghilas a 3 minutos do fim só mesmo para gozar. Os treinadores olham para o relógio e pensam: «Ok, está na hora. Vamos lá ver com quem é que vou gozar hoje».
EliminarHoje também o Gonçalo foi chamado ao treino só mesmo para ser gozado pelo Lopetegui.
Em Vila do Conde o Óliver também entrou em vez do Ivo só mesmo para o Lopetegui gozar com ele. Gozou tanto que no jogo seguinte da Taça da Liga foi titular.
Se o Quintero, o Campaña e o Ádrian passaram 85 minutos numa determinada função, ia ser a 5 minutos do fim que o Lopetegui ia mudar? Pedir isto sim, só pode ser gozo.
O momento certo para o Gonçalo entrar seria a 20 minutos do fim, com o 2-1, na mesma altura em que entrou Óliver. Contra uma equipa da 2a Liga, em casa, mesmo não desvalorizando a taça, apostava no jogador até porque Adrián, naquela posição, não estava a corresponder.
EliminarEste medo de apostar nos jogadores jovens, apesar de ser em salvaguarda do jogador, é também lhes passar um atestado de incompetência. Ou seja, o próprio treinador considera que ele merece uma oportunidade mas que não iria acrescentar nada ao jogo.
Eu não sei em que pensam os treinadores. Então depois da entrada do Alex, ainda menos sei. Mas lembro-me do pai do Gonçalo ser recorrentemente aposta de Ivic em jogos de menor dificuldade, para a última meia hora ou mais, quando este tinha ainda 19 anos. Ainda bem, para o Porto, que a ele não lhe tenham passado esse atestado.
AA
Medo de apostar nos jogadores jovens? Lopetegui fez o que eu duvido que qualquer outro treinador em Portugal fizesse, apostar num miúdo de 17 anos que nem pela equipa B jogou.
EliminarRealmente é mesmo dificil agradar um portista! Jogaram jogadores que pouco jogam, acho que ninguem tá à espera que eles façam o que alguns titulares fazem, senão, não eram suplentes. Parem de criticar os treinadores, pq ja se torna ridiculo, dp só se dá valor qd eles forem embora. Se o porto n ganha é pq n joga nada e o treinador é burro, se o porto ganha é pq podia jogar melhor e os outros eram fraquitos....menoooss...o porto precisa de apoio, mt apoio e menos criticas dos portistas e assobios...força porto!
ResponderEliminarTambém devo dizer que o Adrián já merecia um momento de felicidade.
ResponderEliminarNo início da época não estava a jogar coisa nenhuma e percebia-se o rendimento nulo, mas nestes últimos jogos tem somado boas jogadas individuais, boas combinações com os colegas, boas arrancadas para a área adversária, acho que já merecia que por uma vez o guarda-redes ou o poste "saíssem da frente".
A sorte procura-se como se costuma dizer. O Adrián, nestes últimos jogos, tem-na procurado.