Campo pequeno, adversário desmembrado mas organizado, pressão de não poder falhar (o que não constitui novidade) e um frio de rachar. Paciência e eficácia, o que se pedia. E chegou em doses mais do que suficientes. Lopetegui, o mister chato que está sempre a rodar a equipa e que nunca repete 11s (ou não, isso era antes, agora é porque definiu uma base), e a equipa passam com distinção um teste que podia tornar-se muito difícil. Fica para a posterioridade que há quem vá deixar ali pontinhos na segunda volta. Vale a pena dizer de Miguel Leal aquilo que Pinto da Costa disse um dia de Leonardo Jardim, quando estava no Beira-Mar, e de Vítor Pereira, quando ainda era adjunto de Vilas-Boas.
Alex Sandro e a defesa (+) - Já lá vamos às assistências de Herrera. Ou começemos já por aqui: é Alex Sandro quem começa as jogadas dos 2 golos, com duas incursões pela zona central. Maicon fez o melhor jogo em muito tempo, mas Marcano deu mais uma amostra de que está no 11 para ficar. Danilo sempre bem no apoio ao extremo e na profundidade, mas hoje uns furos abaixo de Alex Sandro e algo perdulário na definição.
Assim, sim |
Herrera (+) - Cá vai a heresia: em termos de golos/assistências, tem números melhores esta época do que a média do João Moutinho no FC Porto. Isto porque é cada vez mais desequilibrador além do papel de equilibrador no meio-campo. Um pormenor a melhorar: muitas vezes quando desce no meio-campo em recuperação, acaba por ser em velocidade e depois aborda os lances com muita impetuosidade, a quente (foi o jogador que mais faltas fez). É preciso mais calma e contenção nestas abordagem.
Um novo papel (+) - Depois do grande golo ao Paços, já se sabia o que Quaresma ia fazer. Uma, duas, três, quatro trivelas, tudo lances que saíram mal. Dito isto, hoje Lopetegui adapta-o à única posição que Quaresma, nos próximos meses, vai poder jogar no FC Porto. Já não tem velocidade para romper e ganhar nas costas da defesa, por isso tem que jogar cada vez mais em zona interior, apoiado no flanco por um lateral bastante ofensivo. E só pode fazer isso se o próprio Quaresma souber fechar o corredor. Hoje fê-lo muito bem. Tacticamete, das melhores exibições que já fez.
5000 (+) - Tinha que ser ele. Jackson Martínez picou o ponto e entrou na história do FC Porto. Continua a um nível altíssimo, a todos os níveis, e jornada após jornada vai simplificando o que muitas vezes corre o risco de se tornar difícil. Nota para a maneira como a equipa pressiona, cada vez melhor, embora o modelo de Lopetegui continue com o mesmo problema: se nos barram os corredores, isto pode correr muito mal. Que bom é ter Jackson...
Um acessório para o Tello |
Contra-pé (-) - As bolas paradas, nomeadamente os cantos, são mesmo o calcanhar de aquiles deste FC Porto. Não só ofensivamente (precisamos de uma média de 70 a 80 cantos para fazer um golo), mas também defensivamente: a equipa nunca está preparada para o contra-golpe. O Moreirense aproveita 3 lances de transição rápida que podiam ter dado problemas. Querendo colocar 5 jogadores na grande área há sempre esse risco, mas o FC Porto está excessivamente permeável nestes lances.
Falta de uns alfinetes (-) - Ao contrário do que já se lê e ouve por aí, não houve egoísmo do Tello naquele lance. Não houve egoísmo simplesmente porque ele não tirou os olhos do chão. Houve sim uma deficiência técnica na visão de jogo, num produto de uma escola onde se joga de cabecinha levantada. Estás a ver esta foto aqui ao lado, Tello? É isto que fazem na polícia militar chinesa. Experimenta fazer um treino assim, que de certeza que te vai fazer bem.
grande jogo
ResponderEliminarJackson chegou cá inicialmente para o lugar deixado aberto durante um ano por Falcao. Eu, como tantos outros portistas, senti um vazio quando Radamel deixou o Dragão. Aquela sensação de ter qualquer coisa grande e deixá-la fugir e, durante uma época inteira, o sentimento de incapacidade de preencher esse espaço com alguém capaz de fazer esquecer Falcao. O suspiro pelo colombiano a cada cruzamento de Hulk. A falta de instinto de Kléber, que falhava recepções fáceis e não inventava golos de meias bolas perdidas na área.
ResponderEliminarJackson fez esquecer tudo isso, cumpriu aquilo que parecia impossível. E agora, está determinado em elevar a fasquia. Mantém-se há meses numa forma impressionante, ataca e defende com a mesma garra, participa em todas as jogadas de ataque, é o primeiro a pressionar em todas as jogadas defensivas, seja no centro, à esquerda ou à direita. Não tem o instinto e o posicionamento de Falcao, mas trabalha para compensar isso e seguir com uma marca invejável muito próxima do seu compatriota.
Um super jogador que merece uma estátua no museu. Espero que o resto da época reserve para o Porto algum "minuto 92" para que isso suceda.
AA
Acho que o Lopetegui, deveria transmitir aos jogadores tentar evitar cantos contra os adversários, porque perigo de golo não criam nenhum, aliás só arriscamos a sofrer golo do adversário em contra ataque.
ResponderEliminarRaiz parta tanto canto e dai não sair nada de jeito.....
Adormeci ver este jogo... Quem dizia que o modelo de jogo de Vitor Pereira era aborrecido, sinceramente nem sei o que dizer deste. Então aquele lance em que o Herrera á entrada da área, sem ninguem á frente e mesmo assim resolve lateralizar o jogo...Será talvez o exemplo maior do que pretende o Mister Lopetegui desta equipa!
ResponderEliminarPS: O homem ontem até jogou bem, mas por favor Sr. TD não volte a utilizar os nomes Herrera e Mountinho no mesmo parágrafo.
Continuação de um excelente trabalho!
o que é que pinto da costa disse sobre leonardo jardim e vitor pereira
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