Rossato: Contratado e dispensado. |
O verão de 2004 prometia ser de felicidade para o brasileiro Rossato. Levou o FC Porto a pagar 1,2 milhões de euros por ele, mais o passe de Serginho, depois de ter sido uma revelação no campeonato, com 10 golos, fruto de um pontapé canhão que prometia fazer as delícias dos adeptos.
Dez anos depois, eis Sami. O agora ex-avançado do Marítimo, que em 2013-14 foi dos jogadores menos produtivos no campeonato entre assistências e golos (1), assinou por quatro anos pelo FC Porto, cuja camisola não deverá chegar a vestir em jogos oficiais. Então, a que se deveu a sua contratação?
Em fim de contrato com o Marítimo, Sami estava livre para assinar por qualquer clube desde janeiro, mês da aproximação ao FC Porto, já prevista. Em março, procuração e pré-acordo assinados, numa altura onde o nome do futuro treinador era uma incógnita. Sami foi uma contratação sem interferência de qualquer treinador, mas é sabido que a estrutura gosta de negociar à margem desse processo: os treinadores duram menos tempo no clube do que administradores e intermediários.
Com a chegada de Lopetegui, surge a questão: o que fazer com Sami?
Sami, o negócio que interessava e o jogador que pouco interessará |
Sami pode perfeitamente ser incluído nos trabalhos de pré-época, mas o destino, à partida, está traçado e não passa pelo Dragão. Mas o mais importante no tema Sami acaba por não ser o papel do jogador, mas o papel do treinador sobre o jogador.
Mais reprovável do que contratar um jogador que o treinador não quer seria impôr-lhe um jogador que não quer. Lopetegui tem a palavra. Um treinador firme, com pulso de ferro, era o que se pedia. Um treinador que só responde a uma pressão no FC Porto: à de vencer.
Co Adriaanse. |
Resta perceber os limites e a razão de ser um treinador firme. Co Adriaanse foi contratado por ser exigente, duro, inflexível e fiel às suas ideias. E foi despedido por ser exigente, duro, inflexível e fiel às suas ideias.
No entanto, Co Adriaanse queria um ponta-de-lança, Van Hessenlink, que dizia valer «por dois» e que custava 8 milhões de euros, após uma época onde fez 11 golos em 40 jogos na Holanda. Razoável? Não. E o tempo deu razão a Pinto da Costa perante a intransigência de lhe oferecer esse jogador.
Pode Lopetegui exigir a aquisição de um jogador nestes moldes? Não pode. Mas pode e deve sempre seguir - neste caso, continuar a seguir - duas normas quando o mercado é o tema.
1. «Por esse preço, arranjamos melhor».
2. «Esse não é melhor do que os que cá estão. Não quero».
Se os sócios e accionistas fossem tão exigentes com os seus dirigentes como são com os jogadores talvez estas "operações" não se realizassem.
ResponderEliminarNo entanto, como grande parte da massa adepta confunde os dirigentes com o clube, estes sentem-se à vontade para fazerem o que mais lhes convém. O mau maior lamento é que estas operações prejudiquem quem devia merecer o melhor esforço de todos nós, o FC PORTO
Sami vem unica e exclusivamente com a intenção de hostilizar Carlos Pereira do Maritimo!
ResponderEliminarChegamos ao ponto de adquirir jogadores não pela sua valia ou interesse desportivo mas sim como "vendetta"
O Marítimo ia acabar por perder o Sami independentemente de ter aparecido o FC Porto ou não, tanto que tentaram vendê-lo juntamente com o Heldon em janeiro para tentarem lucrar com ele. Não havia interesse do jogador em renovar. Para existir alguma «vendetta», o FC Porto tinha que tirar proveito do Sami desportiva ou financeiramente.
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